ALEXANDRE DE MORAES E UM CONHECIDO AMIGO E CLIENTE SEU.
No domingo, um fato estranho aconteceu.
Da noite para o dia, o ministro da Justiça de Michel Temer, Alexandre de Moraes, virou o "favorito" para assumir o cargo de ministro do Supremo Tribunal Federal, no lugar de Teori Zavascki.
Foi a partir do último domingo. Indignado, fui eu mesmo lançar a hashtag #ForaAlexandredeMoraes.
Meio simplório. Afinal, "fora Alexandre de Moraes" em relação a quê?
Ora, é em relação tanto ao Ministério da Justiça quanto ao Supremo Tribunal Federal, onde ele já é um nome indicado pelo presidente temeroso.
Na semana passada, o favorito do temeroso era outro: Ives Gandra Martins Filho.
Um sujeito suficientemente conservador, mas com um verniz mais técnico, que poderia ter uma atuação mais "correta" no STF, apesar de seus vínculos com a seita neo-medieval Opus Dei.
Tudo parecia certo para Ives Gandra assumir o STF, até por ele ser, em tese, um protegido de Michel Temer.
Ninguém imaginava que o truculento Alexandre de Moraes iria se fortalecer no páreo.
É como um corredor ruim e fraco que fez uma corrida de teste péssima, mas que garantiu a pole position não se sabe como.
Ou talvez se saiba: trapaça.
O "favoritismo" de Alexandre de Moraes, que havia sido defensor do ex-deputado Eduardo Cunha, se deu de repente, de uma maneira surreal.
Mas tem um motivo: o STF escolheu como relator da Lava Jato o jurista Edson Fachin, com atuação similar a do falecido antecessor.
A Lava Jato entrou numa fase arriscada, com delatores ameaçando denunciar a "nata" do PMDB e do PSDB.
Daí que Temer virou a casaca. Deixou Ives Gandra chupando dedo e decidiu apostar no infeliz que tem o meu nome.
O que também chama a atenção, além do currículo truculento, irresponsável e às vezes omisso do ministro, é o apoio das Organizações Globo.
Artigos e notícias não escondem a torcida dos irmãos Marinho pela entrada do "jurista" que reprimiu movimentos estudantis no banquete privilegiado dos ministros do STF.
Manchete de O Globo hoje mostra a animação em anunciar que o Senado Federal pode aprovar a indicação do valentão para o Supremo.
Pior: o portal G1 nem se incomodou em admitir que Moraes é filiado ao PSDB e achou isso natural.
Consta-se que Alexandre de Moraes que, apesar de sua roupagem acadêmica - professor universitário de Direito e autor de livros jurídicos - , nunca irá atuar de maneira técnica no STF, está cotado para ser um aliado de Temer no Judiciário.
Fala-se que Moraes tende a "mexer" na Operação Lava Jato e isso pode criar um impasse com a força-tarefa.
Ironicamente, Alexandre de Moraes é amigo de Sérgio Moro e os dois se encontraram para baterem um papo nos EUA.
Por que será? Porque parecem com Lex Luthor e Superman e, por isso, foram passear para mostrar essa semelhança física para os súditos de Tio Sam?
A semelhança existe, mas os dois tem outros propósitos. São representantes dos interesses de Tio Sam sobre "certas coisas" no Brasil.
Moraes quer frear qualquer escândalo contra tucanos e peemedebistas na Lava Jato, em atuação conjunta com o tucano Gilmar Mendes.
Será que vai haver alguma colisão com a Lava Jato? Ou será tudo um jogo-de-cena para poupar tucanos e peemedebistas?
Por ironia, o jornalista que serve aos interesses dos Marinho, Diego Escosteguy, da revista Época, disse que Alexandre de Moraes "não será ministro do STF".
Para se ter uma ideia, Escosteguy tambem afirmou que Donald Trump não seria candidato à Presidência dos EUA.
Em outra ironia, o próprio Alexandre de Moraes, em tese de doutorado pela USP em 2000, disse que ocupantes de cargos públicos deveriam ser vetados para a disputa de vaga em algum cargo no Poder Judiciário, principalmente o STF.
Ou seja, a depender do doutorando Alexandre de Moraes, ele mesmo nem de longe seria cotado para a vaga tragicamente deixada por Teori Zavascki.
E ainda pesa sobre Moraes a acusação de ter defendido uma cooperativa de vans ligada ao PCC, grupo criminoso que comandou as chacinas em vários presídios no país.
Um sujeito desses, que já mostrou sua truculência como secretário de Segurança Pública do governador paulista Geraldo Alckmin, ser ministro de uma instância máxima de poder na nossa República, é algo assustador.
Será o Judiciário do Fim do Mundo.
São confusões que se aumentaram com a invasão da plutocracia no poder.
E assusta ver muitos brasileiros tranquilos e felizes numa situação dessas.
Alguém seguiria a viagem feliz da vida num barco à deriva, com tripulantes se desentendendo e rumando a uma colisão com um icebergue?
No domingo, um fato estranho aconteceu.
Da noite para o dia, o ministro da Justiça de Michel Temer, Alexandre de Moraes, virou o "favorito" para assumir o cargo de ministro do Supremo Tribunal Federal, no lugar de Teori Zavascki.
Foi a partir do último domingo. Indignado, fui eu mesmo lançar a hashtag #ForaAlexandredeMoraes.
Meio simplório. Afinal, "fora Alexandre de Moraes" em relação a quê?
Ora, é em relação tanto ao Ministério da Justiça quanto ao Supremo Tribunal Federal, onde ele já é um nome indicado pelo presidente temeroso.
Na semana passada, o favorito do temeroso era outro: Ives Gandra Martins Filho.
Um sujeito suficientemente conservador, mas com um verniz mais técnico, que poderia ter uma atuação mais "correta" no STF, apesar de seus vínculos com a seita neo-medieval Opus Dei.
Tudo parecia certo para Ives Gandra assumir o STF, até por ele ser, em tese, um protegido de Michel Temer.
Ninguém imaginava que o truculento Alexandre de Moraes iria se fortalecer no páreo.
É como um corredor ruim e fraco que fez uma corrida de teste péssima, mas que garantiu a pole position não se sabe como.
Ou talvez se saiba: trapaça.
O "favoritismo" de Alexandre de Moraes, que havia sido defensor do ex-deputado Eduardo Cunha, se deu de repente, de uma maneira surreal.
Mas tem um motivo: o STF escolheu como relator da Lava Jato o jurista Edson Fachin, com atuação similar a do falecido antecessor.
A Lava Jato entrou numa fase arriscada, com delatores ameaçando denunciar a "nata" do PMDB e do PSDB.
Daí que Temer virou a casaca. Deixou Ives Gandra chupando dedo e decidiu apostar no infeliz que tem o meu nome.
O que também chama a atenção, além do currículo truculento, irresponsável e às vezes omisso do ministro, é o apoio das Organizações Globo.
Artigos e notícias não escondem a torcida dos irmãos Marinho pela entrada do "jurista" que reprimiu movimentos estudantis no banquete privilegiado dos ministros do STF.
Manchete de O Globo hoje mostra a animação em anunciar que o Senado Federal pode aprovar a indicação do valentão para o Supremo.
Pior: o portal G1 nem se incomodou em admitir que Moraes é filiado ao PSDB e achou isso natural.
Consta-se que Alexandre de Moraes que, apesar de sua roupagem acadêmica - professor universitário de Direito e autor de livros jurídicos - , nunca irá atuar de maneira técnica no STF, está cotado para ser um aliado de Temer no Judiciário.
Fala-se que Moraes tende a "mexer" na Operação Lava Jato e isso pode criar um impasse com a força-tarefa.
Ironicamente, Alexandre de Moraes é amigo de Sérgio Moro e os dois se encontraram para baterem um papo nos EUA.
Por que será? Porque parecem com Lex Luthor e Superman e, por isso, foram passear para mostrar essa semelhança física para os súditos de Tio Sam?
A semelhança existe, mas os dois tem outros propósitos. São representantes dos interesses de Tio Sam sobre "certas coisas" no Brasil.
Moraes quer frear qualquer escândalo contra tucanos e peemedebistas na Lava Jato, em atuação conjunta com o tucano Gilmar Mendes.
Será que vai haver alguma colisão com a Lava Jato? Ou será tudo um jogo-de-cena para poupar tucanos e peemedebistas?
Por ironia, o jornalista que serve aos interesses dos Marinho, Diego Escosteguy, da revista Época, disse que Alexandre de Moraes "não será ministro do STF".
Para se ter uma ideia, Escosteguy tambem afirmou que Donald Trump não seria candidato à Presidência dos EUA.
Em outra ironia, o próprio Alexandre de Moraes, em tese de doutorado pela USP em 2000, disse que ocupantes de cargos públicos deveriam ser vetados para a disputa de vaga em algum cargo no Poder Judiciário, principalmente o STF.
Ou seja, a depender do doutorando Alexandre de Moraes, ele mesmo nem de longe seria cotado para a vaga tragicamente deixada por Teori Zavascki.
E ainda pesa sobre Moraes a acusação de ter defendido uma cooperativa de vans ligada ao PCC, grupo criminoso que comandou as chacinas em vários presídios no país.
Um sujeito desses, que já mostrou sua truculência como secretário de Segurança Pública do governador paulista Geraldo Alckmin, ser ministro de uma instância máxima de poder na nossa República, é algo assustador.
Será o Judiciário do Fim do Mundo.
São confusões que se aumentaram com a invasão da plutocracia no poder.
E assusta ver muitos brasileiros tranquilos e felizes numa situação dessas.
Alguém seguiria a viagem feliz da vida num barco à deriva, com tripulantes se desentendendo e rumando a uma colisão com um icebergue?
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