O falecimento de Marisa Letícia Lula da Silva é a maior dificuldade e o maior desafio a ser enfrentado pelo ex-presidente Lula.
A sua maior companheira teve morte cerebral em consequência de um AVC sofrido há uma semana.
Marisa não aguentou as pressões da campanha midiática contra o marido, acusado levianamente das piores maldades, coisas que Lula nem na pior das hipóteses cometeria.
Tudo bem que as pessoas pudessem criticar Lula e dizerem que ele não fazia o tipo do político que gostavam.
Deveriam ser sinceros e dizer que preferiam o PSDB ao PT.
Deveriam assumir, em 2014, que Aécio Neves lhes era mais representativo que Dilma Rousseff e que não gostam de que Lula fosse cotado para 2018 porque não era essa sua orientação política.
Em vez disso, correram para esconder as cabeças, como avestruz, até as circunstâncias os transformarem de avestruzes acanhados a hienas famintas e furiosas.
Já havia uma campanha pela prisão de Lula, e isso abalou muito Marisa.
Há uma campanha de ódio nas mídias sociais em que o umbiguismo dos reacionários se impõe como força hegemônica.
Isso é uma diarreia social crônica na qual se combinam moralismo religioso, libertinagem e justiçaria.
Os reacionários da Internet, denominados "sociopatas", acham que podem fazer e pensar o que querem, sem medir as consequências.
E ainda reagem, esnobes, com seu "KKKKKKKKK" diante de qualquer advertência.
E teve gente comemorando a morte de Marisa Letícia, na vida pessoal uma pessoa simples, mas que também se indignava diante da violenta campanha anti-Lula.
E muito desse ódio nas mídias sociais se deve sobretudo à campanha caluniosa trabalhada pela grande mídia (Globo, Folha, Veja, Estadão, Isto É e o que vier junto).
Um grande desrespeito, pois isso atinge uma família, um marido sensível e triste e os filhos também envolvidos e atingidos por calúnias por eles direcionadas.
Marisa morreu na pior hora, diante de uma onda voraz de ultraconservadorismo em que uma boa parcela da sociedade quer que o Brasil regrida a padrões sociais pré-1930.
Além disso, ela era uma das maiores apoiadoras do marido, atingido constantemente por ofensas gratuitas e ameaçadoras.
Há uma pressão para que Lula não seja candidato em 2018 e a viuvez, para os anti-petistas, oferece uma "esperança" para que ele não concorresse a um novo mandato.
Se é assim a vontade de uma parcela de brasileiros que tentam convencer os demais de que não pode haver volta do PT ao Governo Federal, tudo bem.
Mas não se deve fazer calúnias violentas até depois da morte da ex-primeira-dama.
Se a plutocracia se esforça para recuperar o poder, que o faça dentro dos limites da civilidade e do respeito.
Se a Era Lula acabou por definitivo, que os plutocratas então provem que estão certos, sem comentários ou atitudes mesquinhos.
Agora, independente de poder dar ou não uma volta por cima, o ex-presidente Lula, hoje, está de luto.
Pelo menos respeitemos ele na sua dor e tristeza, independente de ir ou não com a cara dele.
É possível respeitar essa tragédia sem necessariamente sermos petistas ou apoiarmos o partido e seus integrantes. Pode-se até ser anti-PT e adotar a mesma respeitabilidade em torno de uma situação triste como esta.
Nós desejamos força de espírito a Lula e sua família diante de um momento tão difícil.
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