Lula me decepcionou por várias razões, e digo isso em respeito à sua pessoa e a outros petistas relacionados, como o ex-ministro Celso Amorim e a presidenta do PT, Gleisi Hoffmann.
Não virei um antipetista doente, eu apenas me decepcionei porque Lula não se portou conforme a realidade pré-distópica em que vivemos, quando o legado do golpe político de 2016 segue firme e forte e o golpismo, recente em termos históricos, não vai ceder espaço para as esquerdas.
Não vou votar em Lula, por realismo. Motivos não faltam para isso.
Um dos motivos é a arrogância dos lulistas em massacrar a Terceira Via.
Qualquer um que apareça como um terceiro-viável é ridicularizado. É como se não houvesse espaço para qualquer um dessa tendência.
E isso é antidemocrático. Não há a menor sombra de dúvida.
Isso contradiz a história do Partido dos Trabalhadores, que parecia sempre estar pronto para o debate.
Hoje o que se vê é um irritante clima do "já ganhou". Lula de salto alto achando que ganha todas.
A ânsia de ver Lula governando o país é cega e intransigente.
Mesmo que ele representasse o melhor para o Brasil, não se deve comportar assim, nesse clima de vitória antecipada.
A corrida eleitoral não começou. A Terceira Via ainda vai mostrar sua cara, ou melhor, suas caras.
Lula é que tem que descer do pedestal e reconhecer que a Terceira Via existe e está agindo nos bastidores.
Terceira Via não é um bando de birutas de posto de gasolina. São pessoas dotadas de propostas que, por mais discutíveis que sejam para muitos, são propostas.
Humildade é aceitar a viabilidade da Terceira Via. Clima de "já ganhou" demonstra arrogância, imprudência e ilusão.
O Brasil já está em fase pré-distópica. Vão as esquerdas lulistas brincar com suas fantasias? Isso pode causar um grande dano. O tempo dirá.
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