Antes de mais nada, não vamos implicar pelo fato de que dois livros sobre Niterói tenham praticamente o mesmo foco de capa, o Museu de Arte Contemporânea.
Trata-se de uma grande coincidência, que não invalida um livro nem outro. Afinal, não tem escapatória, a obra de Niemeyer é cartão de visita da cidade e acontece que livros diferentes usem o mesmo monumento como capa.
Agora, vamos aos livros.
Um é o livro do fotógrafo Antônio Schumacher, que vem com uma proposta linda: mostrar os pontos históricos e culturais de Niterói, fazendo uma descrição explicativa dos mesmos, em texto bilíngue.
É um trabalho mais profissional e seu grande mérito é mostrar principalmente os lugares considerados patrimônios culturais.
É uma obra positiva, ainda que Niterói, hoje, esteja sofrendo uma decadência vertiginosa e silenciosa, virando um gigantesco subúrbio marcado por um provincianismo de deixar boquiaberto até o mais isolado caipira do Amapá.
Antônio usou, para algumas fotos, drones para ter facilidade de fotografar tomadas aéreas. Ele também realizou fotos internas de vários edifícios culturais da cidade.
Isso garantiu ao trabalho um perfil diferenciado, apresentando outros ângulos dos pontos históricos de Niterói, focalizando a arquitetura de época.
São registradas imagens de fortes militares, igrejas, parques ecológicos, edifícios culturais e outros pontos da cidade, garantindo assim uma apresentação concisa do que Niterói tem de edificações e paisagens históricas.
A obra foi publicada pela DB Editora, podendo ser adquirida tanto pela sua página na Internet quanto pelo telefone (21) 97922-0004.
Outro livro fotográfico, bem mais modesto, é deste blogueiro que faz a presente postagem.
Sim, eu, Alexandre Figueiredo, fiz um livro de fotos, realizado com câmera de celular e de maneira amadora.
Trata-se do livro A Niterói Que Eu Vejo, que pode não ser, no sentido formal do termo, um livro sobre turismo, mas uma coleção de mais de 400 fotos que tirei, entre 2017 e 2020.
Na verdade, o livro inclui fotos de 2021, porque as restrições da pandemia atrasaram o roteiro de fotos a serem tiradas, afinal não podia fazer passeios durante vários meses de isolamento social.
É um livro de memória afetiva, de uma Niterói que gostava muito, embora eu me sinta decepcionado e triste com a decadência em que vive a outrora capital fluminense.
Não vou ser ingrato com Niterói, e o lançamento deste livro é uma maneira de agradecer pelas coisas boas que a cidade onde fui criado me proporcionou.
Acontece. Até Paris passou por momentos de profunda decadência - atualmente é essa a situação - , quase virou um reduto nazi-fascista e os parisienses, nem por isso, reagem com ingratidão.
E é a partir desse sentimento de gratidão por Niterói que mostrei vários pontos da cidade, entre alguns dos principais lugares, edifícios e monumentos até mesmo ruas e prédios pouco conhecidos.
A inspiração para meu livro está na Enciclopédia dos Municípios Brasileiros, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), uma série de volumes publicados entre 1958 e 1960 que adorava ler muito quando era universitário.
A Enciclopédia dos Municípios Brasileiros tem página na Internet, clicando aqui, com a reprodução digitalizada dos antigos livros, mantendo o visual original dos antigos livros.
Não foi fácil eu fazer A Niterói Que Eu Vejo mas o resultado ficou maravilhoso.
O livro sai um tanto caro, por conta da página em papel brilhante e um grande conteúdo de fotos, em formato A4 (que é o que encontrei para a publicação do meu livro).
A Niterói Que Eu Vejo está disponível na Amazon, disponível neste endereço.
Desejo boa leitura para todos e peço para que prestigiem meu trabalho fotográfico.
Comentários
Postar um comentário