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DUAS ATRIZES "ESPIRITUALIZADAS" SÓ VIVEM DE LEMBRANÇAS DE ANTIGOS PAPÉIS


O que são os estragos de certa religião considerada "espiritualista".

Duas atrizes, depois que se envolveram com esse "espiritualismo", surtaram e agora vivem apenas de relembrar antigos papéis.

Uma, que engatava casamento atrás de casamento e tem dois filhos, e outra que foi casada com um ídolo do "pagode romântico" que hoje namora uma ex-paniquete.

As duas atrizes hoje viraram celibatárias, aceitando até "segurar vela" interagindo com amigas e colegas casadas.

A que tem dois filhos surtou depois que foi participar de um filme "espírita", enquanto a outra, ex-ídolo infanto-juvenil (a vi primeiro num programa da TV Cultura e, pela última vez, a vi numa sitcom da Rede Globo), surtou quando foi fazer uma conferência "espírita".

A tal conferência foi com um pseudo-intelectual que fez documentários e livros sobre uma vergonhosa "profecia da data-limite" do "médium de peruca", cheia de erros históricos grosseiros, pedantismo pseudocientífico e pseudofilosófico e verborrágica pregação religiosa das mais gosmentas.

Depois dessa "missão do bem", as duas surtaram. E de repente se acomodaram nas zonas de conforto de seus celibatos movidos à positividade tóxica.

As duas até são talentosas e muito bonitas, mas diante desse pano de fundo religioso, tornaram-se repulsivas e integrantes de minha grande galeria de pessoas decepcionantes, das quais estão incluídos até Lula e Morrissey.

As duas agora só falam de papéis antigos na televisão: a que tem dois filhos fala de uma vilã de uma novela das 21 horas da Globo, relativamente antiga. A que foi casada com o ídolo sambrega, a mania é citar sempre um antigo seriado infanto-juvenil do SBT.

Fica muito chato ver as duas só falando desses papéis.

Não imagino a Brittany Murphy, se estivesse viva, ficar falando somente de seu papel em As Patricinhas de Beverly Hills, coisa que ela só faria se o contexto permitisse. Brittany dava indícios de ser uma pessoa que olhava para a frente na sua carreira lamentavelmente interrompida com a tragédia.

Já as duas atrizes "espiritualizadas" passaram a ter um comportamento infantilizado, se acomodaram nas zonas de conforto de viver só de redes sociais, trazendo uma suposta positividade que parece ser sempre "tudo de bom".

Mas é uma positividade ilusória, que no caso da ex-estrela infanto-juvenil, é movida por ridículas e até truncadas postagens pedantes sobre identitarismo, misticismo e religiosidade.

A outra ao menos fica postando TBTs de viagens com os dois filhinhos, tão TBTs que, contrariando a expressão throwback thursday (lembranças de quinta-feira), são publicadas até em outros dias da semana.

Mas, em todo caso, as duas mais parecem umas mal-amadas, merecendo se casarem com algum diretor de TV. Eu não quero namorá-las de jeito algum, até porque abandonei a tal religião "espírita", e este mês vou completar dez anos livre desse pesadelo astral.

Num contexto em que Britney Spears está perto de se casar - ela também tem dois filhos homens - e um monte de famosa está namorando ou se casando com facilidade, é estranho um celibato de certas famosas, só porque elas têm o nome de algum "médium" carimbado em suas testas.

Tudo isso é positivo, alegre e encanta os internautas médios que frequentam o Instagram. Mas me causam vergonha e tristeza, eu que não vivo de ser refém de ilusões tão vazias.

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