Depois de um tempo sumido, o ex-assessor do senador eleito Flávio Bolsonaro e "amigo de infância" do pai deste, o presidente eleito Jair Bolsonaro, Fabrício José Carlos de Queiroz, resolveu falar.
Ele deu entrevista a Débora Bergamasco, jornalista da Isto É que estava fazendo o programa jornalístico Poder em Foco, no SBT, que está em suas últimas edições.
Mas Fabrício Queiroz não deu grandes revelações sobre as movimentações financeiras "atípicas" em favor de Flávio e da madrasta deste, a futura primeira-dama Michelle Bolsonaro.
As movimentações, no valor de R$ 1,2 milhão, foram identificadas pelo COAF (Conselho de Controle de Atividades Financeiras), órgão ligado ao Ministério da Fazenda.
Em vez disso, ele veio com uma desculpa.
Disse que as movimentações eram fruto de seus negócios como a compra e venda de carros.
"Eu sou um cara de negócios. Eu faço dinheiro. Eu faço, assim, eu compro, revendo, compro, revendo. Compro carro, revendo carro. Eu sempre fui assim. Sempre. Eu gosto muito de comprar carro em seguradora. Na minha época, lá atrás, comprava um carrinho, mandava arrumar, vendia. Tenho segurança", disse ele.
Isso nada explicou a respeito das suspeitas que envolvem a família Bolsonaro, sobretudo os R$ 24 mil que teriam sido depositados na conta de Michelle Bolsonaro.
Também Fabrício não esclareceu, por exemplo, por que ele foi demitido dos diversos serviços que fazia para a família Bolsonaro, durante 34 anos.
E ele ainda disse que faltou aos dois depoimentos marcados para o Ministério Público porque estava doente.
Se Fabrício tivesse coragem, ele teria dado um depoimento que comprometeria o governo que só será empossado daqui a quatro dias.
Mas fiquemos com o que o futuro ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, disse a respeito da "libertação de Deus":
"Estamos derrubando essa horrível prisão do espírito feita de tantas celas solitárias. De repente, as ideias se reconectam aos sentimentos. As pessoas se reconectam aos seus próprios anseios profundos. Os cidadãos se reconectam uns aos outros e descobrem que formam uma nação. O próprio Deus, que era um prisioneiro triste acorrentado em uma daquelas celas, recomeça a circular livremente pela alma humana.
Por algum motivo, isso apavora alguns ‘formadores de opinião’. Eles adoravam aquele mundo confortável, tautológico, onde bastava repetir frases feitas, respeitar os muros da própria cela, e estava ganho o seu dia. Isso acabou, mas eles se recusam a ver e se desesperam: ‘Cadê a parede que estava aqui? Cadê a minha obviedade? O que é isto que está vindo ali? Uma ideia original? Um sentimento verdadeiro? Não! Não! Eu quero voltar para a minha cela!".
Ernesto Araújo pode dar as mãos à colega Damares Alves, da pasta da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos.
Os dois poderiam despachar juntos e verem Jesus subindo a goiabeira.
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