JAIR BOLSONARO NOS EUA - BRASIL ACIMA DE TUDO?
Enquanto o Brasil ainda "não voltou", com os fiascos do presidente Lula que, confundindo grandiloquência com grandeza, coleciona fracassos, vamos então nos concentrar no desmonte do bolsonarismo, com o cuidado de não dar brecha para o ex-presidente Jair Bolsonaro dar a volta por cima.
Enquanto o Brasil ainda "não voltou", com os fiascos do presidente Lula que, confundindo grandiloquência com grandeza, coleciona fracassos, vamos então nos concentrar no desmonte do bolsonarismo, com o cuidado de não dar brecha para o ex-presidente Jair Bolsonaro dar a volta por cima.
A manhã começou com uma operação de busca e apreensão na casa do ex-presidente, em Brasília, e em outras residências, devido a um inquérito sobre fraudes relacionadas às vacinas contra a Covid-19 pelo então Ministério da Saúde. Seis suspeitos, entre eles o tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, foram presos.
Mauro cuidava, entre outras coisas, de atender os telefonemas destinados ao então presidente da República e cuidar das contas pessoais da ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro. O tenente-coronel também estava envolvido no escândalo das joias concedidas pela Arábia Saudita à mulher de Jair.
Outro preso, Ailton Barros, militar da reserva e ex-candidato a deputado federal pelo PL fluminense, também será investigado por uma gravação com várias mensagens trocadas com Mauro Cid, alegando saber quem foi o mandante do assassinato da vereadora Marielle Franco e disse que outros envolvidos podem ser apurados.
As ações da Policia Federal, que apreendeu também celulares que podem fornecer mais informações e esclarecer e confirmar o envolvimento de Jair Bolsonaro no esquema de falsificação de dados das carteiras de vacinação do Ministério da Saúde, se chama Operação Venire e envolve também políticos ligados à Prefeitura de Duque de Caxias, mencionada num registro do sistema de saúde sobre a suposta vacinação de Bolsonaro contra a Covid-19.
Bolsonaro, além de ser contrário às medidas de prevenção da pandemia, deixando que morressem, sob seu mandato, mais de 600 mil brasileiros, não teria realmente se vacinado. Segundo declaração da mulher, Michelle, somente ela foi vacinada contra a Covid-19.
Este se torna o terceiro grande escândalo envolvendo Bolsonaro anunciado este ano. O primeiro deles é o ato de truculência e vandalismo de uma multidão de manifestantes influenciados pelo projeto fascista do ex-presidente e irritados com a vitória eleitoral de Lula. O segundo são as joias que o governo da Arábia Saudita deu de presente para Michelle Bolsonaro, a mesma dos R$ 89 mil depositados por Fabrício Queiroz, ex-policial e amigo da família Bolsonaro.
Este é o contexto de uma sociedade tóxica que é a elite do atraso dividida em duas facções: a raivista e não-raivista. O desmonte do bolsonarismo vai apenas tirar de cena, pelo menos do protagonismo, uma parcela dessa sociedade, capaz de atos como a ação racista de policiais contra uma professora baiana com dificuldades de despachar bagagem num avião da Gol ou o ex-treinador do Corinthians, Alexi Stival, o Cuca, ser acusado de estupro.
Mas é só uma parcela reacionária dessa sociedade tóxica, associada ao bolsonarismo, que aparentemente sai de cena: a do "sertanejo pegação" dos cantores que cantam como se sofressem prisão de ventre, a das seitas "neopenteques" com seus pastores e bispos cobrando dinheiro dos mais pobres, a dos roqueiros ressentidos substituindo a rebeldia pelo mau humor, a dos comediantes sociopatas, do reacionarismo rabugento de famosos representado sobretudo por duas atrizes da novela Roque Santeiro.
Isso é apenas a porção "Mr. Hyde". A porção "Dr. Jekyll", do "funk", do Espiritismo brasileiro dos "médiuns" charlatães blindados até a medula, do Carnaval da esquerda identitária, da MPB carneirinha, dos atores "bacaninhas", o Brasil-Instagram do não-raivismo, das mulheres-objetos metidas a feministas, da axé-music que esbanja alegria tóxica em suas músicas, da caridade paliativa que faz o pobre sorrir mas dá muito pouco a ele, tudo isso substituiu o imaginário explicitamente bolsonarista.
Não é, ainda, a luz no fim do túnel. É muito cedo para afirmar alguma coisa. O que se vê é que o ex-presidente Jair Bolsonaro está vivendo um aparente inferno astral, uma decadência política que representa o ocaso de sua trajetória de crimes.
Cabe à Justiça atuar com todo o rigor da lei para punir Bolsonaro e seus parceiros - incluindo seus filhos, dos quais Eduardo é o mais perigoso dos herdeiros - , para banir definitivamente o bolsonarismo da sociedade brasileira, em que pese o preocupantemente imenso número de adeptos. Em todo caso, é preciso estratégia para evitar que o ocaso de Jair Bolsonaro seja, para este, a véspera de um novo amanhecer, tenebroso para o Brasil.
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