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Mostrando postagens de 2024

A VELHA ORDEM SOCIAL LUTOU PARA SOBREVIVER EM 2024

OS NETOS DA GERAÇÃO GOLPISTA DE 1964 SE ACHAM OS PREDESTINADOS E "DONOS" DO FUTURO DO BRASIL. O nosso país vive uma não declarada pandemia do egoísmo. A "liberdade" desenfreada de quem quer demais na vida, de uma elite que não se sentiu representada por Jair Bolsonaro e que viveu as limitações da Covid-19, mostra o quanto o Brasil preferiu, de 2022 para cá, viver em ilusões, a ponto de haver um novo "isentão", o negacionista factual, que sente fobia de senso crítico e mede a qualidade da informação pelo prestígio de quem diz, pouco importando se o fato é verídico ou não (e, se for, é mera coincidência). Como jornalista, minha missão é juntar as peças dos quebra-cabeças e não me contentar com a realidade fragmentada que confunde contradição com equilíbrio ou versatilidade. Criando uma "linha do tempo" da elite do atraso, vejo que não há contraste entre a "democracia" pedida pelos que defendiam a queda de João Goulart em 1964 e a "de...

BRASIL AINDA PREFERE A FANTASIA DO QUE O REALISMO, MAS MENOS QUE EM 2023

AINDA HÁ MAIS CONSUMISMO DO QUE CIDADANIA, POR CORTESIA DA ELITE ABASTADA QUE DOMINA AS NARRATIVAS NAS REDES SOCIAIS. 2024 foi um ano menos ingrato do que 2023, pois o primeiro ano do atual mandato de Lula foi marcado de muita ilusão, de muitas desigualdades sociais mal-disfarçadas e de muita cegueira nas narrativas, com a "sociedade do amor" se nivelando ao apetite por fake news  dos bolsonaristas, na medida em que se recusava a expressar o senso crítico. A frente ampla socioeconômica dos ex-pobres remediados, da pequena burguesia, da burguesia propriamente dita e dos famosos e subcelebridades cheios da grana mostra o quanto o "milagre brasileiro" ficou repaginado, substituindo generais de plantão por um ex-sindicalista bonachão mas tornado pelego. A mídia lulista, a partir de relatórios trazidos pelos órgãos do governo, aparelhados conforme os interesses do presidente brasileiro, mostram supostos recordes históricos do atual mandato de Lula que mais parecem um bal...

AS REAÇÕES PARANOICAS DO BURGUÊS ENRUSTIDO

Na “sociedade do amor” guiada pela “democracia de um homem só” de Lula, a burguesia comanda uma “frente ampla” social que vai do ex-pobre “reMEDIAdo” por loterias e promoções de produtos ao famoso e/ou subcelebridade dotado de muito dinheiro e extravagância. Nessa fauna de “animais consumistas”, essa frente, a elite do bom atraso, é dotada também de muita falsidade, além de um culturalismo vira-lata que os faz gostarem de músicas de gosto duvidoso e a falarem jargões como a intragável e cafona gíria “balada” (© Jovem Pan) e neologismos em portinglês como “doguinho” e “lovezinho”. Mesmo os mais “modestos” membros dessa classe cujos avós suplicaram a queda de João Goulart em 1964 nem que seja pelo preço de uma guerra - conforme revelaram documentos da felizmente nunca realizada Operação Brother Sam, décadas depois - podem ser incluídos nesse banquete simbólico da burguesia, por compartilharem, pelo menos em parte, dos privilégios e interesses da aristocracia bronzeada que temos. A falsid...

A "VERGONHA SÓBRIA" E O HEDONISMO AUTORITÁRIO

Uma matéria do Deutsche Welle Brasil mostra um hábito de pessoas constrangerem quem não opta por beber álcool, o que mostra o quanto o lazer hedonista, no nosso país, é bastante autoritário. O prazer como uma imposição e não como um direito de escolha. Esta matéria fala sobre o sober shaming , a "vergonha sóbria" , que é o constrangimento social imposto contra quem opta por tomar bebidas sem álcool, mesmo quando essa pessoa faz essa escolha visando preservar a saúde. O caso mencionado é de uma jovem, Sílvia Fernandes, de 24 anos, que nem aboliu o consumo de bebidas alcoólicas, reduzindo apenas em 80 % o consumo, mas mesmo assim ela é constantemente constrangida com muitas perguntas: " Eu sempre fui ligada em esporte, mas também sempre bebi. Nunca tive o físico que eu gostaria, mas tudo bem, era uma decisão minha continuar bebendo. Chegou num momento, no ano passado, no qual resolvi investir na academia. Reduzi em mais de 80% o consumo de álcool e estou supersatisfeita co...

A ECONOMIA MÍOPE DO NEGACIONISTA FACTUAL

TRABALHADOR AFLITO PORQUE RECEBEU POUCO DINHEIRO. O negacionista factual, esse "isentão do bem" dos tempos "democráticos" de hoje, tem uma noção míope de Economia. Acha que um trabalhador que ganha R$ 1.412 (serão R$ 1.518 no ano que vem) vive na fartura, enquanto deputados federais que recebem R$ 5 milhões por cada votação das tais "emendas parlamentares" ganham uma gorjeta. A própria classe do negacionista factual, a elite do bom atraso - a burguesia de chinelos invisível a olho nu que se espalha por entre a multidão como num mimetismo social - , ganha no mínimo R$ 10 mil mas se diz "pobre" porque fala português errado, bebe caipirinha e paga IPVA, como se isso garantisse o atestado de miséria financeira dessa classe abastada. Para que Lula não tenha a reputação arranhada, é necessário seus apoiadores "ressignificarem" certos procedimentos. Se Lula se aproxima da direita moderada, ele está "mais democrático". Se Lula privati...

FRENTE AMPLA DEMAIS E O CLIMA "EMILINHA X MARLENE"

Embora oficialmente fora de moda, o termo "pelego" demonstra as contradições do presidente Lula, que, no imaginário dos seus seguidores, realiza o suposto milagre de ampliar seu leque de apoio e, em tese, manter seus princípios esquerdistas intatos na sua essência. Não sejamos ingênuos. Se Lula investe na frente ampla e sinaliza aproximar-se do Centrão na reforma ministerial em cogitação, não há almoço grátis. Não podemos considerar que o projeto progressista, já moderadíssimo nos mandatos anteriores, fosse permanecer intato no atual mandato, logo quando o presidente brasileiro se esbalda nas alianças mais heterogêneas possíveis, visando uma vitória mais folgada na campanha presidencial de 2026. Para quem não sabe, e não custa repetir aqui, o termo "pelego" é um jargão do movimento sindical dado àquele líder que, representando os trabalhadores, se corrompe quando, durante as negociações trabalhistas, acaba atendendo mais aos interesses dos patrões. Era muito comum u...

"COMBATE AO PRECONCEITO" ESTIMULOU ARROGÂNCIA EM FÃS DE BREGA-POPULARESCO

Sabemos que o eterno verão do "combate ao preconceito" que agiu com intensidade entre 2002 e 2016 foi apenas uma desculpa para os fenômenos popularescos ampliarem o mercado, sob o pretexto de serem, em tese, a "verdadeira cultura das periferias". Sabemos que essa campanha foi iniciada pela mídia venal, sobretudo Globo, SBT, Folha, Abril e Estadão, mas que depois foi fazer proselitismo na mídia de esquerda, através do "filho da Folha", Pedro Alexandre Sanches, que, infiltrado na imprensa alternativa, contribuiu para derrubar a Caros Amigos, a encerrar a versão impressa da Fórum e quase falir a Carta Capital. E ainda estava quase subindo os degraus do Centro de Estudos Barão de Itararé, na esperança de transformá-lo num puxadinho da Folha. Mas a tal campanha pela "ruptura do preconceito" causou efeitos mais danosos do que se imagina. A cultura brasileira autêntica saiu perdendo, sendo substituída por uma multidão de pseudoartistas musicais e subcel...

O PAPEL DEVASTADOR DA FOLHA DE SÃO PAULO NA CULTURA BRASILEIRA

O papel da Folha de São Paulo na degradação cultural do Brasil pode não ter sido tão explícito quanto a Rede Globo ou o SBT, mas todos, durante a ditadura militar, tiveram uma participação decisiva na conduta cultural dos brasileiros, visando atingir os objetivos estratégicos da plutocracia que a simples repressão violenta não poderia alcançar. Muito pelo contrário, a violência física e logística - como a censura - da ditadura militar, se levada às últimas consequências, poderia trazer os efeitos contrários. A morte de Vladimir Herzog foi um exemplo, a de Zuzu Angel também. E já havia denúncias de crimes contra os direitos humanos que a então autoproclamada "revolução democrática" havia cometido, e isso poderia botar tudo a perder. Daí que, vendo que boa parte dessas denúncias vinha de setores progressistas da Igreja Católica, identificados com a Teologia da Libertação, a ditadura, sob a desculpa da "diversidade religiosa", teria financiado o crescimento de outros m...

INTELLIGENTZIA INSISTE NA GOURMETIZAÇÃO E NO COITADISMO DO "FUNK"

Em mais um apelo de promoção pelo coitadismo, o "funk" mais uma vez posa de vítima de "censura", desta vez com um texto com um claro tom de defesa de causas identitárias. O tema do artigo de Eduardo Moura, também acompanhado de um vídeo, é a "censura artística" que está sendo feita contra o "funk" , promovida principalmente pelo Estado. A matéria conta com vários depoimentos de diversos agentes sociais. A matéria foi publicada na página da Folha de São Paulo. A desculpa é a mesma, e força a barra usando o racismo e o classismo como critérios para a rejeição do "funk", e chega a falar das temáticas de apologia à violência e à sexualização - que alimentam o repertório dos chamados "proibidões" - como "expressões do eu-lírico", como se aquilo fosse "poesia". O texto apela para o clichê da descontextualização, sempre comparando o samba ao "funk", que sempre se aproveita da antiga perseguição sofrida p...

LULA QUER DIMINUIR CRESCIMENTO DO SALÁRIO MÍNIMO

O governo Lula, visando o arcabouço fiscal que tem como meta o "déficit zero", quer agora diminuir ainda mais o crescimento do salário mínimo, que, no seu atual mandato, já tem um ritmo miserável de acréscimo, limitado a uns míseros R$ 90 por ano. Fala-se até em propor, através da reforma tributária em andamento no Congresso Nacional, um crescimento de apenas 2,5%. Imaginemos, então, o salário atual de R$ 1.415 e somemos a ele 2,5% de seu valor. Ou seja, somemos 1.415 com 35,3. O valor fica em torno de R$ 1.451, em termos de política econômica. Ou seja, o projeto de lei da reforma tributária já pode ser conhecido como PL da Merreca ou PL da Pindaíba, o que pode fazer com que Lula, em vez de combater a fome, a faça crescer ainda mais. Nada mal para um país cuja burguesia enrustida joga comida fora, feliz da vida, nos almoços nos restaurantes da moda. Enquanto Lula se empenha para estrangular ainda mais as finanças das classes trabalhadoras - uma vergonha, pois um ex-líder sind...

A MAIOR PEGADINHA DE UM GRUPO EMPRESARIAL DE ÔNIBUS

FOTO QUE TIREI DA EXPRESSO GUANABARA, NA SAÍDA DA RODOVIÁRIA DO RIO, NO RIO DE JANEIRO. A maior pegadinha lançada no meio busólogo brasileiro deixa muita gente desnorteada. É a crença de um grupo empresarial que, mesmo sediado no Rio de Janeiro, iria fundir todas as empresas para elas, transformadas numa só empresa, serem administradas lá longe, em Fortaleza, no Ceará. Houve até lançamento de um sucesso do piseiro celebrando a "nova fase" dessa empresa, a Expresso Guanabara. Mas o grupo empresarial que incluiu a Util, Real Expresso, Brisa, Sampaio, Expresso (de Goiás), Rápido Federal e a própria Guanabara e que pretende transformar numa empresa só no ano que vem, não quer contar a verdade sobre a extinção dessas empresas, da maior extinção que o grupo empresarial vai realizar através desse mata-mata de empresas. A maior extinção do Grupo Guanabara é justamente o da Expresso Guanabara, de Fortaleza. Sim, isso mesmo. Esta é a maior extinção, o maior desaparecimento. Fortaleza p...

GÍRIA "BALADA" TEM MAIS A VER COM "NOVILÍNGUA" DO QUE SE PENSA

HAVIA, NO ADMIRÁVEL MUNDO NOVO , AS TAIS "SOMADAS"? Já teve headbanger  e evangélico que, na boa-fé, pronunciaram, em diferentes ocasiões, a gíria "balada" como se fosse um jargão moderno, sem perceber o "mico" de usar uma gíria clubber  ligada ao consumo de drogas. Teve nordestino, a milhas de distância da Faria Lima, falando a mesma gíria, assim como muito trabalhador com ânsia de parecer "moderno" para seu meio social. A gíria "balada", no sentido de agitos noturnos, é de longe a pior gíria de toda a História do Brasil. Nem "chuchu beleza", o jargão bicho-grilo brasileiro, soava tão patético. "Balada" é a maior aberração linguística do país por ser uma gíria que se recusava estar nos limites do espaço (expressão de um restrito grupo social) e do tempo (expressão de uma época específica). A expressão é a única gíria com esquema de marketing e departamento comercial e sua inserção era combinada com editores de telej...

MAIORIA DO CAFÉ BRASILEIRO TEM IMPUREZAS

CEVADÃO - Café da marca Melitta tem gosto de cevada. Melitta sabe fazer coador, mas "pesa na mão" ao bancar a produtora de café. Denúncia divulgada pelo canal Elementar mostra que o café brasileiro, em sua quase totalidade, não é genuinamente café, pois em muitos casos apresentam mais impurezas do que o próprio café, e o pior é que isso ocorre sob o consentimento da lei, conforme informa a ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária). Segundo a matéria, a lei permite que o café seja comercializado com impurezas, que vão de restos de milho, pó de madeira e até mesmo restos de insetos. O sabor do café acostumou mal o brasileiro médio e faz com que as gerações atuais, diferente do desconfiômetro dos antepassados, confundissem o sabor do café com o de um pó queimado e amargo. A matéria informa que 90% do café produzido no Brasil é vendido para exportação, enquanto apenas 10% permanece no mercado nacional. Com isso, o café brasileiro, há muito tempo, "enche linguiça...