O futebol brasileiro morreu em 1987. Aquilo que poderia ser um esporte e diversão, há 35 anos, passou a se tornar um mero mercado, com times de futebol virando empresas, os jogadores, mercadorias e ídolos "fabricados" pela mídia, e a mídia esportiva movida a muito jabaculê (leia-se propina e não mershandising ). No rádio FM, o jabaculê de futebol é mais sujo e mais perigoso do que o jabaculê musical (até porque os jabazeiros musicais agora operam nos meios acadêmicos, na imprensa etc). Aquele passatempo de rapazes jogando disputando uma bola com os pés deixou sua razão de ser. Acabou-se aquele espírito realmente animado de um passatempo esportivo, e o futebol sucumbiu, definitivamente, a uma espécie de "alegria" tóxica, em que os torcedores parecem zumbis vendo na TV um monte de homens correndo atrás de uma bola. Não é um prazer saudável, porque virou uma grande e terrível obsessão, e que favorece, e muito, o enriquecimento abusivo dos dirigentes de futebol. Futebol...