Bem antes de, no Brasil, o influenciador e deputado Arthur do Val, o Mamãe Falei, fazer comentários grosseiros e violentamente ofensivos às mulheres ucranianas, Hollywood mal sabia de um caso de agressão bastante grave.
No dia 22 de fevereiro, a atriz Selma Blair, uma das musas dos anos 1990 e, infelizmente, portadora de esclerose múltipla, estava deitada na cama, se sentindo mal devido à doença e tendo usado os medicamentos para controle da enfermidade.
O então namorado dela, Ron Carlson, foi para a casa dela deixar um aparelho de TV e ficou frustrado e revoltado em ter que assisti-la.
Ele então partiu para comentários grotescos, aos gritos:
"Você estragou tudo, você não pode fazer nada, você não pode amar ninguém, você é inútil, sua aleijada. Eu não mereço isso, eu consigo algo muito melhor do que você".
Segundo o que Selma denunciou na Justiça, Carlson pulou para cima do corpo dela, agarrou-a pelo pescoço para estrangulá-la e fez balançar a cabeça e os ombros dela de forma agressiva.
A atriz tentou se defender, enfiando os dedos nos olhos e na boca do então namorado, mas ele revidou cobrindo o rosto e a boca da namorada em mais uma tentativa de sufocamento.
Selma então teve dificuldades de respirar e perdeu a consciência. Ela retomou a consciência depois, e chamou a polícia, e, assim que o policial chegou, ela apresentou sangramento no nariz e desmaiou, voltando a ficar inconsciente, sendo depois socorrida.
Ontem Selma conseguiu uma ordem de restrição contra Carlson, ou seja, uma medida para que ele fosse proibido de se aproximar dela.
Carlson, que foi preso, desmente as acusações. Mas ele demonstra ter agido como um covarde, um preguiçoso, um arrogante, um brutamontes, que deveria agora vir ao Brasil para chorar abraçado ao Mamãe Falei e ambos, juntos, sofrerem o repúdio justo e enérgico da sociedade.
Mas sabemos que Selma Blair, que vive um drama pessoal por causa da doença e tem um filho de dez anos, Arthur Saint Bleick, de um antigo casamento da atriz, com Jason Bleick, seria incapaz de mentir.
Fica nossa solidariedade a Selma Blair e o nosso protesto contra essa farsa de homens violentos que, na hora de conquistar as mulheres, parecem gentis, bem humorados e desenvoltos.
E é triste ver que, na sociedade solteirófoba que temos no Brasil, há o mito dos incels, uma aberração surreal que cria a visão preconceituosa do adulto que mora com os pais e não toma bebida alcoólica e, por isso, é rotulado como "terrorista".
Selma Blair merece todo nosso apoio e carinho, principalmente nessa fase difícil de sua vida.
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