A bela atriz Klara Castanho foi vítima de uma experiência horrível. Ela se tornou mãe por causa de um estupro que sofreu meses atrás. Klara não iria divulgar a triste ocorrência, quando ela estava sozinha e foi rendida por um homem desconhecido que a estuprou, provocando a gravidez que a atriz quis manter e, assim que gerasse o bebê, tomasse todos os procedimentos legais para doar a criança para adoção por uma nova família.
No entanto, a atriz foi maltratada em um hospital de São Paulo, quando a equipe que a atendeu insistiu que ela aceitasse a maternidade e ignorou que a gravidez ocorreu forçada por um estupro. Klara inicialmente não iria expor o episódio, mas uma enfermeira ameaçou divulgar o caso para a imprensa. Mais tarde, um vídeo divulgado por Antônia Fontenelle acusava a atriz de "abandono de incapaz", sob o pretexto da jovem estar em boas condições financeiras para exercer a maternidade.
Léo Dias, do jornal brasiliense Metrópoles, disse que pretendia divulgar "informações inacreditáveis" sobre uma "certa atriz", que "a conta" desta iria chegar e que o caso "envolve vidas". O pai de Klara, Cláudio Castanho, publicou nas redes sociais uma foto com a filha e o irmão dela Lucas Castanho quando crianças, manifestando amparo e solidariedade: "Estarei com vocês até o fim da minha vida"".
Klara acabou sendo vítima de uma situação surreal, como se fosse uma personagem de Franz Kafka, pois, com toda a dor e o trauma de ter sido estuprada, ela foi vista como culpada e sua experiência foi pior porque houve pessoas que não a respeitaram na sua dor e a obrigavam a aceitar a maternidade. Retratos de um país moralista, machista e marcado por um obscurantismo religioso que impedem a justa compreensão dessa quase tragédia na vida de uma jovem atriz que, até pouco tempo atrás, era uma estrela adolescente.
Numa época em que o Congresso Nacional dos EUA decretou o fim do direito ao aborto - solução comum em casos de gravidez por estupro, medida evitada por Klara - , o caso da atriz mostra o quanto a questão da violência sexual é um tema delicado. No país de Tio Sam, o fim do direito ao aborto provocou uma série de protestos em massa, e até a atriz de Três é Demais (Full House), Jodie Sweetin', foi agredida por policiais.
No Brasil, o hospital que atendeu Klara abriu uma sindicância para investigar a forma como ela foi tratada. Quanto à Klara, fica aqui nossa mais irrestrita solidariedade e o desejo para ela se superar diante dessa experiência traumática. E também fica nosso desejo para seu bebê viver bem sob o amor e o amparo de sua nova família.
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