TITÃS, NA FORMAÇÃO QUE GRAVOU O RECENTE ÁLBUM, NHEENGATU.
Um executivo de gravadora deixou vazar os vacilos que as ditas "rádios rock", mais preocupadas em criar programas de besteirol e contratar locutores "engraçadinhos", acabam fazendo em consequência de sua própria incompetência. Culpa da mídia e de muita gente que pensa que essas rádios são especializadas, mesmo sem ter pessoal REALMENTE ESPECIALIZADO.
Em artigo publicado no jornal O Globo do último dia 22, o diretor da Som Livre, Marcelo Soares, comentando uma reportagem sobre a decadência do rock na lista das 100 mais tocadas em rádios de todo o país, comentou um incidente com ele e um diretor de "uma rádio rock".
Levando em conta que a Som Livre é uma gravadora sediada no Rio de Janeiro, que há duas "rádios rock" com grande influência no país, provavelmente a emissora que ele se referiu é a Rádio Cidade, que pelo jeito continua sendo dirigida por Alexandre "As Sete Melhores da Pan" Hovoruski. Depois dele, há um tal "Van Damme" que havia sido locutor da breguíssima Beat 98 FM, hoje extinta.
Ele escreveu um encontro com o tal diretor (Hovoruski?) para divulgar o novo disco dos Titãs, contratados pela gravadora global, que está lançando o recente disco Nheengatu, que retomava a crueza sonora que consagrou a banda em Cabeça Dinossauro. Reproduzimos o trecho:
"Recentemente tive uma conversa com o diretor de uma rádio rock. Eu demonstrava minha empolgação com o álbum "Nheengatu", do Titãs, na minha opinião o melhor disco de rock de 2014, e a resposta dele à minha sugestão de que o disco merecia espaço na rádio foi pouco mais do que um riso sarcástico. Se uma banda consagrada como os Titãs, com um disco brilhante como "Nheengatu", enfrenta esse tipo de reação das próprias rádios rock, qual a esperança no dial para bandas iniciantes e criativas como O Terno, Vespas Mandarinas Silva ou o próprio Boogarins, citado na matéria ("Em carreira subsolo", no jornal O Globo)".
É certo que Marcelo Soares tem uma mentalidade mais comercial uma certa boa-fé, elogiando o medíocre grupo Malta - xerox brasileira do Nickelback - e enxergando o rock naquela visão comercial que até certos jornalistas musicais mais arrojados não estão imunes em acreditar. E ele não iria se queixar da Kiss FM porque ela é mercadologicamente menos influente que a Cidade.
A boa-fé fica por conta dele acreditar que as "rádios rock" mais comerciais também são de "classic rock" só porque não tocam músicas e bandas novas. O grande problema não é isso, da mesma forma que o problema dos fanáticos seguidores da Rádio Cidade não é eles serem conservadores dentro do parâmetro do "rock classico", mas dentro do perfil ideológico em geral.
Quando muito, novos discos e novos artistas só aparecem nessas "rádios rock" através de músicas de trabalho ou sucessos antigos. A falta de pessoal que realmente seja ligado à cultura rock impede que haja aquela percepção intuitiva de acreditar numa ousadia e inseri-la obtendo um melhor resultado. Tomada de radialistas poperó, não há como haver criatividade nessas "rádios rock" que estão aí.
Os seguidores da Rádio Cidade defendem o fechamento do Congresso Nacional, odeiam ler livros, são homofóbicos, fantoches de dirigentes esportivos, "valentões" de Internet a cometer cyberbullying e portadores de um reacionarismo que os faz serem uma versão hardcore (no sentido da palavra "miolo-duro") de Reinaldo Azevedo.
Já a equipe da Rádio Cidade é feita por gente SEM a menor especialização em rock. Se tivessem realmente especialização, eles teriam intuição e criatividade para romper as limitações e ousar um pouco mais no repertório rock.
A coisa é tão grave que uma banda de sucesso como os Titãs, com uma popularidade comparável ao Foo Fighters, recebe uma reação dessas de um diretor de "rádio rock". Um riso sarcástico de um coordenador, provavelmente o Hovoruski que produziu CDs de dance music e que comanda uma equipe de locutores que mais parecem preparados a apresentar programas de pop adolescente.
Será que basta tocar apenas alguns hits "maneiros"? Ou caprichar no marketing e passar uma imagem enganosa nos sítios de rádio (tipo Rádio Base, Tudo Rádio etc) querendo passar uma postura de "rádios rock sérias" quando os novos programas criados são programas de besteirol, entrevistas de subcelebridades, debates de futebol, game shows e muitas, muitas piadas?
Que "programação rock" é essa? Se fosse um gandula do Vasco da Gama, ele teria mais capacidade de arrumar um espaço nas "rádios rock" para contar sua experiência do que músicos consagrados de rock, mesmo medalhões que são sucesso garantido como os Titãs?
Depois a gente escreve mensagem dizendo que essas rádios não são rock coisa alguma nas mídias sociais e vai o pessoal dizer que "estamos nervosos", que "tomamos remédios" ou "viemos para zoar". São eles, seguidores da Rádio Cidade, que acham que o som do rock é o som de seus umbigos, que pelo jeito andam tremendo de tanto nervosismo por ver gente discordando deles.
A reação do diretor da "rádio rock", um riso sarcástico que destruiu tudo que ele disse em favor da "cultura rock" na imprensa, mostra a verdade do que são as rádios adotarem um segmento sem ter um pessoal que realmente entendia do assunto. Não entendendo de rock, esse pessoal é incapaz de contornar a baixa reputação que o gênero tem na mídia em geral e de mostrar novos caminhos.
Um executivo de gravadora deixou vazar os vacilos que as ditas "rádios rock", mais preocupadas em criar programas de besteirol e contratar locutores "engraçadinhos", acabam fazendo em consequência de sua própria incompetência. Culpa da mídia e de muita gente que pensa que essas rádios são especializadas, mesmo sem ter pessoal REALMENTE ESPECIALIZADO.
Em artigo publicado no jornal O Globo do último dia 22, o diretor da Som Livre, Marcelo Soares, comentando uma reportagem sobre a decadência do rock na lista das 100 mais tocadas em rádios de todo o país, comentou um incidente com ele e um diretor de "uma rádio rock".
Levando em conta que a Som Livre é uma gravadora sediada no Rio de Janeiro, que há duas "rádios rock" com grande influência no país, provavelmente a emissora que ele se referiu é a Rádio Cidade, que pelo jeito continua sendo dirigida por Alexandre "As Sete Melhores da Pan" Hovoruski. Depois dele, há um tal "Van Damme" que havia sido locutor da breguíssima Beat 98 FM, hoje extinta.
Ele escreveu um encontro com o tal diretor (Hovoruski?) para divulgar o novo disco dos Titãs, contratados pela gravadora global, que está lançando o recente disco Nheengatu, que retomava a crueza sonora que consagrou a banda em Cabeça Dinossauro. Reproduzimos o trecho:
"Recentemente tive uma conversa com o diretor de uma rádio rock. Eu demonstrava minha empolgação com o álbum "Nheengatu", do Titãs, na minha opinião o melhor disco de rock de 2014, e a resposta dele à minha sugestão de que o disco merecia espaço na rádio foi pouco mais do que um riso sarcástico. Se uma banda consagrada como os Titãs, com um disco brilhante como "Nheengatu", enfrenta esse tipo de reação das próprias rádios rock, qual a esperança no dial para bandas iniciantes e criativas como O Terno, Vespas Mandarinas Silva ou o próprio Boogarins, citado na matéria ("Em carreira subsolo", no jornal O Globo)".
É certo que Marcelo Soares tem uma mentalidade mais comercial uma certa boa-fé, elogiando o medíocre grupo Malta - xerox brasileira do Nickelback - e enxergando o rock naquela visão comercial que até certos jornalistas musicais mais arrojados não estão imunes em acreditar. E ele não iria se queixar da Kiss FM porque ela é mercadologicamente menos influente que a Cidade.
A boa-fé fica por conta dele acreditar que as "rádios rock" mais comerciais também são de "classic rock" só porque não tocam músicas e bandas novas. O grande problema não é isso, da mesma forma que o problema dos fanáticos seguidores da Rádio Cidade não é eles serem conservadores dentro do parâmetro do "rock classico", mas dentro do perfil ideológico em geral.
Quando muito, novos discos e novos artistas só aparecem nessas "rádios rock" através de músicas de trabalho ou sucessos antigos. A falta de pessoal que realmente seja ligado à cultura rock impede que haja aquela percepção intuitiva de acreditar numa ousadia e inseri-la obtendo um melhor resultado. Tomada de radialistas poperó, não há como haver criatividade nessas "rádios rock" que estão aí.
Os seguidores da Rádio Cidade defendem o fechamento do Congresso Nacional, odeiam ler livros, são homofóbicos, fantoches de dirigentes esportivos, "valentões" de Internet a cometer cyberbullying e portadores de um reacionarismo que os faz serem uma versão hardcore (no sentido da palavra "miolo-duro") de Reinaldo Azevedo.
Já a equipe da Rádio Cidade é feita por gente SEM a menor especialização em rock. Se tivessem realmente especialização, eles teriam intuição e criatividade para romper as limitações e ousar um pouco mais no repertório rock.
A coisa é tão grave que uma banda de sucesso como os Titãs, com uma popularidade comparável ao Foo Fighters, recebe uma reação dessas de um diretor de "rádio rock". Um riso sarcástico de um coordenador, provavelmente o Hovoruski que produziu CDs de dance music e que comanda uma equipe de locutores que mais parecem preparados a apresentar programas de pop adolescente.
Será que basta tocar apenas alguns hits "maneiros"? Ou caprichar no marketing e passar uma imagem enganosa nos sítios de rádio (tipo Rádio Base, Tudo Rádio etc) querendo passar uma postura de "rádios rock sérias" quando os novos programas criados são programas de besteirol, entrevistas de subcelebridades, debates de futebol, game shows e muitas, muitas piadas?
Que "programação rock" é essa? Se fosse um gandula do Vasco da Gama, ele teria mais capacidade de arrumar um espaço nas "rádios rock" para contar sua experiência do que músicos consagrados de rock, mesmo medalhões que são sucesso garantido como os Titãs?
Depois a gente escreve mensagem dizendo que essas rádios não são rock coisa alguma nas mídias sociais e vai o pessoal dizer que "estamos nervosos", que "tomamos remédios" ou "viemos para zoar". São eles, seguidores da Rádio Cidade, que acham que o som do rock é o som de seus umbigos, que pelo jeito andam tremendo de tanto nervosismo por ver gente discordando deles.
A reação do diretor da "rádio rock", um riso sarcástico que destruiu tudo que ele disse em favor da "cultura rock" na imprensa, mostra a verdade do que são as rádios adotarem um segmento sem ter um pessoal que realmente entendia do assunto. Não entendendo de rock, esse pessoal é incapaz de contornar a baixa reputação que o gênero tem na mídia em geral e de mostrar novos caminhos.
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