JAIR BOLSONARO NEM ESTÁ AÍ COM O QUE A MÍDIA, AS ESQUERDAS E OS DEMAIS OPOSITORES DIZEM SOBRE ELE.
Não adianta vaiar Jair Bolsonaro. Não adianta gritar "Fora Bolsonaro" na folia.
Não adianta, na plateia, gastar as cordas vocais gritando "Ei, Bolsonaro, vai tomar no...".
Isso pode parecer divertido, e até é, admitamos.
Mas a realidade mostrou que isso não passa de uma atitude inócua, de um "Carnevale" que só serve para despejar a catarse coletiva, antes que tudo voltasse a ser como está.
Reduziram-se os protestos contra o golpe a uma provisória diarreia emocional.
O governo Bolsonaro está em sua fase mais sombria, por causa do caso Adriano da Nóbrega. Traz indícios de que as milícias estão sendo muito bem representadas no Governo Federal.
O miliciano, envolvido no caso Marielle Franco, teria sido morto por "queima de arquivo", mas também há o mistério de que as informações do celular dele haviam sido apagadas antes.
O Brasil vive uma séria crise, e as esquerdas, em maioria, pensam que tudo será igual a 2002.
É certo que manifestações autênticas, como protestos de petroleiros contra o fim da Petrobras, ocorrem. E há, também, a greve dos caminhoneiros, que também envolve, entre outros problemas, o dos combustíveis.
Mas elas não podem ser confundidas com o "Carnevale" catártico que lacra a Internet, vira assunto por algumas horas e, depois, morre se evaporando no vento do esquecimento.
Michel Temer encerrou sua carreira política com tranquilidade, rindo da cara dos que gritavam "Fora Temer" nas festas do dia a dia.
Foi isso que a intelectualidade pró-brega, com aquele papo de "combate ao preconceito", quis.
Esses intelectuais, a pretexto de usarem o "popular demais" - aqueles fenômenos popularescos de grande sucesso nos subúrbios e roças - como "provocatividade", tiraram o povo das ruas.
Eles preveniram qualquer chance de manifestações populares em favor de Lula e Dilma Rousseff. Sob a desculpa que a bregalização já era um "ativismo" pela suposta revolta das elites.
E de que intelectuais pró-brega estamos falando?
Sim, isso mesmo, dos divinizados "São" Paulo, "São" Pedro e "Santo" Hermano: Paulo César de Araújo, Pedro Alexandre Sanches e Hermano Vianna.
E, junto deles, uma legião de discípulos, ainda que uns muito agressivos, como o reaça enrustido Eugênio Raggi. E um "espírito de luz" que se tornou o "provocativo" baiano Roberto Albergaria.
Todos "santos", "canonizados" na maioria dos sítios da Internet. Só o meu antigo Mingau de Aço veio para quebrar todo esse clima de "santidade".
Só que, nesse mundo de "santos" e "anjos" definindo a bregalização, ou seja, a espetacularização da miséria e da ignorância humanas, como "paraísos na Terra", quem chegou a ser "crucificado" fui eu.
Falar umas verdades dói em muita gente. O ideal é acreditar que Waldick Soriano lutou na Revolução Cubana e as letrinhas inócuas de Odair José são o suprassumo do protesto poético brasileiro.
A ideia da bregalização é tratar o povo de forma infantilizada, embora "positiva", e as "periferias" como um "paraíso". Tudo para evitar as revoltas populares e permitir a domesticação do povo pobre nos níveis mais extremos possíveis.
O Brasil vive tanto na fantasia que são os mais velhos que mais cultuam religiões ilusórias, como a Igreja Universal do Reino de Deus e o Espiritismo que é feito no Brasil.
As esquerdas pegam carona em tudo isso, assinando embaixo no que os reacionários querem que seja a "cultura popular" (ou seja, essa suposta provocatividade do brega), e imaginam que estão vivendo em 2002.
Naquela época, a crise aguda do segundo governo Fernando Henrique Cardoso favoreceu a vitória eleitoral de Luís Inácio Lula da Silva.
Mas eram outras circunstâncias, outros contextos. Não há como hoje essas mesmas condições favorecerem a volta do PT à Presidência da República.
Não há como negociarmos com antigos corruptos da ditadura militar, de Paulo Maluf ao baiano Mário Kertész, passando por Fernando Collor e José Sarney.
Não há como compactuarmos com a bregalização cultural - patrocinada pelo coronelismo regional - e seus ideólogos da intelectualidade "bacana".
Não há como rezarmos para falecidos religiosos, como um "médium espírita" de peruca, que vivem em Minas Gerais, e que era um direitista doente, apesar de ter carregado, durante muitos anos, uma falsa imagem de "progressista".
Lembro de uma declaração de Roberto Carlos, que apoia Sérgio Moro, sobre o governo Jair Bolsonaro.
"Acho que o Bolsonaro é muito bem-intencionado. Ele tem tido muita dificuldade com o pessoal em volta dele", disse o cantor capixaba.
É uma opinião pessoal do ex-Rei, mas poderia também ser uma "psicografia" do espírito do "maior psicógrafo do Brasil", porque este, se estivesse vivo, com a máxima certeza diria a mesma coisa.
Sim, isso mesmo. O "homem chamado Amor", o "símbolo máximo de amor, fraternidade e dedicação ao próximo", era um direitista incurável, tinha o mesmo pavor de Lula que a Regina Duarte tem, apoiou a ditadura e foi homenageado pela Escola Superior de Guerra.
Também, o "médium" foi um arrivista dos níveis de Jair Bolsonaro.
O "médium" causou escândalo criando literatura fake, ofendendo a memória do grande Humberto de Campos - a ponto de assediar e ludibriar seu filho homônimo - e, por sorte, saindo impune e com a sociedade passando o pano em cima dele, promovido a suposto "espírito de luz".
O arrivismo não difere e nem é menos grave do que o do ex-militar, que nos anos 1980 planejou um ato terrorista. Ninguém, na época, imaginava que ele seria presidente da República. Mas também Donald Trump presidindo os EUA era uma piada do seriado dos Simpsons.
Se a Escola Superior de Guerra homenageou alguém, é porque esse alguém deu uma contribuição muito grande à ditadura militar.
Devemos parar de ilusões. Na vida real, a fada madrinha pode, eventualmente, se aliar à bruxa má, e conspirar contra a gata borralheira.
E as esquerdas, hoje conciliadoras e nada combativas, ainda se prendem às fantasias de 2002.
Elas caíram até na armadilha montada pelo empresário funqueiro Rômulo Costa, um amigo dos golpistas! Ignoraram o "cavalo de Troia" que foi a discotecagem da Furacão 2000 no comício anti-golpe de 17 de abril de 2016.
E as esquerdas se recusam a ter autocrítica. Preferem se apegar a antigas fantasias. Ou, quando criticadas, escondem seus "brinquedinhos" no armário, ainda que sejam funqueiros e "médiuns espíritas".
Quando contrariadas, as esquerdas apenas se calam, dentro do silêncio esnobe de quem morde a língua e diz, em reação muda: "Vocês pensem o que quiserem, que eu fico na minha".
Não se trata, neste caso, das esquerdas acharem que críticas são "meras opiniões". Não é mais possível o vitimismo, nem a dissimulação de vaidades feridas.
Estamos deixando o senso crítico virar patrimônio da centro-direita, desde quando as esquerdas se recusaram a questionar a bregalização que intelectuais da mídia venal infiltrados no esquerdismo - como Pedro Alexandre Sanches - estavam pregando.
Quem mais se opõe, na prática concreta, contra Jair Bolsonaro são gente da direita, antes bolsonarista e hoje moderada: Alexandre Frota, Janaína Paschoal, Lobão, Joice Hasselmann.
Quando Lula deixou a prisão, esperava-se uma onda de manifestações populares e protestos contra o governo Jair Bolsonaro. Nada disso aconteceu.
O que se viu foi Lula se transformando num contador de causos.
Enquanto isso, as esquerdas que endeusam "médiuns espíritas", funqueiros, mulheres-objetos popularescas e jogadores de futebol garanhões se esquecem de quem realmente se identificam ao apoiar essa gente toda.
Ninguém menos que LUCIANO HUCK.
Não adianta colocar "médiuns", boazudas, craques pegadores e MCs funqueiros numa galeria de supostos marxistas porque quem se identifica com todos eles é justamente o neoliberal apresentador de TV e mega-empresário, marido da ex-estrela infantil Angélica.
Não adianta odiar Luciano Huck e adorar os "heróis" que ele apoia. Não adianta as esquerdas espernearem dizendo que "isso não tem a ver".
Será inútil criar teses para relativizar a filiação de Rômulo Costa ao PSL em 2013 (o PSL não havia acolhido Bolsonaro, mas já era direitona de sangue e carteirinha) e as conversas animadas com o golpista Eduardo Lopes, do Republicanos, em 2017.
Não dá para montar arremedos de monografia nos blogues de esquerda e imaginar que tais episódios "nada tem a ver" e que Rômulo Costa seria "o maior representante do marxismo-trotskismo" do Brasil.
Como também não dá para relativizar o jogo duplo da Liga do Funk, do neo-Cabo Anselmo Bruno Ramos, que foi a um protesto da Rede Globo, em 2016, e, meses depois, gravou matéria para o Fantástico, da mesma emissora.
Nos rios artificiais da emoção, toda falácia pode parecer uma verdade indiscutível. Mas, confrontada com a lógica e a realidade, essa falácia emotiva se desfaz como um castelo de areia tomado pela água.
A centro-direita, que sequestrou a pauta do debate cultural, sonegado pelas esquerdas, agora está sequestrando a pauta das desigualdades sociais.
As esquerdas aceitam as formas deturpadas de causas identitárias, com drag queens estereotipadas, mulheres-objetos raivosas e mulheres obesas escravizadas pelo sensualismo.
Tudo isso sob a desculpa do "combate ao preconceito", que se confirmou causar o efeito contrário: o fortalecimento de preconceitos ainda piores.
O sensualismo trash de mulheres de glúteos siliconados ou portando obesidade extrema, feito mais para "incomodar o outro" do que para um suposto fortalecimento da autoestima, torna-se uma das perdições das esquerdas.
Junto a isso, tem-se a obsessão das tatuagens, como suposto meio de expressão de quem tem dificuldade de se expressar pelas próprias ideias.
Usa-se a "liberdade do corpo", através da intervenção alheia, para transformar o corpo num paraíso de peles rabiscadas e gorduras excessivas que sufocam o coração.
Questionar isso faz muitos esquerdistas, mesmo mulheres, soltarem o inconsciente bolsomínion dos ataques hidrófobos, sobre uma suposta "liberdade" de fumar, engordar demais, tatuar, ostentar o corpo, usar vestidos curtíssimos e apertados até em velório etc.
E é esse pessoal que acredita que Jair Bolsonaro vai cair na Quarta-Feira de Cinzas, ou "começar a cair", dentro daquela perspectiva do "agora vai".
Com esquerdas assim, Lula tem mais chance de ser Rei Momo do que presidente da República.
Não adianta vaiar Jair Bolsonaro. Não adianta gritar "Fora Bolsonaro" na folia.
Não adianta, na plateia, gastar as cordas vocais gritando "Ei, Bolsonaro, vai tomar no...".
Isso pode parecer divertido, e até é, admitamos.
Mas a realidade mostrou que isso não passa de uma atitude inócua, de um "Carnevale" que só serve para despejar a catarse coletiva, antes que tudo voltasse a ser como está.
Reduziram-se os protestos contra o golpe a uma provisória diarreia emocional.
O governo Bolsonaro está em sua fase mais sombria, por causa do caso Adriano da Nóbrega. Traz indícios de que as milícias estão sendo muito bem representadas no Governo Federal.
O miliciano, envolvido no caso Marielle Franco, teria sido morto por "queima de arquivo", mas também há o mistério de que as informações do celular dele haviam sido apagadas antes.
O Brasil vive uma séria crise, e as esquerdas, em maioria, pensam que tudo será igual a 2002.
É certo que manifestações autênticas, como protestos de petroleiros contra o fim da Petrobras, ocorrem. E há, também, a greve dos caminhoneiros, que também envolve, entre outros problemas, o dos combustíveis.
Mas elas não podem ser confundidas com o "Carnevale" catártico que lacra a Internet, vira assunto por algumas horas e, depois, morre se evaporando no vento do esquecimento.
Michel Temer encerrou sua carreira política com tranquilidade, rindo da cara dos que gritavam "Fora Temer" nas festas do dia a dia.
Foi isso que a intelectualidade pró-brega, com aquele papo de "combate ao preconceito", quis.
Esses intelectuais, a pretexto de usarem o "popular demais" - aqueles fenômenos popularescos de grande sucesso nos subúrbios e roças - como "provocatividade", tiraram o povo das ruas.
Eles preveniram qualquer chance de manifestações populares em favor de Lula e Dilma Rousseff. Sob a desculpa que a bregalização já era um "ativismo" pela suposta revolta das elites.
E de que intelectuais pró-brega estamos falando?
Sim, isso mesmo, dos divinizados "São" Paulo, "São" Pedro e "Santo" Hermano: Paulo César de Araújo, Pedro Alexandre Sanches e Hermano Vianna.
E, junto deles, uma legião de discípulos, ainda que uns muito agressivos, como o reaça enrustido Eugênio Raggi. E um "espírito de luz" que se tornou o "provocativo" baiano Roberto Albergaria.
Todos "santos", "canonizados" na maioria dos sítios da Internet. Só o meu antigo Mingau de Aço veio para quebrar todo esse clima de "santidade".
Só que, nesse mundo de "santos" e "anjos" definindo a bregalização, ou seja, a espetacularização da miséria e da ignorância humanas, como "paraísos na Terra", quem chegou a ser "crucificado" fui eu.
Falar umas verdades dói em muita gente. O ideal é acreditar que Waldick Soriano lutou na Revolução Cubana e as letrinhas inócuas de Odair José são o suprassumo do protesto poético brasileiro.
A ideia da bregalização é tratar o povo de forma infantilizada, embora "positiva", e as "periferias" como um "paraíso". Tudo para evitar as revoltas populares e permitir a domesticação do povo pobre nos níveis mais extremos possíveis.
O Brasil vive tanto na fantasia que são os mais velhos que mais cultuam religiões ilusórias, como a Igreja Universal do Reino de Deus e o Espiritismo que é feito no Brasil.
As esquerdas pegam carona em tudo isso, assinando embaixo no que os reacionários querem que seja a "cultura popular" (ou seja, essa suposta provocatividade do brega), e imaginam que estão vivendo em 2002.
Naquela época, a crise aguda do segundo governo Fernando Henrique Cardoso favoreceu a vitória eleitoral de Luís Inácio Lula da Silva.
Mas eram outras circunstâncias, outros contextos. Não há como hoje essas mesmas condições favorecerem a volta do PT à Presidência da República.
Não há como negociarmos com antigos corruptos da ditadura militar, de Paulo Maluf ao baiano Mário Kertész, passando por Fernando Collor e José Sarney.
Não há como compactuarmos com a bregalização cultural - patrocinada pelo coronelismo regional - e seus ideólogos da intelectualidade "bacana".
Não há como rezarmos para falecidos religiosos, como um "médium espírita" de peruca, que vivem em Minas Gerais, e que era um direitista doente, apesar de ter carregado, durante muitos anos, uma falsa imagem de "progressista".
Lembro de uma declaração de Roberto Carlos, que apoia Sérgio Moro, sobre o governo Jair Bolsonaro.
"Acho que o Bolsonaro é muito bem-intencionado. Ele tem tido muita dificuldade com o pessoal em volta dele", disse o cantor capixaba.
É uma opinião pessoal do ex-Rei, mas poderia também ser uma "psicografia" do espírito do "maior psicógrafo do Brasil", porque este, se estivesse vivo, com a máxima certeza diria a mesma coisa.
Sim, isso mesmo. O "homem chamado Amor", o "símbolo máximo de amor, fraternidade e dedicação ao próximo", era um direitista incurável, tinha o mesmo pavor de Lula que a Regina Duarte tem, apoiou a ditadura e foi homenageado pela Escola Superior de Guerra.
Também, o "médium" foi um arrivista dos níveis de Jair Bolsonaro.
O "médium" causou escândalo criando literatura fake, ofendendo a memória do grande Humberto de Campos - a ponto de assediar e ludibriar seu filho homônimo - e, por sorte, saindo impune e com a sociedade passando o pano em cima dele, promovido a suposto "espírito de luz".
O arrivismo não difere e nem é menos grave do que o do ex-militar, que nos anos 1980 planejou um ato terrorista. Ninguém, na época, imaginava que ele seria presidente da República. Mas também Donald Trump presidindo os EUA era uma piada do seriado dos Simpsons.
Se a Escola Superior de Guerra homenageou alguém, é porque esse alguém deu uma contribuição muito grande à ditadura militar.
Devemos parar de ilusões. Na vida real, a fada madrinha pode, eventualmente, se aliar à bruxa má, e conspirar contra a gata borralheira.
E as esquerdas, hoje conciliadoras e nada combativas, ainda se prendem às fantasias de 2002.
Elas caíram até na armadilha montada pelo empresário funqueiro Rômulo Costa, um amigo dos golpistas! Ignoraram o "cavalo de Troia" que foi a discotecagem da Furacão 2000 no comício anti-golpe de 17 de abril de 2016.
E as esquerdas se recusam a ter autocrítica. Preferem se apegar a antigas fantasias. Ou, quando criticadas, escondem seus "brinquedinhos" no armário, ainda que sejam funqueiros e "médiuns espíritas".
Quando contrariadas, as esquerdas apenas se calam, dentro do silêncio esnobe de quem morde a língua e diz, em reação muda: "Vocês pensem o que quiserem, que eu fico na minha".
Não se trata, neste caso, das esquerdas acharem que críticas são "meras opiniões". Não é mais possível o vitimismo, nem a dissimulação de vaidades feridas.
Estamos deixando o senso crítico virar patrimônio da centro-direita, desde quando as esquerdas se recusaram a questionar a bregalização que intelectuais da mídia venal infiltrados no esquerdismo - como Pedro Alexandre Sanches - estavam pregando.
Quem mais se opõe, na prática concreta, contra Jair Bolsonaro são gente da direita, antes bolsonarista e hoje moderada: Alexandre Frota, Janaína Paschoal, Lobão, Joice Hasselmann.
Quando Lula deixou a prisão, esperava-se uma onda de manifestações populares e protestos contra o governo Jair Bolsonaro. Nada disso aconteceu.
O que se viu foi Lula se transformando num contador de causos.
Enquanto isso, as esquerdas que endeusam "médiuns espíritas", funqueiros, mulheres-objetos popularescas e jogadores de futebol garanhões se esquecem de quem realmente se identificam ao apoiar essa gente toda.
Ninguém menos que LUCIANO HUCK.
Não adianta colocar "médiuns", boazudas, craques pegadores e MCs funqueiros numa galeria de supostos marxistas porque quem se identifica com todos eles é justamente o neoliberal apresentador de TV e mega-empresário, marido da ex-estrela infantil Angélica.
Não adianta odiar Luciano Huck e adorar os "heróis" que ele apoia. Não adianta as esquerdas espernearem dizendo que "isso não tem a ver".
Será inútil criar teses para relativizar a filiação de Rômulo Costa ao PSL em 2013 (o PSL não havia acolhido Bolsonaro, mas já era direitona de sangue e carteirinha) e as conversas animadas com o golpista Eduardo Lopes, do Republicanos, em 2017.
Não dá para montar arremedos de monografia nos blogues de esquerda e imaginar que tais episódios "nada tem a ver" e que Rômulo Costa seria "o maior representante do marxismo-trotskismo" do Brasil.
Como também não dá para relativizar o jogo duplo da Liga do Funk, do neo-Cabo Anselmo Bruno Ramos, que foi a um protesto da Rede Globo, em 2016, e, meses depois, gravou matéria para o Fantástico, da mesma emissora.
Nos rios artificiais da emoção, toda falácia pode parecer uma verdade indiscutível. Mas, confrontada com a lógica e a realidade, essa falácia emotiva se desfaz como um castelo de areia tomado pela água.
A centro-direita, que sequestrou a pauta do debate cultural, sonegado pelas esquerdas, agora está sequestrando a pauta das desigualdades sociais.
As esquerdas aceitam as formas deturpadas de causas identitárias, com drag queens estereotipadas, mulheres-objetos raivosas e mulheres obesas escravizadas pelo sensualismo.
Tudo isso sob a desculpa do "combate ao preconceito", que se confirmou causar o efeito contrário: o fortalecimento de preconceitos ainda piores.
O sensualismo trash de mulheres de glúteos siliconados ou portando obesidade extrema, feito mais para "incomodar o outro" do que para um suposto fortalecimento da autoestima, torna-se uma das perdições das esquerdas.
Junto a isso, tem-se a obsessão das tatuagens, como suposto meio de expressão de quem tem dificuldade de se expressar pelas próprias ideias.
Usa-se a "liberdade do corpo", através da intervenção alheia, para transformar o corpo num paraíso de peles rabiscadas e gorduras excessivas que sufocam o coração.
Questionar isso faz muitos esquerdistas, mesmo mulheres, soltarem o inconsciente bolsomínion dos ataques hidrófobos, sobre uma suposta "liberdade" de fumar, engordar demais, tatuar, ostentar o corpo, usar vestidos curtíssimos e apertados até em velório etc.
E é esse pessoal que acredita que Jair Bolsonaro vai cair na Quarta-Feira de Cinzas, ou "começar a cair", dentro daquela perspectiva do "agora vai".
Com esquerdas assim, Lula tem mais chance de ser Rei Momo do que presidente da República.
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