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LULA NÃO É ESTRATÉGICO EM SUA CAMPANHA

LULA SORRINDO NA PRAIA, IGNORANDO O CENÁRIO PRÉ-DISTÓPICO DE NOSSO BRASIL.

Se existe algum candidato à Presidência da República que mais comete erros em sua campanha antecipada, esse candidato é Lula.

Muitos dizem que Lula é um grande estrategista, mas não é isso que, prestando muito bem atenção, se está vendo na prática.

Muito pelo contrário. O que se nota é um Lula atrapalhado, imprudente e precipitado, sem estratégia, cheio de recuos e mudanças de postura.

Lula comete muitas contradições, conforme já descrevemos em uma postagem anterior.

Sorte é que Lula foi beneficiado pelas conveniências do momento, porque não há contexto real que facorecesse a sua ascensão como favorito para ser eleito presidente do Brasil.

Primeiro, é a treta entre o Supremo Tribunal Federal e a Operação Lava Jato. Os ministros do STF anularam as sentenças e inquéritos da OLJ porque não queriam que Sérgio Moro, Deltan Dallagnol e companhia tivessem o protagonismo que os ministros do Supremo queriam para si.

Na lógica do STF, o então juiz e os procuradores da Lava Jato não podiam se destacar tanto ou mais do que os ministros do Supremo. Daí que a anulação das acusações e condenações contra Lula foi mais um meio de evitar que os lavajatistas estivessem acima do STF.

Só que Lula entendeu isso equivocadamente, como se o STF caísse de amores por ele. Vários ministros foram nomeados durante o governo Lula ou durante o governo Dilma Rousseff, mas a mudança de postura deles para o golpe político de 2016 creio que foi irreversível.

Parece comédia juvenil, naquelas em que um mal entendido faz o nerd do enredo se tornar o garoto mais popular da escola. Tipo o fato do nerd ter o mesmo nome do valentão que venceu algum concurso de forma física e algum processo de inscrição pode ter confundido os dados.

E aí Lula virou, da noite para o dia, o galã gostosão da mulherada, o favorito, o invencível, o resistente a tudo. Talvez tivesse faltado a força de Lula para deter a erupção do vulcão marítimo na ilha de Tonga, na Oceania.

Só que Lula começou mal.

Num Brasil devastado, que mal estava se acostumando com os traumas das 600 mil mortes pela Covid-19, junto a devastações de museus e florestas, a ondas de feminicídios, à violência no campo e ao aumento vertiginoso de moradores de rua, Lula mais parecia animador de festa.

Ele falava coisas que, no contexto do Brasil atual, soam grandes besteiras: "No meu governo, o Brasil vai viver a melhor fase de sua História", "O Brasil vai voltar a ser feliz de novo".

E aí ele foi para uma praia no Ceará, com sua noiva Rosângela da Silva, a Janja, e a praia foi interditada pelo governo cearense para que o casal pudesse tomar um banho e curtir a estadia no local.

Grande erro estratégico. Fica uma impressão de que tudo está bem. Nosso país está em níveis pré-catastróficos, e Lula na "doce vida", curtindo praia e sorrindo.

Para piorar, as tietes do Lula logo vieram a fazer exageros, chamando o petista de "gostosão", "galã", "bonitão", "garotão sarado" e tudo mais.

Lula faz ginástica não para derrubar adversários. Ele faz ginástica para manter a saúde. Até porque Lula é um idoso e doente, fragilizado por um câncer. Ele não é um meninão robusto e bonitão de 20 anos com o pique de um trem-bala.

Quando admite, no discurso, que o Brasil sofreu sérios danos, Lula fala da boca para fora, mais para desqualificar Jair Bolsonaro do que fazer diagnóstico da realidade objetiva em que vivemos.

E mesmo quando admite essa realidade, Lula fala como se pudesse ser fácil resolvê-la. Mas o golpe de 2016, os retrocessos de Michel Temer, os abusos de Jair Bolsonaro e a Covid-19 não são marolinhas.

Elas são catástrofes anunciando o que virá de pior. Não são a tragédia da Plataforma P-36 da Petrobras, porque esta matou apenas 11 pessoas.

Já a Covid-19, os feminicídios, a violência no campo, os extermínios de indígenas, de negros, de moradores de rua, os descasos nos hospitais e acidentes de trânsito já somaram, só no período 2016-2021, um número superior a 5% da população brasileira.

Some isso aos fatos da imbecilização cultural, com reflexos na literatura, na música, no comportamento, a ponto de canastrões musicais do nível de Chitãozinho & Xororó, Alexandre Pires, Ivete Sangalo e Bell Marques serem levados a sério até por críticos até pouco tempo conceituados?

Que prosperidade sociocultural é essa? A propósito, o jornalista cultural isentão mora num casebre pobre do Sul de Minas Gerais onde uma barragem se rompeu e um lamaçal destruiu, junto a enchentes de rios causadas por temporais violentos, a referida casa?

Quem diz que o Brasil vive um "ótimo momento na cultura e na vida social" deveria lavar a boca com sabão, de preferência mastigando e engolindo sabão de barra amarelo, que tem um gosto horrível.

Quanto ao Lula, o maior de seus erros estratégicos é apostar numa "frente ampla demais" que só faz sentido como artifício para derrubar Jair Bolsonaro. Quer dizer, fazia, porque Bolsonaro parece se enfraquecer tanto que nem mesmo a burguesia mais reaça quer ele novamente no poder.

Aí Lula acha que pode fazer aliança com quem quiser, principalmente com o pessoal golpista de 2016, sob a desculpa de "garantir a democracia".

Lula já assustou as pessoas realmente progressistas ao estabelecer contatos com gente do nível de Romero Jucá, Geddel Vieira Lima e Baleia Rossi.

Lula também assustou ao sinalizar "entendimentos" com o tucanato histórico de Fernando Henrique Cardoso e companhia.

A partir daí, veio o erro que pode ser fatal para o Lula: a aliança com Geraldo Alckmin, seu antigo rival da campanha de 2006, mas agora um "aliado" que saiu do PSDB e está sem partido, por enquanto.

Alckmin não parece ter se arrependido de seus ranços neoliberais, e também não demonstrou real identificação com o projeto político de Lula.

A imprensa de esquerda, infelizmente, deu para mentir, quanto à reação de Alckmin à contrarreforma trabalhista na Espanha, que Lula quer repetir no Brasil.

Alckmin se sentiu visivelmente incomodado e resolveu verificar para tirar satisfações a respeito do que ele considera uma "loucura" de Lula.  Decidiu conhecer a contrarreforma espanhola, por esses motivos, não por "empolgada curiosidade e interesse por alguma novidade", como sugere a mídia esquerdista.

Conhecedora do tucanato, a Folha de São Paulo foi acusada de "distorcer os fatos" ao afirmar que Alckmin ficou preocupado com o desejo de Lula em revogar a reforma trabalhista de Temer.

Em 2018, o então presidenciável Alckmin, aposta da direita moderada para a corrida presidencial da qual Bolsonaro saiu vencedor, admitiu que "iria rever a reforma trabalhista", mas apenas alguns pontos, não a essência do projeto.

O erro de Lula é querer voar alto demais e se aliar com quem quer lhe cortar as asas.

Lula sinaliza aliança com o empresariado, o mercado, com os neoliberais.

Mas diz que o mercado "não vai pautar" o programa de governo do petista e que ele não vai governar "para a Faria Lima", alusão às elites financeiras que vivem em condomínios da Av. Brigadeiro Faria Lima, aqui em São Paulo.

Por muita sorte, Lula consegue convencer explorando as fraquezas emotivas de seus seguidores. Mesmo os jornalistas da mídia esquerdista, aparentemente primando pela visão objetiva dos fatos, têm sua parcela de emotividade que se deixa levar pelos devaneios que Lula representa.

Lula fala mais em sonhos e não em medidas técnicas. Não tem autocrítica, se acha vencedor antes da campanha começar e não traz segurança política alguma. Só traz credibilidade mais pela carga emotiva dos discursos do petista.

Capacidade técnica não falta a Lula. Mas, infelizmente, ele se deixou levar pelas circunstâncias e por uma precipitada obsessão em buscar um terceiro mandato. Com seus diversos erros, ele irá prejudicar sua história diante dos impasses bem mais difíceis de se enfrentar do que ele pensa hoje.

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