É carnaval e o brasileiro médio, feliz desde que Dilma Rousseff saiu do poder, está ocupado com "coisas mais importantes na vida".
Folia, animação, bebedeira. E selfies.
Não percebe o país desgovernado que não consegue superar suas crises.
A mídia venal até se esforça, mesmo porque Michel Temer deu suas generosas "gorjetas".
Sim, aquele dinheiro que falta para a Educação e Saúde. Está nos bolsos dos Marinho, dos Frias, dos Civita, dos Mesquita, dos Saad e dos Alzugaray, entre outros.
Isso não impede que a grande mídia faça suas "críticas", algo que não pode ser visto de maneira simplória.
De repente, posturas "imprevistas" são observadas na mídia venal.
O Estadão, querendo defender o governo Michel Temer, se voltou contra a Operação Lava Jato.
A Veja, querendo defender a Operação Lava Jato, se voltou contra o governo Michel Temer.
Se alguém não for cientista político e analisar também as entranhas da grande mídia, vai pensar que são posturas soltas.
Temer aparentemente "aceita todas", porque precisa dar a impressão que é democrata.
E, sendo a mídia empresarial de grande porte, Temer aceita que elas "se expressem livremente".
Se bem que houve uma censura, recentemente, à Globo e Folha de São Paulo por conta de notícias sobre a clonagem do celular da primeira-dama, Marcela Temer.
Temer disse certa vez que "não era aquilo", se referindo à "censura". Não pronunciou a palavra.
Dias depois, o Supremo Tribunal Federal liberou a mídia amiga a fazer reportagens. Até para também aliviar Temer de uma crise com a mídia aliada.
Até porque a coisa deve ferver. Mesmo dentro das forças aliadas do governo Temer, começam a haver alguns conflitos.
Na revista Veja desta semana, há a crítica quanto à indiferença dos homens do governo Temer, ele próprio e dois de seus braços-direitos (são muitos), Alexandre de Moraes e Eliseu Padilha.
A matéria de capa fala do desprezo à ética do governo Temer. Como se isso fosse novidade.
"A cegueira moral de Alexandre de Moraes", "A surdez oportuna de Michel Temer" e "O silêncio cúmplice de Eliseu Padilha" são as frases que ilustram as foto-montagens com os três com as devidas posições de suas mãos.
A matéria secundária mostra a "ascensão" do problemático Jair Bolsonaro.
Aqui há um fato curioso. O filho dele, Flávio Bolsonaro, também em carreira política, fez uma enquete no seu perfil oficial no Twitter.
"Já que os institutos de pesquisa, por preconceito, não perguntam, pergunto eu: no 2º turno, em quem você votaria para Presidente do Brasil", era a enquete.
As opções eram duas, o pai do rapaz e o ex-presidente Lula.
No último dia 16, às 17:16, 211.028 pessoas votaram. Lula ganhou a enquete com 69% enquanto Jair ficou com 31%. No dia 17, o número beirava 215 mil e manteve os mesmos índices de porcentagem.
Lula é o favorito na pesquisa recente divulgada pela Confederação Nacional do Transporte, que não é uma entidade petista.
Mas boa parte da sociedade conservadora quer porque quer impedir Lula de ser eleito.
Querem a volta da plutocracia ao poder.
Aguardemos os próximos capítulos desse Brasil confuso e frágil.
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