Ontem o presidente do Supremo Tribunal Federal, José Antônio Dias Toffoli, derrubou mais uma liminar que iria tirar da prisão os condenados em segunda instância.
A liminar seria uma oportunidade para Lula deixar a cadeia, na sede da Polícia Federal em Curitiba, onde está preso desde abril por motivos políticos.
Sabe-se que os motivos são risíveis: fofocas em torno do triplex do Guarujá. Ultimamente tentam reforçar a criminalização de Lula com outras fofocas, relacionadas ao sítio de Atibaia e a um suposto caso de corrupção na Guiné Equatorial.
A liminar de Marco Aurélio Mello ocorreu pouco mais de cinco meses após outra, movida pelo desembargador Rodrigo Favreto, do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4).
Assim como esta última, a outra liminar causou pavor na sociedade conservadora que quer manter o faz-de-conta do "combate à corrupção", que tem Lula como "animal capturado".
Soltar Lula seria, em verdade, corrigir as leis diante de tamanha arbitrariedade de uma prisão claramente política.
Mas, aos olhos da plutocracia, seria como se "a impunidade tivesse sido consagrada de vez".
Lula é muito odiado, tanto que a sombra dele sobre Fernando Haddad o impediu de sair vitorioso nas urnas.
A sociedade conservadora surtou e muitos que não imaginávamos que votariam em Jair Bolsonaro optaram por ele, embora haja anti-petistas mais inofensivos.
Lula tem um grande protagonismo histórico. Incomodava as elites pelo seu jeito forte e capacidade de liderança.
Na ditadura militar, sua influência era tão grande que a mídia empresarial teve que inventar um suposto ativista social para barrar a ascensão de Lula.
Botaram até o tal "médium de peruca", oficialmente um "símbolo máximo de amor e caridade" - apesar de nunca ter feito uma caridade realmente eficiente e de só defender ideias reacionárias - , como um pretenso ativista social para desviar as atenções do povo.
O governo Lula pode não ter sido perfeito, mas foi o que realizou grandes avanços e prometia ir adiante.
Lula seria candidato a um terceiro mandato no qual reverteria todo o legado retrógrado do governo Michel Temer e colocaria o Brasil no rumo do desenvolvimento.
Isso é que faz as elites que assaltaram o poder em 2016 se arrepiarem de medo.
Elas estavam perdendo seus privilégios abusivos com a gradual ascensão social dos excluídos de outrora.
E aí vemos o quanto essa sociedade reaça espuma de raiva só de imaginar ver Lula livre.
É porque Lula, com sua força, recuperaria o protagonismo e seu projeto político iria derrubar os privilégios nababescos da plutocracia.
Por isso esse ódio, essa raiva, de pessoas que, em situações normais, chegam a ficar indiferentes com seus próprios problemas.
Em Niterói, por exemplo, o pessoal sente uma raiva doentia por Lula, mas se recusa a se indignar com a falta de uma avenida própria de ligação para dois bairros, Rio do Ouro e Várzea das Moças.
A gente fala para os niteroienses que os dois bairros se comunicam só pela rodovia estadual RJ-106, causando vários problemas, e eles ficam boiando.
Essa indignação seletiva ainda vai prejudicar o povo brasileiro.
Enquanto isso, Lula, respeitado pelas mais conceituadas autoridades do mundo, tem a consciência tranquila, porque o tempo será o maior juiz, que apontará os estragos do reacionarismo impulsivo do calor do momento.
A História ficará a favor de Lula.
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