LULA REALIZANDO PROJETO MINHA CASA, MINHA VIDA EM ITAQUERA, SÃO PAULO.
Como um ilusionista político, Lula manipula as circunstâncias de forma a parecer acertado em todas elas, mesmo quando comete erros movido por seus impulsos. Como um menino mimado da política, Lula manipula as circunstâncias para que os resultados lhe sejam sempre favoráveis.
Nos últimos dias, Lula deixou de desempenhar o papel do turista a dar volta ao mundo em busca do Prêmio Nobel da Paz e passou a agir de maneira parecida com o que ele desempenhou como governante há 20 anos, mas de uma maneira mais tendenciosa do que antes. Afinal, tudo o que Lula faz hoje são estratégias de marketing, as únicas ações que podem realmente ser consideradas "estratégicas", no sentido da promoção pessoal do presidente.
Lula, além de ter recebido a juventude identitária na 4ª Conferência Nacional da Juventude, em Brasília, com destaque para sua esposa Rosângela da Silva, a Janja, realizou, também, a inauguração de um trecho da BR-101 no município capixaba de Serra, na Grande Vitória, anunciando na ocasião o PAC para construção de estradas e ferrovias. Como na referida conferência, Lula prometeu investir pesado na educação.
O presidente também foi para o bairro do Itaquera, em São Paulo, para lançar a Copa do Povo, um evento específico de promoção do projeto Minha Casa, Minha Vida, que torna menos complicada a aquisição de moradia da população relativamente pobre, aquela que pode pagar mas precisa de menos custos. O evento teve a participação de Guilherme Boulos, que sonha com a Prefeitura de São Paulo e que é ligado ao MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto).
São eventos, no entanto, que não são ousados. São corretos e o sentido destas medidas é que elas representam apenas o que deve ser feito, sem representar uma grande revolução social. Se bem que, no Minha Casa, Minha Vida, os pobres continuam pagando para obter moradia, apenas as taxas são menos cruéis.
Isso não vai fazer de Lula um presidente brilhante, neste mandato que, com a certeza do sol nascente, é o mais fraco dos três. E mesmo estas medidas sociais já têm mais um cheiro de promoção pessoal de Lula, diferente do que havia antes quando as medidas eram consideradas inusitadas.
O governo Lula, hoje, está mais para um misto de Fernando Henrique Cardoso com José Sarney, juntando o neoliberalismo do primeiro com o populismo "tudo pelo social" do segundo. Em dado momento, algumas pinceladas do Lula de 2003-2010. Mas nada que faça diferença. E nada que traga progressos gigantescos para a população.
Se nos dois mandatos anteriores Lula não fez o prometido "governo da mudança", imagine agora, quando o presidente virou o ursinho carinhoso da Faria Lima, cada vez menos comprometido com rupturas e transformações.
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