"PARQUILETE" DA RUA CORONEL MOREIRA CÉSAR CONTINUA FECHADO PARA O PÚBLICO, MAS INSISTE EM PERMANECER NO LOCAL.
Não bastasse o caráter patético de colocar "praças de rua" em vários pontos de Niterói, incluindo a complicada travessa Alberto Victor, no Rink, elas se revelam um grande desperdício.
Durante a pandemia, essas "praças" pavorosas ficaram fechadas para o público quando havia o isolamento social.
E aí temos o aspecto surreal. Na Rua Coronel Moreira César, o parklet, como a "praça de rua" é conhecida, continua inutilizado, mas permanece no local.
Essas "praças" são grandes aberrações, em todos os sentidos.
Elas se vendem como "praças públicas", supostamente reservadas para o uso gratuito de qualquer pessoa, mas são locais privados que atendem a interesses privados de comerciantes.
As "praças" são definidas, de maneira estranha, como "parques públicos", sendo meramente espaços para sentar, embora alguns sejam ornamentados com plantinhas e outros adereços.
O regulamento diz que os parquiletes são "temporários", mas eles se impõem como permamentes.
PROPAGANDA ENGANOSA - OS PARQUILETES VENDEM A FALSA IMAGEM DE "PRAÇAS PÚBLICAS", MAS SÃO LUGARES PRIVADOS A SERVIÇO DE INTERESSES COMERCIAIS DOS MANTENEDORES.
Eles causam poluição visual na cidade de Niterói e vários desses parquiletes são muito feios.
Eles lembram, vistos de fora, currais de gado bovino ou canteiros de obras. Uma coisa horrível.
São problemáticos para a mobilidade urbana, que exige mais espaço nas ruas, para fluir o trânsito dos veículos.
A travessa Alberto Victor já tem trânsito problemático mesmo depois que deixou de fazer parte dos trajetos das linhas 43-2 e 49-2. Com o parquilete, isso obriga ainda mais o motorista a dirigir devagar, para não causar destruição.
PARA QUE PARKLET? QUARTEIRÃO DA MOREIRA CÉSAR ONDE FICA A ABERRAÇÃO JÁ TEM UMA EXTENSÃO DE PRAÇA PÚBLICA, INCLUINDO BANCOS PARA SENTAR.
A Rua Moreira César já tem um calçadão que é, em si, uma grande praça pública, largo e com cadeiras para sentar. Para que manter o parquilete, aquele monstrengo diante do Central Prime que atua como um "elefante branco" no local?
Engana-se que os parklets sejam realmente praças públicas. Isso é jogada de marketing. O que está em jogo é a imagem publicitária dos mantenedores, os parklets são meras extensões de interesses comerciais em jogo.
São, portanto, espaços privados, particulares, tão "acessíveis" à população quanto os guarda-sóis, as mesas e as cadeiras que os barraqueiros oferecem para os banhistas na praia, desde que eles consumam bebidas e alimentos vendidos nesses locais.
É a mesma lógica. Os parquiletes vendem a falsa ideia de serem "praças públicas", "acessíveis gratuitamente a todos", mas isso é conversa para boi dormir... fora do parquilete, é claro.
Isso porque, se os estabelecimentos comerciais ficam lotados, a lógica é que os parklets sejam reservados apenas aos fregueses que usam os serviços dos mantenedores dessas "praças".
Ou o sujeito que compra uma cerveja no bar mantenedor vai querer ficar em pé enquanto pessoas que não usam o estabelecimento lotam os assentos do parquilete?
A vovozinha que quiser tricotar sentada num parquilete terá que deixar o local se o bar mantenedor desse monstrengo estiver lotado.
Um parklet é acessível a todos... que, de preferência, se utilizam dos serviços do mantenedor.
Esses parquiletes deveriam acabar de vez. Com muito mais serventia, Niterói, no passado, já desativou para sempre um trampolim na Praia de Icaraí.
Se os estabelecimentos comerciais quiserem interagir com a comunidade, que busquem outros meios que não essas horrendas pseudo-praças.
E se a Prefeitura de Niterói quer valorizar as praças públicas, que invista nas praças existentes em vez de inventar locais pseudo-públicos para promover sensacionalismo à toa.
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