EDIFÍCIO DESTRUÍDO POR UM DOS SANGRENTOS ATENTADOS EM GAZA.
Independente de Benjamin Netanyahu ser realmente um genocida e que o extermínio na Faixa de Gaza foi um massacre, um crime contra a humanidade, que vitimou multidões de inocentes. Mas vamos combinar que Lula não deveria ter feito a declaração que fez, pois se torna uma provocação que, por acidente, pode ameaçar a segurança do povo brasileiro.
Foi infeliz a constatação de Leonardo Attuch, do Brasil 247, de "a guerra chegou ao Brasil", como se fosse mais uma aventura para o Lula, o Super-Homem brasileiro, enfrentar com bravura. Attuch ainda pediu para os apoiadores de Lula se mobilizarem em favor do presidente brasileiro, mas ninguém se mobiliza. Entre os lulistas, tudo é festa, o resto é mimimi bolsonarista.
Lula não pode fazer o que quer sempre. O destino também não pode sempre atender às suas vontades pessoais. E Lula não é o unico indivíduo que pode acertar tudo, mesmo errando. Cometer erros pela teimosia e obter, com isso, resultados supostamente pisitivos também não é estratégia, eufemismo que os lulistas inventaram para tais condições.
Lula também não é o Centro do mundo. A Terra não é um planeta que gira em órbita do Lula. E Lula não é a força que faz o planeta funcionar. A sua intromissão no caso do conflito de Israel contra os palestinos causou sérios problemas, como Lula ser considerado persona non grata pelas autoridades israelenses.
A Confederação Israelita do Brasil classificou a fala de lula como "distorção perversa da realidade". Lula se esqueceu que seu comentário gera duplo sentido de interpretação, podendo ser entendido, mesmo de maneira equivocada, como um "ataque ao povo judeu", mesmo se o povo de Israel não seja realmente representado pelo tirano Netanyahu, que está a serviço das elites daquele país, subservientes ao capitalismo dos EUA.
O erro gravíssimo de Lula é que ele morde a isca da burguesia e oferece munição para seus opositores. Isso já é uma falha estratégica potencialmente mortal para alguém considerado "o maior estrategista do Brasil". Lula já sacrificou seus princípios em prol de alianças com a direita moderada e até agora ele não esclareceu a respeito das acusações de que ele seria um corrupto.
Lula entregou o Ministério dos Esportes para o Centrão e a pasta virou um lodo de fisiologismo político. Agora, no caso das declarações na Cúpula da União Africana, na Etiópia, Lula permitiu reações do próprio Netanyahu e dos bolsonaristas.
Lula, sem a menor necessidade, cria polêmicas internacionais que desviam o foco da necessidade de reconstrução real do Brasil. Isso é comparável a um pai de uma criança doente que não somente se ausenta de seus cuidados como se mete a arrumar encrenca na rua. As manifestações de defesa de Lula acabam se tornando equivocadas, por mais que os lulistas mostrem uma coleção de justificativas. Nosso país está em crise e o presidente ocupado com polêmicas externas, cujo único benefício é alimentar a visibilidade e, por conseguinte, a promoção pessoal de Lula, que todavia acaba também permitindo qualquer reação de opositores.
Netanyahu, por exemplo, declarou que Lula "deveria sentir vergonha de si mesmo", criticando a atitude impulsiva do presidente brasileiro. Já os deputados bolsonaristas, a partir de Bia Kicis, já entraram com pedido de impeachment contra Lula, porque a provocação, que causou uma crise diplomática entre Brasil e Israel, poderia trazer risco à segurança do povo brasileiro.
Vamos combinar, também, que Lula age como se fosse um sujeito vingativo, embora não assumisse essa condição. Tudo o que estiver ligado ao lavajatismo ou ao bolsonarismo é alvo da raiva cega de Lula. Não que essas forças motoras do reacionarismo brazuca estivessem certas nas suas posições, mas nota-se que Lula, por mais que diga que só pensa no amor e na paz, expressa profundo revanchismo contra aqueles que o puseram na prisão.
Em outras ocasiões da História, a fala de Lula daria origem a uma guerra sangrenta que seria uma catástrofe ao povo brasileiro. A declaração de Lula só empolgou as bolhas de esquerda, empolgadas como atrevimento do presidente, que por sinal também demonstra arrogância com seu triunfalismo.
Fora da bolha lulista, a elite do bom atraso, mesmo perdendo seu guru Abílio Diniz (magnata indicado para o Conselhão de Lula), segue nos seus privilégios abusivos. Enquanto isso, o violento temporal em São Paulo trouxe mais sofrimento para a já arrasada população de rua. Num ponto de ônibus da Avenida Casa Verde, um sem-teto deitado na calçada tremia de frio, mal podendo cobrir seu corpo com pedaços de caixa de papelão.
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