O meu livro Esses Intelectuais Pertinentes..., disponível na Amazon, já nasce polêmico.
Afinal, ele traz revelações não muito agradáveis sobre a campanha do "combate ao preconceito" que já defendia abordagens preconceituosas de supostas expressões do povo pobre.
Ou seja, este livro está nos padrões das análises do Primeiro Mundo sobre a sociedade do espetáculo, algo que não é compreendido pelos chamados "líderes de opinião" daqui.
Esses Intelectuais Pertinentes... mexe em "vacas sagradas" do imaginário pró-brega, enquanto relembra posturas hoje desagradáveis de certos ideólogos da "cultura popular" oficial.
Há intelectuais que, hoje em dia, "lavam as mãos" e fingem que nunca defenderam a bregalização, o mito da "periferia legal".
Mudam de assunto ou, agora, só falam da MPB autêntica da qual antes só recorriam quando era para fazer algum vínculo tendencioso com um bregalhão a ser exaltado.
Será que o meu livro incomoda aqueles que veem certos intelectuais pró-brega como "vacas sagradas" e todos os conceitos que lançam sobre cultura popular, apesar de duvidosos, são tidos como indiscutíveis, algo como dogmas ou axiomas?
Esses Intelectuais Pertinentes... padece da mesma sina do Mingau de Aço, blogue que, entre 2010 e 2014, incluiu vários textos contra a campanha pela bregalização cultural.
Nessa época, Mingau de Aço incomodava esquerda e direita.
A esquerda se incomodava com as pautas culturais, porque o culturalismo conservador da bregalização foi adotado pelas esquerdas através do proselitismo da centro-direita infiltrada.
A direita se incomodava porque ela, tendenciosamente, fingiu apoiar a verdadeira cultura popular, o que a atraía para meu blogue, mas se indignava por causa de pautas políticas progressistas.
Daí a estranheza desse título, sem falar do público comum que nem tem ideia do que foi essa campanha das elites intelectuais.
Ora, mas se não tem ideia, melhor seria adquirir o livro, não é mesmo?
Quem realmente quer entender a crise da cultura no nosso país, deixar de ler Esses Intelectuais Pertinentes... fará muita gente ignorar boa parte dos motivos de termos chegado ao golpe de 2016 e ao desastre político dos nossos dias.
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