É doloroso ter autocrítica. É como vasculhar um porão cheio de poeira, insetos e alguma podridão. É pôr o nosso orgulho em risco, é revisitar erros que geraram traumas, vergonhas, tristezas. É lembrar do lado incômodo de nós mesmos. Eu procuro ter autocrítica em meus problemas pessoais. Quando erro, procuro ficar em paz com meus erros, avaliá-los e procurar evitar repeti-los. Recentemente, vemos o caso da nova âncora do programa de entrevistas Roda Viva, Vera Magalhães, que agora faz duras críticas ao governo Jair Bolsonaro. Vera é integrante da imprensa conservadora que defendeu o golpe contra Dilma Rousseff em 2016. Tem passagem na Folha de São Paulo, foi uma das "meninas do Jô", o grupo de jornalistas reacionárias que fazia comentários no hoje extinto Programa do Jô, do humorista Jô Soares. Atualmente ela está no Estadão e na Jovem Pan. E ganhou o cargo de âncora do Roda Viva. Mas ela não adotou uma postura autocrítica. Apenas mudou de posição, como quem t...