O governo Jair Bolsonaro extinguiu o Bolsa Família, que por durante muitos anos diminuiu o impacto da pobreza nas famílias carentes.
Em seu lugar, Bolsonaro instituiu o Auxílio Brasil (ou "Bolso Família"?), que apresenta um valor inferior ao genérico Auxílio Emergencial, que, na proposta de Lula, é de R$ 600, mas o projeto bolsonarista hoje determina pelo valor de R$ 400.
O Auxílio Brasil é considerado um projeto eleitoreiro de Jair Bolsonaro e de um envergonhado Paulo Guedes, que, a contragosto, abraçou até mesmo a ruptura do teto de gastos públicos e hoje tenta explicar ao mercado por que decidiu isto.
As esquerdas estão de luto com o fim do Bolsa Família. Mas como elas acreditam que Lula ganhou todas e vai assumir a Presidência da República mesmo que Deus tivesse que atirar um raio de trovão na cabeça de um terceiro-viável, acham que a BF voltará rapidinho.
O que não se sabe é se a Bolsa Família e o Auxílio Emergencial coexistirão ou serão fundidos e se tornarem um projeto ambicioso de um Lula domesticado que se acha vencedor sem que a corrida presidencial estivesse sequer nos preparativos.
Medidas como o Bolsa Família são válidas até certo ponto, mas considerando sempre o aspecto paliativo.
Sem que houvesse outras medidas de valorização e redistribuição de renda, o Bolsa Família, assim como o Auxílio Emergencial, serão ineficientes.
O grande medo é que um Lula domesticado e amestrado por aliados conservadores - como os emedebistas que, há pouco tempo, derrubaram Dilma Rousseff - fique apenas no Auxílio Emergencial, e venda a medida, meramente paliativa, como a "porta de entrada para o desenvolvimento do país".
Será que R$ 600 serão anunciados como o ingresso para o tal "espetáculo do crescimento"?
Temo que sim, e isso será um horror.
A classe média é que confunde Assistencialismo com Assistência Social, e acha que esmola transforma vidas.
Com toda a relativa validez que possa se atribuir ao Bolsa Família ou Auxílio Emergencial, a exemplo das cotas raciais nas universidades, essas medidas, isoladas, nada contribuem para a melhoria real nas vidas dos brasileiros carentes.
As esquerdas ficam eufóricas com essas medidas, meramente paliativas, ignorando que BF/AE são apenas ajudas paliativas que minimizam o problema sem resolver em definitivo. Elas apenas "seguram" a despensa familiar por algum tempo.
Da mesma forma, sem que haja uma melhoria real no ensino fundamental e no ensino médio, as cotas raciais não fazem sentido. Até porque seria terrível jogar nas faculdades pessoas com péssima instrução na educação básica, despreparadas para aprender coisas mais complexas.
As esquerdas, por serem comandadas pela classe média, abandonando as classes trabalhadoras e subestimando as pautas trabalhistas, é que ficam supervalorizando esses paliativos sem saber.
Se o maior herói religioso das esquerdas festivas brasileiras é um "médium espírita de direita" que é glorificado por uma "caridade" fajuta, nos padrões de Luciano Huck, com medíocre distribuição de donativos, então faz sentido essa visão distorcida das coisas.
Essas esquerdas têm seus filhos estudando na Europa, viajam para o exterior como um cidadão comum vai andar para um mercado da esquina fazer compras, e têm bens relativamente luxuosos.
É claro que seu maior mensageiro religioso é um "médium" charlatão de peruca que defendia com radical fervor a ditadura militar e dizia que era lindo sofrer em silêncio. Pimenta nos olhos dos outros é refresco.
E, diante da burrice que não é privilégio das esquerdas - QUASE TODA a classe média viciada em redes sociais é estúpida - , confundem vergonhosamente a ideia de "transformar vidas" com a de "minimizar a dor do sofrimento".
Confundir filantropia com revolução social é um asneirol de fazer a gente passar a mão por toda a cabeça, de tanta vergonha e constrangimento.
Mas para a classe média que pode comprar o carro do ano, tanto faz se os pobres recebem o mantimento que dura só uns cinco dias.
Ficam aplaudindo e ovacionando oportunistas como o "médium" vigarista de Minas Gerais, que de forma vexaminosa tem suas mensagens de motivação e positividade tóxicas disparadas nas redes sociais.
No meu perfil "clandestino" do Instagram, preciso denunciar (como "golpe ou fraude") e bloquear esses perfis, porque agora passei a ser bombardeado, por força do algoritmo, por mensagens tóxicas de "positividade religiosa".
Não acredito que "caridades paliativas" transformem as vidas dos pobres, até porque essas "ajudas" são festejadas por muito tempo, mas os donativos se consomem por poucos dias.
E aí eu fico envergonhado com essa classe média brasileira, tida como "formadora de opinião" e suposta detentora de "sabedoria" e "visão de mundo realista".
No Brasil, onde as redes sociais criam um "país de contos de fadas", essa classe média é afeita para gafes conceituais monumentais, de uma total falta de discernimento e de consciência da realidade.
E é isso que faz com que as esquerdas, apenas uma parte desse mundo imbecilizado e retardado que predomina no Facebook, Instagram e WhatsApp, fiquem superestimando medidas paliativas como o Bolsa Família e o Auxílio Emergencial, que consideram "façanhas milagrosas".
Uma boa sugestão para essas esquerdas fantasiosas é essa.
Diminuam seus padrões de vida, cancelem os estudos no exterior de seus filhotes - que poderiam sentir o que é estudar numa escola pública e lutar por si mesmos pela melhoria da mesma - , vendam seus bens luxuosos e troquem seus carrões por veículos mais modestos e mais antigos.
Reduzam seus salários e passem a viver de monetização dos canais da mídia esquerdista e recebam para si mesmos o Auxílio Emergencial ou o Bolsa Família.
Vamos ver se as esquerdas, sentindo na pele a pobreza e o Assistencialismo, vão manter as fantasias que sentem pela "caridade paliativa".
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