CEVADÃO - Café da marca Melitta tem gosto de cevada. Melitta sabe fazer coador, mas "pesa na mão" ao bancar a produtora de café.
Denúncia divulgada pelo canal Elementar mostra que o café brasileiro, em sua quase totalidade, não é genuinamente café, pois em muitos casos apresentam mais impurezas do que o próprio café, e o pior é que isso ocorre sob o consentimento da lei, conforme informa a ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária).
Segundo a matéria, a lei permite que o café seja comercializado com impurezas, que vão de restos de milho, pó de madeira e até mesmo restos de insetos. O sabor do café acostumou mal o brasileiro médio e faz com que as gerações atuais, diferente do desconfiômetro dos antepassados, confundissem o sabor do café com o de um pó queimado e amargo.
A matéria informa que 90% do café produzido no Brasil é vendido para exportação, enquanto apenas 10% permanece no mercado nacional. Com isso, o café brasileiro, há muito tempo, "enche linguiça" ao juntar à pequena quantidade do produto uma infinidade de impurezas e restos que vão de milho e cevada até carvão, pó de madeira, pelo de rato e barata, moídos e torrados para terem "cor de café".
A matéria também cita outros produtos (como o caso da contaminação nos produtos alimentícios da marca Fugini), e mostra o quanto o mercado brasileiro é trambiqueiro. Tudo em nome do lucro, enquanto o público, feliz da vida, leva gato por lebre, dormindo tranquila depois que viu um "coelho" miar (e ai de quem denunciar isso; o negacionista factual não gosta e pede para boicotar o texto).
Eu mesmo testei as principais marcas de café, nas mais diversas situações, e pude constatar:
- Dessas marcas que adulteram o café, pelo menos Três Corações (e suas associadasPimpinela, Santa Clara, Brasileiro), União, Café Pele (e seu associado Café Caboclo) e Seleto (Camil) apresentam uma maior parte de café autêntico, apesar das impurezas. Com boa vontade, dá para consumir essas marcas, embora elas estejam ainda longe de representar o sabor de café puro;
- O Café Pilão se torna um sabor razoável, porém inferior às marcas mencionadas acima. O sabor do Pilão parece mais uma mistura de café, cevada e outras impurezas;
- A pior marca é a Melitta, cujo café tem muito pouco do sabor do produto, e seu sabor lembra mais o de uma cevada solúvel. Nem de longe chega a ser palatável como café, com tanto gosto de "cevadão" que a marca possui. A Melitta sabe fazer coador de café, mas pelo jeito "pesa na mão" ao tentar comercializar o "produto".
A situação é tão grave que nem o chamado "café expresso", o de maquininha, que prometia ser um "café mais puro", escapa das fraudes. A marca Nespresso, da Nestlé, já denunciada por exploração de trabalho análoga à escravidão, tem um sabor tão estranho que mais parece uma cevada misturada com restos de Nescau.
A elite do bom atraso, que nunca acorda para a realidade, até porque fatura com a ilusão que assola o nosso Brasil, é que fica exaltando o café adulterado como se fosse "café puro". Os "animais consumistas" piram, porque eles já nem sentem o sabor de coisa alguma, seja cerveja, açaí, refrigerante ou chá, mais movidos pelo prestígio da marca do que pela qualidade do sabor. Para quem tem gosto musical deteriorado, isso faz muito sentido, para uma elite com sentidos deteriorados.
Deveria haver um maior controle no mercado de café brasileiro, porque o sabor do café anda ficando ruim de tão amargo e misturado com coisas muito estranhas.
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