POR INCRÍVEL QUE PAREÇA, LULA DE 2022 ESTÁ MAIS PRÓXIMO DE FERNANDO COLLOR O QUE DO LULA DE 1989.
A recente notícia de que o governo Lula decidiu cortar verbas para bolsas de estudo, educação básica e Farmácia Popular faz lembrar o governo Collor em 1991, que estava cortando salários e ameaçando privatizar universidades públicas. Lula, que permitiu privatização de estradas no Paraná, virou um grande pelego político.
O Lula de 2022 está mais próximo do Fernando Collor de 1989 do que o próprio Lula naquela época. O Lula de hoje é espetaculoso, demagógico, midiático, marqueteiro e agrada com mais facilidade as elites do poder econômico. Sem falar que o atual presidente brasileiro está mais próximo de um político neoliberal do que um líder realmente popular.
Eu estava conversando com um corretor colega de equipe, no meu recém-encerrado estágio de corretagem. Ele é bolsonarista, posição que não compartilho, vale lembrar. Ele havia sido petista na juventude, mas quando decidiu votar em Lula em 2002, ele ouviu de um amigo mais experiente: "Tome cuidado, porque Lula e sua turma vão fazer o oposto ao que prometem na campanha".
Lula, a meu ver, até manteve muitas medidas de caráter progressista, nos mandatos de 2003 a 2010. Mas hoje, quando, no atual mandato, Lula se lambuzou de concessões à direita, a ponto de usar o eufemismo de "democracia" para mascarar tudo isso, seu governo ficou marcado de estranhezas.
Essas estranhezas já foram descritas em várias postagens deste blogue. E mostram o que é um pelego, para quem era muito mais novo para acompanhar as verdadeiras lutas sindicais. Um pelego é aquele representante dos oprimidos que acaba se rendendo ao jogo dos opressores. No jargão sindicalista, é o líder das classes trabalhadoras que se rende aos interesses dos patrões.
Lula, com sua indisposição de explicar acusações e erros, sua aversão à autocrítica, suas eventuais desculpas evasivas, suas teimosias e suas indiferenças, nos mostra como se comporta um pelego.
Seu governo atual está sendo duramente criticado até para as esquerdas, que tiveram que ser liberadas para expressar seu descontentamento, pois a realidade tornou-se dura demais para ser oculta por relatórios e discursos. Salários baixos e preços caros enquanto o presidente Lula se limita a fazer promoções de temporada baixando preços em duas semanas para reajustá-los novamente em seguida.
Infelizmente, o governo Lula não tem condições de reverter essa situação. O presidente Lula irá sempre repetir nos seus apelos, na sua propaganda, num círculo vicioso que só irá criar problemas. Lula hoje virou refém da direita moderada com a qual se aliou, e isso prejudica seriamente o avanço dos projetos progressistas além dos programas de grife (Bolsa Família, Minha Casa, Minha Vida etc). Lula tornou-se o maior pelego brasileiro e o povo já não confia mais nele.
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