Na semana passada, a atriz Juliana Paes mostrou seu reacionarismo enrustido.
Tentando desmentir seu bolsonarismo, a atriz "isentona" defendeu a médica negacionista Nise Yamaguchi, durante depoimento dela na CPI da Covid, cujos depoentes ligados a Jair Bolsonaro andam declarando várias mentiras.
A médica é acusada de criar um "ministério paralelo" da Saúde para defender propostas negacionistas, contra a prevenção da pandemia e a favor de tratamentos suspeitos como a cloroquina.
Juliana Paes usou como desculpa a "sororidade", diante da repercussão negativa das declarações da depoente, que cometeu a gafe de dizer que não sabe o que é um vírus.
Ela disse que Nise "está sendo intimidada e coagida" por ser mulher. A atriz usou o feminismo como escudo para defender alguém que colabora com esse negacionismo que deixou matar quase 500 mil brasileiros.
A desculpa da "sororidade", do "corporativismo da vagina", já foi usada por outras mulheres em outras vezes.
Uma, para defender a agora ex-pedetista Tábata Amaral, a deputada neoliberal que defendeu a reforma previdenciária.
Outra, para as esquerdas identitaristas passarem pano nas mulheres-objetos, sob a desculpa de expressarem um "feminismo popular", com o pretexto de, em tese, elas não terem maridos nem sequer namorados nem pretendentes.
Juliana Paes, aliás, foi uma das maiores apoiadoras do "funk" no Rio de Janeiro, sempre agindo que o gênero fosse tocado nas suas festas.
A atriz estava empenhada nessa campanha toda de "combate ao preconceito" que envolveu um gigantesco lobby de famosos e intelectuais. Neste último caso, favor ver o livro Esses Intelectuais Pertinentes....
Apareceu ao lado de Valesca Popozuda, a suposta "esquerdista" amiga de bolsomínions, e suas declarações receberam o apoio de outra funqueira, Ludmilla.
O identitarismo de Juliana Paes também envolveu sua participação na "cosmética da violência" que fez a fama do agora 'arrependido" José Padilha, um anti-petista que fez série exaltando Sérgio Moro, O Mecanismo, mas agora diz "querer votar" em Lula, depois de tratá-lo como "ladrão".
E José Padilha foi responsável por tirar MC Leonardo do ostracismo e ajudar a formatar o pseudo-esquerdismo do funqueiro, que como presidente da APAFUNK fez o jogo duplo de fazer proselitismo na mídia alternativa e, depois, realizar palestras patrocinadas pela mídia venal.
É um jogo parecido com o do paulista Bruno Ramos, da Liga do Funk, que fingiu protestar contra a Rede Globo e depois mandou sua instituição aparecer em matéria do Fantástico, onde ele não apareceu.
Essa "cosmética da violência" misturava o joio do trigo, combinando a supervalorização tendenciosa de livros de autores progressistas, Rota 66 de Caco Barcellos e Estação Carandiru de Dráuzio Varella, com narrativas "coxinhas" de filmes da ação como a franquia Tropa de Elite.
E aí Juliana Paes aparece fazendo papel de Bibi Perigosa, inspirado numa personagem real, na novela A Força do Querer, da Rede Globo.
Esse imaginário, querendo ser uma espécie de Pulp Fiction dos trópicos, em nada contribuiu para o fortalecimento dos movimentos sociais progressistas, antes colaborando com a espetacularização da miséria que já iludiu muita gente de esquerda no Brasil.
Juliana Paes também é conhecida por ter participado das passeatas do golpe político de 2016, que pediram a saída de Dilma Rousseff por acusações levianas e infundadas de "corrupção".
Esse aspecto faz Juliana Paes, em detrimento de sua beleza sensual profundamente atraente, com sua estonteante formosura física, uma reaça doentia comparável à atriz Regina Duarte, a ex-namoradinha do Brasil.
É claro que, de forma surreal, é muito mais fácil os brasileiros repudiarem uma mulher bonita reaça do que um velho feio se passando por "médium" e "filantropo", mas também um reacionário doentio, mas também não vamos passar pano nas bonitonas reaças.
Já senti uma quedinha, há uns 20 anos, pela Ana Paula do Vôlei, mas hoje acho a atual Ana Paula Henkel deplorável em seu reacionarismo raivoso.
Ana Paula é assumidamente bolsonarista, mas Juliana é mais enrustida. Em entrevista a O Globo, a atriz declarou: " Não bato palma para tudo que Bolsonaro diz, mas vamos apoiar já que ele está lá".
Ou seja, é uma atitude um tanto contraditória e covarde, daquelas pessoas que querem ser reacionárias mas se passam por "isentas" para não pegarem mal.
E tem muita gente se dizendo "nem de esquerda, nem de direita", num contexto em que o "normal" é ser de direita, não de forma declarada, mas pelos valores simbólicos associados.
E aí vemos Juliana Paes, que também é empresária, dona de um centro de beleza, o Espaço Juliana Paes, que fica na Rua Miguel de Frias, em Icaraí, Niterói - na frente do qual andei muitas vezes - , mostrando o quanto é uma típica reacionária de elite.
Ela não quer perder a popularidade, daí a sua pose de "isentona". Mas dizendo coisas como "não ser" bolsomínion mas "não aceitar ideias da extrema-direita e delírios da extrema-esquerda (sic)" e compartilhar uma visão paranoica sobre "comunismo", ela mostrou a que veio.
E aí vemos o quanto a bela Juliana Paes se enfeiou por dentro, com seu reacionarismo bastante rabugento que pode causar efeitos drásticos na sua badalada e, até agora, bem-sucedida carreira.
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