Durante as filmagens do dramalhão Nada é Por Acaso, dedicado a abordar o Espiritismo brasileiro, o Catolicismo medieval de botox, a atriz Giovanna Lancelotti sentiu "energias pesadas", vivendo clima de tensão durante as gravações do recém-lançado longa-metragem.
Ela enfrentou tensões durante as gravações, tendo dificuldades para gravar as cenas, sentido que estava sendo "transportada para outro lugar". O relato assustou muitos leitores nas redes sociais. A xará de Giovanna, a atriz e empresária Giovanna Antonelli, também é simpatizante da religião "espírita".
Eu larguei a religião há dez anos. Eu mais do que sei a respeito de energias pesadas que o Espiritismo brasileiro traz para as pessoas, mesmo aqueles que se sentem felizes com a religião. Em muitos casos, a pessoa se sente um personagem de obra de Franz Kafka, vivendo adversidades acima do controle e sem qualquer justificativa.
E por que existem "energias pesadas"? É porque o Espiritismo brasileiro é uma grande fraude religiosa, mil vezes pior do que os neopentecostais mais abjetos. Afinal, muita gente se engana, porque o Espiritismo brasileiro não fala hidrofobês e hoje, com a positividade tóxica em evidência no Brasil pós-Bolsonaro, ser reacionário "sem ódio" é "mais progressista" do que ter senso crítico realista sobre os problemas ocultos do nosso país.
Eu senti muitas boas oportunidades me escaparem das mãos, enquanto o menor debate na Internet já gerava desafetos furiosos. Era inútil eu desenvolver minhas boas vibrações, ficar na prece permanente, ou mesmo me sacrificar para conquistar um grande objetivo, porque tudo isso me era barrado, de maneira surreal e preocupante.
As más energias do Espiritismo brasileiro se devem porque a religião já nasceu com uma traição, trocando Allan Kardec por um farsante ranzinza chamado Roustaing, cujas ideias igrejistas medievais foram adaptadas por um "médium de peruca" no Brasil. O chamado roustanguismo aqui tem o nome eufemístico de "kardecismo", um "kardecismo sem Kardec".
Sem estudos, as "psicografias" eram produzidas de forma fraudulenta, mesmo por "médiuns" supostamente respeitáveis. Aqui "médium" vive do culto à personalidade que era raro na França do século XIX. A caridade aqui é mais louvada do que praticada, pois se limita a meros donativos que, vamos combinar, são os cidadãos comuns e não os "médiuns" que doam. E "médium" virou um título extravagante, virou o "sacerdote" desse espiritualismo do Século XII vigente no Brasil.
A religião "espírita" nunca me ajudou, mesmo nos momentos mais difíceis. Nunca. Em nenhum momento. Só trouxe prejuízos, que não detalharei porque são coisas bem pessoais. Mas posso garantir que, se eu também vivi coisas boas, elas passaram longe dessa religião macabra, desse pesadelo astral que não quero e nem vou voltar, apesar dos relatos macabros de céticos convictos caindo no "canto de sereia" da "seara espírita".
Seria preciso investigar os "grandes médiuns", porque o "médium da peruca" tem sobre as costas a morte suspeita de um sobrinho, Amauri Pena, um caso mil vezes mais sombrio do que o caso Flordelis e que faz filmes de terror parecerem comédia de pastelão. A morte de Amauri guarda suspeitas fortes de queima de arquivo, porque, em 1958, conforme noticia a Manchete de 09 de agosto, o jovem denunciou as fraudes do tio, recebendo depois ameaças de morte por envenenamento, já adiantadas pela matéria da referida revista.
O "bondoso médium" também fez coisas horrorosas. Usurpou o nome de Humberto de Campos, apoiou fraudes de materialização, acobertou farsantes como Otília Diogo e João de Deus, defendeu a ditadura como nem Cabo Anselmo seria capaz de defender, a ponto do "lápis de Deus" ser condecorado pela Escola Superior de Guerra. Um "homem da paz" condecorado por uma instituição militar com "guerra" no nome e que só premiava quem colaborasse com a manutenção da ditadura militar, então em fase repressiva.
É vergonhoso que a sociedade brasileira passe tanto pano nesse 'médium" picareta, desonesto e que foi uma das maiores personalidades da mesma direita reacionária que produziu Jair Bolsonaro. O "bondoso médium" era um bolsonarista no seu tempo, um religioso medieval cujos livros tive o azar de ler, mas que me fizeram entender a farsa de suas ideias obscurantistas que eram divulgadas caprichando no mel das palavras, para assim enganar gerações diversas de seguidores.
Fico constrangido e assustado, porque quem deveria investigar esse "médium" fica na zona de conforto da complacência, da omissão, da ignorância usada como escudo para não assumir o compromisso da investigação, do questionamento, do repúdio, da contestação. Jornalistas investigativos, juristas, acadêmicos e até semiólogos ficam com medo de enfrentar o lado sombrio do "médium da peruca", a criatura mais deplorável que surgiu sob a máscara da religiosidade.
O professor Kardec falava que "é preferível que caísse um único homem do que todos os que se forem enganados por ele". Essa frase "desapareceu" da Internet por conta de interesses escusos envolvidos. Preferem que o Brasil todo caia do que cair o tal "médium". E tem gente que acha que o Silas Malafaia é o que há de pior surgido sob o verniz da religiosidade brasileira.
Quantos embarcam no Espiritismo de chiqueiro, nessa viagem de Spiritanic rumo ao aicebergue. Prefiro ficar fora dessa e gostaria que todos também ficassem. É por isso que o Brasil não vai para a frente, com "médiuns" adorados como princesinhas de contos infantis...
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