No momento em que mudei de Niterói para São Paulo, algumas coisas aconteceram.
Na Petrobras, foi demitido o homem de Paulo Guedes, Roberto Castello Branco, para botar no lugar o novo presidente da instituição, o general Joaquim Silva e Luna.
O general Eduardo Villas-Boas, um dos entusiastas no golpe de 2016, reafirmou em livro sua ameaça contra o Supremo Tribunal Federal caso o órgão não decidisse pela prisão de Lula.
E temos o troglodita Daniel Silveira, deputado federal pelo PSL fluminense, aquele que quebrou a placa da Marielle, que foi preso por determinação do STF.
A prisão parece boa, mas vamos combinar que o bolsonarismo está se livrando de aliados como alguém que tira os anéis para salvar os dedos.
Bolsonaro sinaliza endurecer, num cenário sociopolitico bastante confuso.
E ainda temos o crescimento das milícias no Grande RJ e a suburbanizacão que atinge até áreas nobres.
Saí de Niterói quando o bairro onde morava, o Jardim Icaraí, antes tranquilo e organizado, está se tornando um subúrbio cheio de gente embriagada.
O Grande RJ periga virar uma versão ampliada da Praça Seca, com tiroteios ocorrendo à luz do dia e matando sobretudo crianças inocentes.
E o mais grave e preocupante é que o pessoal do Grande RJ está feliz e iludido, acreditando que tudo está bom e vai melhorar ainda mais.
Isso é muito perigoso.
Em âmbito nacional, as esquerdas identitárias andam também felizes e iludidas.
Vivem uma "Contracultura de resultados" que não passa de um arremedo ruim dos ventos ativistas de 1965-1970.
Tem-se até um Maharishi para os identotários para chamar de seu, um "médium de peruca" mineiro, espécie de Aécio Neves da religião, que virou um pretenso símbolo de "paz e amor ao próximo".
É até engraçado. As esquerdas identotárias se perdem entre o hedonismo do sexo selvagem e da maconha e o misticismo repressivo do Espiritismo de chiqueiro.
Com isso, juntando com o otimismo ilusório dos cariocas, se criam condições da mais perigosa vulnerabilidade social.
A gente até desconfia se essas esquerdas não seriam falsas, um bando de gente mimada pela mídia venal que bajula personalidades de esquerda.
Em todo caso, elas atuam mais para fortalecer Bolsonaro do que enfraquecê-lo.
De que adianta dizer "...mas eu odeio Bolsonaro" com os dentes rangendo se age em favor dele.
Ou bajular Lula e desprezar os proletários, sem-teto, desempregados, escravizados, camponeses e sem-terra.
Nada adianta nesse esquerdismo de letra morta que fez do "Fora Temer" uma mensagem inócua e agora faz o mesmo com Jair Bolsonaro.
Isso só deixa as esquerdas identotárias em péssima situação, deixando o já fragilizado Brasil à beira do abismo.
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