Duas decisões, ambas recorríveis, tiraram do caminho dois ex-governadores do Rio de Janeiro.
O juiz Eduardo Rocha Penteado, da 14ª Vara Federal do Distrito Federal, acatando ação representada por Rafael Augusto Batista Juliano, Gianmarco Loures Ferreira e Fernando de Moura Coelho, decidiu suspender a nomeação de Moreira Franco como ministro da Secretaria-Geral da República.
A ação foi motivada pelo fato de que a nomeação o livraria de ser investigado como suspeito comum pela Operação Lava Jato, ganhando foro privilegiado com o novo cargo.
Wellington Moreira Franco havia sido secretário-executivo do Programa de Participações e Investimentos, dedicado ao plano de privatizações do governo Temer.
Integrante do PMDB carioca, Moreira Franco é um dos homens de confiança do presidente Michel Temer.
Moreira é citado dezenas de vezes nas delações da Odebrecht.
Outro que sofreu sentença foi o governador Luiz Fernando Pezão, que teve o mandato cassado juntamente com o vice, Francisco Dornelles, este um primo de parte de mãe do senador Aécio Neves.
A decisão partiu do Tribunal Regional Eleitoral fluminense, acatando ação movida pelo deputado Marcelo Freixo, que alegou abuso de poder na doação de empresas na campanha eleitoral da chapa Pezão-Dornelles.
Curiosamente, Moreira Franco e Pezão estavam negociando a privatização da CEDAE, Companhia Estadual de Água e Esgotos do Rio de Janeiro.
Como a cassação também atingiu o vice, Francisco Dornelles, o governo do Estado do Rio de Janeiro caiu nas mãos do presidente da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro, Jorge Picciani.
Conservador, Picciani pretende agilizar a privatização da CEDAE, proposta que já recebeu o repúdio de seus trabalhadores, que decidiram pela greve.
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