Diferente do vídeo fake de três anos atrás, um vídeo recente realmente mostrou a briga entre o Movimento Brasil Livre (leia-se Movimento Me Livre do Brasil) e o Partido da Causa Operária.
Antes de relatar o ocorrido, recordemos a armação de 2019.
Era um vídeo tosco, no qual se tocava, grotescamente, como que forçando a barra, o Hino da Internacional Socialista em ritmo de "funk", atribuído ao Partido da Causa Operária.
Só que isso é tão grosseiro que nem nos piores momentos, quando o partido trotskista está mais para o pequeno-burguês Partido da Causa Ordinária, se tocaria um "funk" de qualquer espécie. Até porque o PCO não é dessas práticas.
Isso deve ser coisa da mente do Pedro D'Eyrot, do Bonde do Rolê, membro fundador do MBL.
O factoide de janeiro de 2019 mais parecia um jogo de cena. Uma parte de voluntários do MBL se fantasiou de "comunista" com camisetas imitando os uniformes do PCO.
A suposta confusão de 2019 já ocorreu descontextualizada. Ela ocorreu na frente da Embaixada de Cuba, em São Paulo. Cuba não era alvo de críticas nem era notícia na época, e sim a Venezuela. Só isso já dava para desconfiar do factoide.
A confusão de 2019 teve outra estranheza: um dos agressores do MBL se afastou do grupo andando para trás, fazendo uma coreografia que estava mais para dançarino de rumba. Mostrei isso na postagem que está no linque. Só faltava o valentão ter as maracas nas mãos para o rebolado ficar completo.
Pelo menos o evento recente não teve o dançarino "caliente" e foi uma briga de verdade. Era o MBL enfrentando o PCO de verdade, não o MBL fantasiado de PCO.
E, diferente do pseudo-evento de 2019, que só teve a cobertura no Twitter e de parte desavisada da mídia de esquerda, a briga deste ano teve ampla cobertura na imprensa em geral. Deu até em O Estado de Minas, de Belo Horizonte.
O confronto ocorreu na frente da embaixada da Rússia, no Rio de Janeiro.
Os membros do MBL chegaram provocando os do PCO, que estavam em frente ao consulado para defender a Rússia, diferente do outro grupo. Direitista, o MBL é solidário à Ucrânia, país protegido dos EUA.
Os trotskistas agrediram o grupo direitista com mastros das bandeiras que carregavam. Houve trocas de xingações e desaforos, antes dessa violência. Mas, supostamente, não há indício de reação do MBL.
Quatro membros do PCO foram detidos pela polícia. Levados para 14ª Delegacia de Polícia, no Leblon, os detidos contaram com a solidaridade de vários militantes do PCO, que foram ao local protestar contra a prisão.
Aparentemente, o coordenador do MBL, Renan Santos, e o deputado federal do Podemos paulista, Arthur do Val, o "Mamãe Falei", anunciaram dias atrás que estavam na Europa viajando para a Ucrânia.
Enquanto isso, a Rússia sofre uma série de sanções econômicas e o país é cancelado tanto nas representações em vários eventos - como a Copa do Mundo Fifa 2022 - quanto no lançamento de produções cinematográficas da Disney, Sony e Warner.
Bancos russos também foram excluídos do sistema financeiro Swift, por decisão da União Europeia.
Está russo para a Rússia.
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