A INDÚSTRIA CULTURAL É ACUSADA DE COMPRAR DIVÓRCIOS, DESFAZENDO CASAMENTOS FELIZES EM NOME DA "SENSUALIDADE".
Vem aí o Big Brother Brasil, um entre tantos outros "riélites" que contém muita "pegação", conduzindo o processo de idiotização das pessoas solteiras, algo que ocorre nesta mídia perversa, mercantilista e popularesca que predomina em todo o Brasil.
Dentro de um processo ainda maior, que é a imbecilização cultural, que rebaixa o conceito de "liberdade" a um hedonismo irresponsável e exagerado, já que "liberdade humana", no Brasil, não é mais do que uma franquia controlada pelos grandes empresários da mídia, a vida de solteiro é subordinada a um padrão de explícito retardamento mental.
Os homens solteiros são tidos na maioria das vezes como "imbecis", gente que "não sabe viver", ridicularizados ao extremo num processo de solteirofobia impune e abertamente manifesta pelos internautas reacionários das redes sociais. E tem-se também a figura preconceituosa do "InCel", o "celibatário involuntário", que as esquerdas paranoicas classificam, erroneamente, como um "terrorista em potencial".
O InCel é um estereótipo imaginário e fora da realidade, um meio-termo entre um Paulo Kogos e um estudante que promove chacinas em escolas nos EUA. Um sujeito que, segundo a "boa sociedade", é "perigoso" e "ameaçador" por ser um adulto que ainda vive com os pais, a bebida mais nociva que consome é café e achocolatado em pó e, nas noites de fins de semana, prefere jogar Paciência no computador. Ver um sujeito com esse estilo de vida uma pessoa ameaçadora ou deplorável é o suprassumo do preconceito humano dos mais preocupantes.
Entre as mulheres, a coisa é muito diferente. No Brasil, há uma realidade insólita, uma estranha regra na qual as mulheres têm que optar entre o macho e o machismo. Se a mulher é "emancipada demais", ela precisa viver sob a sombra de um marido, de preferência um empresário ou um chefe ou líder de qualquer coisa, de escritório médico à direção de filme ou novela da TV.
Já se a mulher cumpre com o receituário machista, ora optando pelo perfil caseiro de mulher submissa, ora optando pelo papel recreativo da mulher-objeto, ela é dispensada de ter até mesmo um namorado. É estranho, mas existem tanto a mulher caseira e recatada sem marido, que brinca de "namorar' com um afilhado ou sobrinho ainda criança, quanto a mulher-objeto que "sensualiza demais" e jura que sofre de abstinência sexual por falta de um parceiro, pois supostamente os homens "fogem" dela.
Há também a fanática por futebol que não quer ser "maria-chuteira" e a fã de "pagode romântico" com medo de namorar homens que parecem com seus ídolos "pagodeiros". Um medo de obter homens por afinidade, como se essas mulheres sentissem medo de se olhar nos espelhos, como se seu maior desejo fosse elas buscarem aquilo que não são nem desejam, mas fingem o contrário.
Mulher solteira no Brasil sofre. É claro que o perfil das solteiras no Brasil melhorou, uma vez que o desgaste das vidas amorosas, o superficialismo das relações humanas e até mesmo a violência dos feminicídios anda fazendo com que mulheres cada vez mais queiram viver sozinhas, mesmo aquelas que não seguem o estereótipo da solteira idiotizada ou manipulada pelo culturalismo midiático.
No entanto, as solteiras manipuladas desta forma continuam tendo um gosto musical ruim, uma obsessão doentia pela sensualidade, ou então um fanatismo esportivo extremo e um fanatismo religioso preocupante. A solteira manipulada pelo poder midiático, a serviço dos mercados popularesco, religioso e esportivo, fora o mercado de "punheteiros" da Internet (sério!), precisa fingir que vive um processo de "vida livre" que não é tão livre assim, pois de certa forma ela se submete ao mercado do entretenimento, de uma forma ou de outra.
E esse mercado do entretenimento é tão perverso que é capaz de dissolver casamentos felizes porque a mulher precisa ficar solteira para se servir a um mercado sensual. Funqueiras e dançarinas de "pagodão" baiano são suspeitas de terem seus divórcios "comprados" por seus empresários para exercerem um papel de "musas sensuais", cuja condição de mulheres casadas iria causar profunda decepção e tristeza nos seus fãs, causando prejuízo para o entretenimento do qual elas participam.
Mas o que ninguém imagina é que até o Espiritismo brasileiro é acusado de estar "surfando" na onda das pretensas solteiras, não se sabe de que forma. O que se nota é que, estranhamente, várias mulheres com vida amorosa bastante movimentada, a maioria com histórico de casamentos e algumas sendo mães, se tornam estranhamente "celibatárias" depois que se associam a um evento relacionado a essa religião, ainda que seja só citando frases de "médiuns" nas redes sociais.
Esse fenômeno surreal é observado desde 2017, quando mulheres namoradeiras e casadouras de repente ficam "encalhadas", passando longos tempos sem arrumar namorados. Várias delas passam a viver da "síndrome do impostor" amorosa, com preguiça para procurar namorados, sem perceber que, em suas atividades cotidianas, os futuros maridos estão ali ao seu lado. É estranho que a chamada "luz espírita" as faça ficarem cegas a tais necessidades.
Por que será? A religião "espírita", para concorrer com as seitas neopentecostais, está "recrutando" celibatárias para atrair homens solitários? Ou será que a religião quer adotar uma roupagem "moderna", com "noviças pós-modernas" que fazem topless na praia ou vão para o parquinho com os filhos de um casamento desfeito?
Num contexto em que até atrizes teen engatam facilmente um namoro, porque certas famosas que se envolvem em alguma atividade "espírita" ficam "encalhadas", sem motivo nem contexto para tanto? Se tivessem tido fracassos amorosos, dá para entender, mas mulheres namoradeiras e casadouras se tornando "celibatárias" depois que se associam direta ou indiretamente a um "médium" é algo surreal. Principalmente se compararmos com as religiões neopentecostais, que do contrário dão mais ênfase na defesa do casamento.
Este contexto do deslumbramento religioso, junto a outros de fanatismo esportivo, hipersexualização do corpo e exibição de gosto musical duvidoso mostram o quanto as qualidades medíocres ou negativas dessas mulheres são um processo de depreciação da mulher solteira, que no Brasil não se destaca pelo aprimoramento cultural que as solteiras europeias exercem.
Essa depreciação mais parece um darwinismo feminino, pelo qual as mulheres realmente emancipadas têm que estar vinculadas a um marido, porque a missão delas é produzir filhos. As "encalhadas" culturalmente falhas servem, em contrapartida, como um processo biopolítico de reduzir as populações das classes menos privilegiadas, através do "exemplo" dado por essas solteiras, maus referenciais que servem para o hedonismo alienante de uma parcela da sociedade brasileira.
Isso é uma eugenia não porque mulheres culturalmente melhores sejam condenáveis pelo ponto de vista do politicamente correto à brasileira (que julga o culturalismo brega melhor do que qualquer cultura mais relevante e digna). É porque não há a transmissão democrática dos valores culturais edificantes e dignos, e boa parte das pessoas solteiras, sobretudo mulheres, se afundam na deterioração cultural dos fenômenos popularescos e seu hedonismo sem dignidade nem responsabilidade, uma "liberdade" que não é livre, pois é difundida conforme regras ocultas trazidas pela grande mídia.
Dessa forma, a idiotização da mulher solteira representa um problema que deveria ser estudado, pois por trás desse universo cheio de alegria, animação e curtição, tem um processo de desnortear uma parte menos privilegiada da sociedade brasileira, conduzida por uma mídia popularesca e um mercado que varia do sexo desenfreado ao religiosismo mais fanático. Tudo para fazer com que essas gerações evitem fazer muitos filhos e se reduzam gradualmente com o tempo, derrotados pela eugenia pós-moderna praticada pelo establishment brasileiro.
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