O político e ex-líder estudantil, outrora militante de esquerda, Aldo Rebelo, deixou o Partido Democrático Trabalhista (PDT) para se filiar ao Movimento Democrático Brasileiro (MDB). ex-ministro de Lula e Dilma Rousseff, Aldo fez uma dura crítica ao atual governo, acusado de incapacidade de gestão. Disse Aldo:
“O governo do presidente Lula demonstrou incapacidade de governar o país em alianças heterogêneas, já que tem enfrentado dificuldade em compor uma maioria no Congresso que dê governabilidade. E, na área econômica, a dificuldade é maior ainda, porque o país não consegue encontrar o caminho da retomada do desenvolvimento e do crescimento”.
É mais uma voz sensata que faz derrubar o mundo da fantasia de Lula, que até agora realizou um governo de simulacros, sem esclarecer se a reconstrução do Brasil foi concluída ou vai ser iniciada, postura dúbia que faz o brasileiro comum perder paciência.
Tudo é simulação: relatórios, estatísticas, encenações, discursos, opiniões e cerimônias. Nada se refletindo de maneira concreta na vida do povo brasileiro. A "grandeza" de Lula mais parece uma pequenez que a máquina de propaganda de seu governo aumenta e exagera de forma artificial.
Vemos cada vez mais críticas severas a Lula, que agora vive uma queda de popularidade crônica, que é apenas o começo de uma crise, pois o presidente brasileiro não é de fazer autocrítica e age de maneira impulsiva, acreditando que sempre está no caminho certo. Aldo Rebelo, Roberto Requião e Ciro Gomes fizeram críticas contundentes a Lula, mas os seguidores do chefe da nação tapam os ouvidos e olhos e preferem acusá-los de "ressentidos" com o "melhor governo de toda a História do Brasil".
Mas a crise deixou Lula bastante confuso e, de certo modo, surpreso. Lula admitiu querer ouvir os movimentos sociais e trabalhistas para saber em que ponto ele errou, mas como o presidente brasileiro não é de autocrítica, será difícil ele adotar alguma ação mais acertada. Ainda mais que Lula se repete nas estratégias.
Lula se limita a agir no âmbito da Comunicação e das medidas paliativas. Prometeu empréstimos para a população carente, prorrogou o programa Desenrola, de negociação de dívidas, para se encerrar em maio. E, além de focalizar sua propaganda para atrair religiosos, como o lema "Bote fé no governo", Lula pretende estar presente em entrevistas coletivas dirigidas aos ministros do seu governo.
Não são ações que possam reverter a situação. Lula se repete nas estratégias, como um cão que corre atrás do próprio rabo na esperança de extrair uma pulga. E ainda é consenso entre os lulistas que foi um acerto Lula priorizar as viagens ao exterior, quando isso é o seu maior erro, uma atitude desnecessária diante da urgência em reconstruir o Brasil.
A experiência de Aldo e Ciro e o engajamento de Requião mostram que as críticas a Lula são sérias e consistentes. Lula nunca foi um revolucionário e, mesmo nos melhores momentos, estava aquém da grandeza de Getúlio Vargas. Mas nos dois mandatos anteriores, se via fôlego de gestão que, hoje, deixou de haver, pois Lula deitou na cama depois da fama.
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