ROBERTA SÁ É UM DOS NOMES COM ACESSO CADA VEZ MAIS DIFÍCIL AO RÁDIO.
O fim da MPB FM foi um golpe na cultura musical brasileira, sobretudo no Estado do Rio de Janeiro.
E isso mostra a crise do Rio de Janeiro, que antes era um reduto de vanguarda no Brasil.
O Rio de Janeiro vive uma crise generalizada de valores, desde que o neocoronelismo de Eduardo Paes e companhia se ascendeu ao poder.
E o fim de uma rádio que tocava música brasileira de qualidade foi um soco no estômago.
Já tínhamos duas rádios de MPB. A outra, Nova Brasil, virou Rádio Globo e depois a religiosa Feliz FM.
Consta-se que a Band News pegou frequência própria, o que caiu a máscara.
Afinal, a Band News chegou a dar a falsa impressão de ser "dona" dos 94,9 mhz de Niterói.
Sempre foi uma franquia do Grupo Fluminense de Comunicação.
E "sofria" diante dos limites do contrato de franquia.
Em todo caso, o fim da MPB FM gerou muitos impasses.
Criou necessidade das rádios de pop adulto tocarem mais música brasileira.
Solução mais fácil de acontecer.
Criou necessidade das rádios não-musicais priorizarem jingles e o mercado publicitário ter que caprichar com canções de propaganda com bons arranjos e bons cantores.
Solução urgente, mas muito difícil de acontecer.
Ou a necessidade das rádios de música "mais popular" - ou música brega-popularesca, a Música de Cabresto Brasileira - terem que inserir MPB na programação.
Solução para lá de difícil e só aceita mediante certas condições.
Se tocar Alcione, Seu Jorge, Roupa Nova e Emílio Santiago numa FM O Dia da vida não é tarefa fácil, imagine então nomes bem menos acessíveis ao grande público.
Quando muito, terá que haver o dueto entre um emepebista e um nome popularesco.
Para os canastrões da geração 90, que agora "repaginam" a carreira com covers de MPB, é um prato cheio.
Tomados de arrivismo, esses cantores que, para gravar MPB, já tem todo o esquema previamente organizado pelos arranjadores, bastando só botar a voz, duetar com um emepebista é promoção na certa.
Só que isso não vai acrescentar coisa alguma na MPB. Os ídolos brega-popularescos musicais têm público e até carisma, mas não tem talento à altura dos emepebistas.
Pelo contrário. Soam forçados, artificiais, não têm aquele jeito visceral de compor e interpretar.
Parecem calouros de reality shows musicais cantando clássicos da MPB.
Uma coisa é ser emepebista desde o começo, outra é passar duas décadas e meia no "pagode romântico" ou no "sertanejo" e decidir bancar o "emepebista" na última hora.
A música brega-popularesca, aliás, foi favorecida pelo fim da MPB FM.
Os empresários que já ampliavam o mercado "sertanejo" - que recebe grana pesada do agronegócio - estão comemorando.
Da mesma forma, o establishment formado por figurinhas fáceis como Luan Santana, Anitta, Wesley Safadão e Nego do Borel, entre outros.
Sem um rádio que norteasse o cardápio auditivo dos jovens - infelizmente, há muita gente submissa à mídia no Brasil; para entender o mundo, precisam ver Jornal Nacional e ler Veja - , a MPB que anda perdendo seus próprios espaços caminha para o isolamento quase total.
Por enquanto, ela "vibra" nos sistemas de rádio internos das redes de lojas de alimentos.
Infelizmente, até as universidades foram invadidas pela avalanche brega-popularesca.
O jabaculê agora manda na música brasileira.
E a MPB que, além disso, é escrava das trilhas sonoras de novela da Rede Globo, carece de renovação e de bons e permanentes espaços de divulgação.
O fim da MPB FM foi um golpe na cultura musical brasileira, sobretudo no Estado do Rio de Janeiro.
E isso mostra a crise do Rio de Janeiro, que antes era um reduto de vanguarda no Brasil.
O Rio de Janeiro vive uma crise generalizada de valores, desde que o neocoronelismo de Eduardo Paes e companhia se ascendeu ao poder.
E o fim de uma rádio que tocava música brasileira de qualidade foi um soco no estômago.
Já tínhamos duas rádios de MPB. A outra, Nova Brasil, virou Rádio Globo e depois a religiosa Feliz FM.
Consta-se que a Band News pegou frequência própria, o que caiu a máscara.
Afinal, a Band News chegou a dar a falsa impressão de ser "dona" dos 94,9 mhz de Niterói.
Sempre foi uma franquia do Grupo Fluminense de Comunicação.
E "sofria" diante dos limites do contrato de franquia.
Em todo caso, o fim da MPB FM gerou muitos impasses.
Criou necessidade das rádios de pop adulto tocarem mais música brasileira.
Solução mais fácil de acontecer.
Criou necessidade das rádios não-musicais priorizarem jingles e o mercado publicitário ter que caprichar com canções de propaganda com bons arranjos e bons cantores.
Solução urgente, mas muito difícil de acontecer.
Ou a necessidade das rádios de música "mais popular" - ou música brega-popularesca, a Música de Cabresto Brasileira - terem que inserir MPB na programação.
Solução para lá de difícil e só aceita mediante certas condições.
Se tocar Alcione, Seu Jorge, Roupa Nova e Emílio Santiago numa FM O Dia da vida não é tarefa fácil, imagine então nomes bem menos acessíveis ao grande público.
Quando muito, terá que haver o dueto entre um emepebista e um nome popularesco.
Para os canastrões da geração 90, que agora "repaginam" a carreira com covers de MPB, é um prato cheio.
Tomados de arrivismo, esses cantores que, para gravar MPB, já tem todo o esquema previamente organizado pelos arranjadores, bastando só botar a voz, duetar com um emepebista é promoção na certa.
Só que isso não vai acrescentar coisa alguma na MPB. Os ídolos brega-popularescos musicais têm público e até carisma, mas não tem talento à altura dos emepebistas.
Pelo contrário. Soam forçados, artificiais, não têm aquele jeito visceral de compor e interpretar.
Parecem calouros de reality shows musicais cantando clássicos da MPB.
Uma coisa é ser emepebista desde o começo, outra é passar duas décadas e meia no "pagode romântico" ou no "sertanejo" e decidir bancar o "emepebista" na última hora.
A música brega-popularesca, aliás, foi favorecida pelo fim da MPB FM.
Os empresários que já ampliavam o mercado "sertanejo" - que recebe grana pesada do agronegócio - estão comemorando.
Da mesma forma, o establishment formado por figurinhas fáceis como Luan Santana, Anitta, Wesley Safadão e Nego do Borel, entre outros.
Sem um rádio que norteasse o cardápio auditivo dos jovens - infelizmente, há muita gente submissa à mídia no Brasil; para entender o mundo, precisam ver Jornal Nacional e ler Veja - , a MPB que anda perdendo seus próprios espaços caminha para o isolamento quase total.
Por enquanto, ela "vibra" nos sistemas de rádio internos das redes de lojas de alimentos.
Infelizmente, até as universidades foram invadidas pela avalanche brega-popularesca.
O jabaculê agora manda na música brasileira.
E a MPB que, além disso, é escrava das trilhas sonoras de novela da Rede Globo, carece de renovação e de bons e permanentes espaços de divulgação.
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