O PRESIDENTE LULA DEVERIA TER ADIADO PARA DEPOIS A POLÍTICA EXTERNA, PARA TRABALHAR NA RECUPERAÇÃO DO BRASIL.
A presença de Lula no exterior, priorizando a política externa, é um vexame de tão constrangedora. Dito isso, muita gente estranha, porque está enfeitiçada pelo mito que Lula representa e pela ilusão de que, para os lulistas, está fácil demais o Brasil virar potência de Primeiro Mundo e nação mais poderosa do mundo. Como a gata borralheira virando Cinderela, com a diferença de que permanece no caminho para o final feliz.
Mas isso é a mais pura verdade. O presidente Lula está no seu pior mandato, falando demais e fazendo muito pouco. Até surgem resultados, mas eles são medíocres e até o mais débil governo de Terceira Via faria um pouco mais. Para sentir o drama, de que adianta Lula expressar irritação com os juros altos se ele não age para baixá-los?
Quem está elogiando Lula é quem está de bem com a vida. Acostumada com a sociedade do espetáculo, a "classe média de Zurique" acha que Lula reconstrói o país até se ele for para a praia de Saint Tropez com sua Janja.
Se os textos daqui são pouco lidos, é porque a blogosfera e as redes sociais são dominadas pelos 30% de brasileiros com salários de cinco dígitos e contas bancárias de, pelo menos, seis dígitos. Se o povo pobre tivesse voz e vez, diria o quanto Lula abandonou as classes populares. A bolha social da classe média é que quer que se acredite que Lula desenvolve um Brasil de contos de fadas e não admite senso crítico.
Nos seus discursos, Lula clama pelo combate à fome e à miséria, mas ele deveria ter ficado no Brasil e governar. Causa vergonha essa obsessão de Lula em ser líder internacional e se pavonear para o resto do mundo. Seria ideal e mais correto que o Brasil primeiro se recuperar para depois voltar a ter cartaz no mundo.
Lula quer forjar, de maneira calculada, sua reputação histórica. É como se ele quisesse comprar o juízo da História. Quer parecer bem na fita e, da mesma forma, parecer atraente e agradável para a posteridade histórica. É como se pudesse fabricar uma façanha histórica, o que é muito diferente das ações espontâneas dos grandes personagens históricos.
Lula não está sendo espontâneo. Ele acha que cumprir papéis históricos é igual fazer uma gincana. As ações políticas de Lula mais parecem etapas dessa competição. Lula apenas produz fatos políticos, garantindo farta presença pessoal nos noticiários, através de uma agenda movimentada. Mas isso não é o mesmo que trabalhar pelo povo brasileiro.
A Operação Lava Jato e a consequente prisão enlouqueceram Lula, que passou a entrar num surto de querer fazer "tudo ao mesmo tempo agora", E Lula, para compensar o acelerado envelhecimento físico - para os padrões de velhice de hoje, Lula aparenta 95 anos de idade - , o presidente parece estar dotado de teimosias e ingenuidade dignos de criança mimada de oito anos de idade.
Lula se acha o menino mimado da História. Acha que a História pode se render ao petista e lhe reservar um assento confortável na memória da posteridade. Lula crê que a História fará todos os seus favores, como o destino fez os seus, desde quando era ainda candidato, na campanha de 2022.
Lula trata como brincadeira sua grandiloquência pessoal, mas quer que a História lhe leve a sério na suposta grandeza de seu legado, com discursos a servirem para extrair frases para a pseudo-filosofia de bolso a enfeitar as redes sociais. Só que sua obsessão pela grandeza, fazendo um governo medíocre, será desmascarada quando os fatos mostrarem o contrário que o lindo balé das palavras bonitas tenta dizer. E aí Lula, querendo ser um gigante histórico, cada vez mais se apequena como um anão político.
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