ALEXANDRE GARCIA NA TV MANCHETE, NA DÉCADA DE 1980.
Já não se faz jornalismo como antigamente, há um bom tempo.
Quer dizer, já não se faz jornalismo na grande imprensa como antigamente, pois os verdadeiros jornalistas estão na mídia alternativa (GGN, Nocaute, DCM, Brasil 247).
Por causa de tantos interesses empresariais e mercadológicos, o verdadeiro jornalismo só se tornou uma atividade eventual na chamada mídia hegemônica, sendo agora mais exceção do que regra.
Na revista Isto É, agora conhecida pelo apelido de "Quanto É", uma nota sobre o jornalista Alexandre Garcia cometeu um grande erro de informação.
Na nota, embora dada com aparente imparcialidade, observa-se que meu xará adota posturas bastante agradáveis à Isto É, pela simpatia dada ao governo antipetista de Jair Bolsonaro (que ainda nem começou, mas já repercute como se já tivesse se iniciado).
Mas aí, chega um momento em que a Isto É descreve uma breve trajetória de Alexandre Garcia, omitindo o fato de que ele foi assessor da ditadura militar.
Para quem não sabe, Alexandre Garcia foi porta-voz do governo do general João Baptista Figueiredo.
Que puxa! Sou Alexandre e sou Figueiredo, nasci na bolsonarista Florianópolis,sou filho de militar e faço aniversário em 21 de março, mas nada tenho a ver com essa empulhação toda, não.
Mas aí deixa-se passar, no caso de Isto É ter omitido essa informação, que traz o pano de fundo conservador do famoso comentarista político, que às vezes pensa ser o farol da humanidade.
O problema é quando se descreve a trajetória dele na Rede Globo.
Com uma informação vaga, a matéria de Isto É cita que Alexandre Garcia trabalha na Rede Globo desde "o começo dos anos 1980", o que é uma grande desinformação.
Na verdade, Alexandre Garcia foi contratado pela Rede Globo no fim da década de 1980, creio que por volta de 1988.
Antes disso, Garcia apareceu na televisão fazendo um quadro de gafes de políticos exibido no Programa de Domingo, da extinta TV Manchete.
No Fantástico, Garcia chegou a relançar o quadro, mas como ele tornou-se muito banal, ele cansou e foi extinto. Além disso, hoje em dia temos a TV Câmara e a TV Senado para ver tais gafes.
O quadro humorístico repercutiu de tal forma que Garcia acabou sendo apelidado de "Alexandre Gracinha".
O apelido foi depois aproveitado pelo humorístico Casseta & Planeta Urgente, quando a turma da Casseta Popular e do Planeta Diário foi contratada pela Globo. Beto Silva fez a paródia do jornalista.
A propósito, no evento de entrega do prêmio Brasileiros do Ano 2018 promovido pela Editora Três - que edita Isto É - , no Credicard Hall, em São Paulo, um jovem escritor causou polêmica com seu manifesto.
O carioca Geovani Martins, de 27 anos, premiado como Brasileiro do Ano na área da Cultura, ficou orgulhoso ao saber que o ex-presidente Lula leu o livro do rapaz, Sol na Cabeça, na prisão.
Geovani afirmou, no microfone: "Eu sou muito agradecido pelo governo do Lula, sempre vou ser agradecido e gostaria que esse recado chegasse a ele. Você não está sozinho, presidente".
A declaração causou incômodo nos presentes, recebeu outra mensagem solidária, da atriz Jessica Ellen, a Brasileira do Ano no quesito Televisão, que também fez elogios ao ex-presidente.
Depois tudo voltou à mesma com os demais premiados fazendo críticas ao petista.
Quando à informação errada, isso mostra o quanto o nosso jornalismo já sofre com a precarização do emprego.
Jornalistas ruins custam mais barato, mas produzem matérias apressadas, mal escritas, desinformativas e até mesmo panfletárias.
Além disso, despejam, para o empobrecimento linguístico e semântico, a horrível gíria "balada" (copyright Jovem Pan) e o vício de definir grupos vocais como "bandas", uma demonstração de pura preguiça em conhecimentos musicais.
Mas isso é o espírito do tempo. E nossa humanidade anda decaindo vertiginosamente.
Já não se faz jornalismo como antigamente, há um bom tempo.
Quer dizer, já não se faz jornalismo na grande imprensa como antigamente, pois os verdadeiros jornalistas estão na mídia alternativa (GGN, Nocaute, DCM, Brasil 247).
Por causa de tantos interesses empresariais e mercadológicos, o verdadeiro jornalismo só se tornou uma atividade eventual na chamada mídia hegemônica, sendo agora mais exceção do que regra.
Na revista Isto É, agora conhecida pelo apelido de "Quanto É", uma nota sobre o jornalista Alexandre Garcia cometeu um grande erro de informação.
Na nota, embora dada com aparente imparcialidade, observa-se que meu xará adota posturas bastante agradáveis à Isto É, pela simpatia dada ao governo antipetista de Jair Bolsonaro (que ainda nem começou, mas já repercute como se já tivesse se iniciado).
Para quem não sabe, Alexandre Garcia foi porta-voz do governo do general João Baptista Figueiredo.
Que puxa! Sou Alexandre e sou Figueiredo, nasci na bolsonarista Florianópolis,sou filho de militar e faço aniversário em 21 de março, mas nada tenho a ver com essa empulhação toda, não.
Mas aí deixa-se passar, no caso de Isto É ter omitido essa informação, que traz o pano de fundo conservador do famoso comentarista político, que às vezes pensa ser o farol da humanidade.
O problema é quando se descreve a trajetória dele na Rede Globo.
Com uma informação vaga, a matéria de Isto É cita que Alexandre Garcia trabalha na Rede Globo desde "o começo dos anos 1980", o que é uma grande desinformação.
Na verdade, Alexandre Garcia foi contratado pela Rede Globo no fim da década de 1980, creio que por volta de 1988.
Antes disso, Garcia apareceu na televisão fazendo um quadro de gafes de políticos exibido no Programa de Domingo, da extinta TV Manchete.
No Fantástico, Garcia chegou a relançar o quadro, mas como ele tornou-se muito banal, ele cansou e foi extinto. Além disso, hoje em dia temos a TV Câmara e a TV Senado para ver tais gafes.
O quadro humorístico repercutiu de tal forma que Garcia acabou sendo apelidado de "Alexandre Gracinha".
O apelido foi depois aproveitado pelo humorístico Casseta & Planeta Urgente, quando a turma da Casseta Popular e do Planeta Diário foi contratada pela Globo. Beto Silva fez a paródia do jornalista.
A propósito, no evento de entrega do prêmio Brasileiros do Ano 2018 promovido pela Editora Três - que edita Isto É - , no Credicard Hall, em São Paulo, um jovem escritor causou polêmica com seu manifesto.
O carioca Geovani Martins, de 27 anos, premiado como Brasileiro do Ano na área da Cultura, ficou orgulhoso ao saber que o ex-presidente Lula leu o livro do rapaz, Sol na Cabeça, na prisão.
Geovani afirmou, no microfone: "Eu sou muito agradecido pelo governo do Lula, sempre vou ser agradecido e gostaria que esse recado chegasse a ele. Você não está sozinho, presidente".
A declaração causou incômodo nos presentes, recebeu outra mensagem solidária, da atriz Jessica Ellen, a Brasileira do Ano no quesito Televisão, que também fez elogios ao ex-presidente.
Depois tudo voltou à mesma com os demais premiados fazendo críticas ao petista.
Quando à informação errada, isso mostra o quanto o nosso jornalismo já sofre com a precarização do emprego.
Jornalistas ruins custam mais barato, mas produzem matérias apressadas, mal escritas, desinformativas e até mesmo panfletárias.
Além disso, despejam, para o empobrecimento linguístico e semântico, a horrível gíria "balada" (copyright Jovem Pan) e o vício de definir grupos vocais como "bandas", uma demonstração de pura preguiça em conhecimentos musicais.
Mas isso é o espírito do tempo. E nossa humanidade anda decaindo vertiginosamente.
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