Pular para o conteúdo principal

A VACINA ANTI-COVID E A INJEÇÃO NA TESTA


Não se sabe o que é pior.

Ou é a cloroquina e outras bobagens de efeito placebo em relação à Covid-19 propostas por Jair Bolsonaro ou um trocadilho tolo que foi levado a sério pelos identotários de plantão.

Ontem começou o feriadão em São Paulo, e, também no mesmo dia, o Instituto Butantã anunciou que irá testar uma nova vacina contra a Covid-19.

Embora seja uma iniciativa independente de agentes políticos envolvidos, ela virou uma disputa política entre o governador de São Paulo, João Dória Jr., e o presidente Jair Bolsonaro, num momento de crise do Ministério da Saúde, após a saída do ministro Eduardo Pazuello.

É uma grande esperança, principalmente para a capital paulista, que é uma das que sofrem com a tragédia da pandemia no Brasil.

A pandemia tornou-se a maior crise do governo Jair Bolsonaro e um puxão de orelha no pragmatismo doentio dos cariocas.

Afinal, por mais que, lá de Curitiba, a Operação Lava Jato tenha contribuído para o golpe de 2016 (sim, houve golpe no Brasil, há cinco anos), nada teria acontecido se, em 2014, os cariocas não tivessem eleito Jair Bolsonaro nem Eduardo Cunha para deputados federais.

Os dois foram eleitos pela onda de pragmatismo que fez os cariocas se contentarem com pouco e buscarem o pior hoje na esperança (em vão) de conquistar o melhor amanhã.

Bolsonaro e Cunha foram eleitos pela mesma visão retrógrada que fez cariocas defenderem fanaticamente ônibus padronizados, mulheres-frutas e rádios pseudo-roqueiras.

Era uma visão confusa de patriotismo e moralidade que acabou custando caro para a cariocada pragmatista.

Hoje o Rio de Janeiro decai tanto que suas áreas urbanas perderam o caráter de urbanidade.

Nos últimos tempos em que eu andava no Grande Rio, seja em Niterói, São Gonçalo, Mesquita, Nova Iguaçu e o próprio Rio de Janeiro, eu sentia um ranço de subúrbio até mesmo em bairros da Zona Sul.

Via o pessoal em Icaraí, bairro da Zona Sul niteroiense, e muitos rapagões sarados mais parecem caipirões de Barretos com trajes de moda verão.

O pessoal falando só de uma coisa: futebol, além de apenas outros temas: futebol, futebol e futebol.

Onde eu morava, próximo ao Largo do Marrão, já se monta um circuito de bares e aquele clima urbano que restava em 2010 desapareceu. Hoje Niterói é uma cidade decadente, tomada por um provincianismo de envergonhar até os matutos do interior do Acre.

E é isso que fez o pragmatismo do Rio de Janeiro. Uma região metropolitana cujas cidades agem como se fossem versões pioradas das piores cidades do interior.

Fala-se da esperança de que injeções de dinheiro no Rio de Janeiro iriam recuperar o glamour e a prosperidade do passado. Mas se dinheiro não traz felicidade, quanto mais melhorias de vida. 

Com essa mentalidade jeca dos cariocas e fluminenses dos últimos 30 anos, nem se derramasse nos solos do Grande Rio o valor do PIB dos EUA, considerado o maior do mundo, resolveria o problema.

Todos continuariam se sentindo na "República do Maracanã", um principado dentro da "República de Curitiba" que desejavam ver o Brasil.

E já que falamos em injeção, é lamentável que pessoas supostamente solidárias à campanha preventiva contra a Covid-19 e à produção de vacinas venham apoiar bobagens.

Vem um jovem, Leandro Aparecido, com o codinome MC Fioti, relançar uma música na qual ele brincava com onomatopeias ("bum bum tan tan, bum bum tan tan") e, de maneira oportunista, fazer um trocadilho sem graça com o Instituto Butantã, e virou uma pretensa unanimidade.

E aí vimos um processo de apoio tão idiota quanto exagerado. Pior do que a música do MC Fioti, só as manifestações em defesa de seu hit, que ultrapassaram os limites da imbecilização humana.

Nos seus quinze minutos de fama, MC Fioti recebeu, assim de graça, atribuições comparáveis às de Geraldo Vandré, Carlos Lamarca, Oswaldo Cruz, Oswald de Andrade, Paulo Freire e Rubem Braga.

De cantor de protesto a cronista do Brasil, para não dizer historiador, os identotários transformaram um mero ícone do funk ostentação numa figura falsamente multifuncional.

Só que foi sob esta mesma perspectiva do "falso versátil" que fez glorificar uma figura como o hoje desmascarado ex-juiz Sérgio Moro.

Naqueles tempos de golpe de 2016 (sim, houve golpe há cinco anos), Moro acumulava falsas atribuições de juiz, advogado, justiceiro, policial, delegado, tira e até mesmo de mensageiro de Deus, conforme alegavam "neopenteques" e "kardecistas".

Aliás, o próprio ídolo dos "kardecistas", o "médium" vigarista que usava peruca e hoje, postumamente, virou uma espécie de "Maharishi" dos identotários brasileiros (com a mesma fala mole do farsante indiano que iludiu os Beatles), também teve atribuições falsamente acumuladas.

O suposto "médium", espécie de "Aécio Neves do Cristianismo", era tido por falsas qualidades como profeta, psicólogo, filósofo, conselheiro sentimental, filantropo e pacifista.

O próprio Jair Bolsonaro - que o "médium de peruca", se vivo estivesse, teria sido um dos maiores apoiadores, nos suplicando para "orarmos em favor dele" - também foi 'beneficiado" por essas falsas atribuições.

Mesmo sendo um mau militar (um jargão do meio, "bunda suja", era o apelido que ele recebeu), Bolsonaro foi eleito acumulando, para si, falsas qualidades como general, mensageiro de Deus, policial, justiceiro, estadista e patriota.

A ignorância de muitas pessoas faz com que, de forma burra e falsa, se acumulem em certos figurões qualidades que não existem.

Não adianta dizer que é anti-bolsonarista ou anti-lavajatista se o modus operandi é o mesmo. É o mesmo método de glorificar Sérgio Moro e Jair Bolsonaro que glorificaram o "médium" e o funqueiro.

E aí vemos o quanto a injeção na testa anda atrofiando os cérebros de muitas pessoas, que agora se esqueceram do golpe de 2016.

E não se fala só dos coxinhas, mas das esquerdas identotárias que parecem jogar no bicho, de tanto falarem em emas, cobras najas e jacarés.

As esquerdas identotárias que mais parecem cúmplices de Bolsonaro, por mais que fiquem bajulando Lula (que essas esquerdas gostam, desde que deixe de ser Lula e passe a agir como um misto de Dom Pedro II e Dom João VI).

E é isso que faz com que o "funk", que demonstrou compartilhar do mesmo negacionismo aglomerador dos bolsomínions, consiga enganar as esquerdas direitinho.

Só falta dizer que não precisa mais de vacina, porque basta ouvir o tal do "bumbum tantã" que sai curado do Coronavírus.

E os identotários, com sua verborragia emotiva, falam "Viva a Ciência!" da boca para fora.

Afinal, o "bumbum tantã" fez sucesso e nenhum benefício foi dado para os cientistas. Só os funcionários do Butantã receberam cachê para pagarem mico no clipe do MC Fioti e só.

Os recursos vieram de outras fontes, para o desenvolvimento da vacina brasileira contra a Covid-19.

E isso com muita dificuldade, até por causa de um governante sádico que ridicularizou as mortes da pandemia.

Seja bem vinda a vacina, dias depois do meu pai ter tomado a Coronavac, lá no Rio de Janeiro. Que sejam vindas todas as vacinas que representem a cura da Covid-19, sem efeitos colaterais.

Só se lamenta a injeção na testa do "funk" de MC Fioti, cujos efeitos colaterais são atrofiar o cérebro e deixar os glúteos enlouquecidos. O bumbum fica tantã, mesmo.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

PESQUISISMO E RELATORISMO

As mais recentes queixas a respeito do governo Lula ficam por conta do “pesquisismo”, a mania de fazer avaliações precipitadas do atual mandato do presidente brasileiro, toda quinzena, por vários institutos amigos do petista. O pesquisismo são avaliações constantes, frequentes e que servem mais de propaganda do governo do que de diagnóstico. Pesquisas de avaliação a todo momento, em muitos casos antecipando prematuramente a reeleição de Lula, com projeções de concorrentes aqui e ali, indo de Michelle Bolsonaro a Ciro Gomes. Somente de um mês para cá, as supostas pesquisas de opinião apontavam queda de popularidade de Lula, e isso se deu porque os próprios institutos foram criticados por serem “chapa branca” e deles se foi cobrada alguma objetividade na abordagem, mesmo diante de métodos e processos de pesquisa bastante duvidosos. Mas temos também outro vício do governo Lula, que ninguém fala: o “relatorismo”. Chama-se de relatorismo essa mania de divulgar relatórios fantásticos sobre s...

SIMBOLOGIA IRÔNICA

  ACIMA, A REVOLTA DE OITO DE JANEIRO EM 2023, E, ABAIXO, O MOVIMENTO DIRETAS JÁ EM 1984. Nos últimos tempos, o Brasil vive um período surreal. Uma democracia nas mãos de um único homem, o futuro de nosso país nas mãos de um idoso de 80 anos. Uma reconstrução em que se festeja antes de trabalhar. Muita gente dormindo tranquila com isso tudo e os negacionistas factuais pedindo boicote ao pensamento crítico. Duas simbologias irônicas vêm à tona para ilustraresse país surrealista onde a pobreza deixou de ser vista como um problema para ser vista como identidade sociocultural. Uma dessas simbologias está no governo Lula, que representa o ideal do “milagre brasileiro” de 1969-1974, mas em um contexto formalmente democrático, no sentido de ninguém ser punido por discordar do governo, em que pese a pressão dos negacionistas factuais nas redes sociais. Outra é a simbologia do vandalismo do Oito de Janeiro, em 2023, em que a presença de uma multidão nos edifícios da Praça dos Três Poderes, ...

A PRISÃO DE MC POZE E O VELHO VITIMISMO DO “FUNK”

A prisão do funqueiro e um dos precursores do trap brasileiro, o carioca MC Poze do Rodo, na madrugada de ontem no Rio de Janeiro, reativou mais uma vez o discurso vitimista que o “funk” utiliza para se promover. O funqueiro, cujo nome de batismo é Marlon Brandon Coelho Couto Silva, e que já deixou a Delegacia de Repressão a Entorpecentes para ir a um presídio no bairro carioca de Benfica, tem entre o público da Geração Z e das esquerdas identitárias a reputação que Renato Russo teve entre o público de rock dos anos 1980, embora o MC não tenha 0,000001% do talento, pois se envolve em um ritmo marcado pela mais profunda precarização artístico-cultural. No entanto, MC Poze do Rodo foi detido por acusações de apologia ao crime organizado, ao porte ilegal de armas e à violência. Em várias vezes, Poze aparecia com armas nas fotos das redes sociais, o que poderia sugerir um funqueiro bolsonarista em potencial. A polícia do Rio de Janeiro enviou o seguinte comunicado:: “De acordo com as inves...

LÉO LINS E A DECADÊNCIA DE HUMORISTAS E INFLUENCIADORES

LÉO LINS, CONDENADO A OITO ANOS DE PRISÃO E MULTA DE MAIS DE R$ 300 MIL POR CONTA DE PIADAS OFENSIVAS. Na semana passada, a Justiça Federal, através da 3ª Vara Criminal Federal de São Paulo, condenou o humorista Léo Lins a oito anos de prisão, três deles em regime inicialmente fechado, e multa no valor de R$ 306 mil por fazer piadas ofensivas contra grupos minoritários.  Só para sentir a gravidade do caso, uma das piadas sugere uma sutil apologia ao feminicídio: "Feminista boa é feminista calada. Ou morta". Em outra piada machista, Léo disse: "Às vezes, a mulher só entende no tapa. E se não entender, é porque apanhou pouco". Léo também fez piadas agredindo negros, a comunidade LGBTQIA+, pessoas com HIV, indígenas, evangélicos, pessoas com deficiência, obesos e nordestinos, entre outros. O vídeo que inspirou a elaboração da sentença foi o espetáculo Perturbador, um vídeo gravado em 2022 no qual Léo faz uma série de comentários ofensivos. Os defensores de Léo dizem qu...

O ATRASO CULTURAL OCULTO DA GERAÇÃO Z

Fico pasmo quando leio pessoas passando pano no culturalismo pós-1989, em maioria confuso e extremamente pragmático, como se alguém pudesse ver uma espessa cabeleira em uma casca de um ovo. Não me considero careta e, apesar dos meus 54 anos de idade, prefiro ir a um Lollapalooza do que a um baile de gala. Tenho uma bagagem cultural maior do que mimha idade sugere, pelas visões de mundo que tenho, até parece que sou um cidadão mediano de 66 anos. Mas minha jovialidade, por incrível que pareça, está mais para um rapazinho de 26 anos. Dito isso, me preocupa a existência de ídolos musicais confusos, que atiram para todos os lados, entre um roquinho mais pop e um som dançante mais eroticamente provocativo, e no meio do caminho entre guitarras elétricas e sintetizadores, há momentos pretensamente acústicos. Nem preciso dizer nomes, mas a atual cena pop é confusa, pois é feita por uma geração que ouviu ao mesmo tempo Madonna e AC/DC, Britney Spears e Nirvana, Backstreet Boys e Soundgarden. Da...

ELITE DO BOM ATRASO PIROU NAS REDES SOCIAIS

A BURGUESIA DE CHINELOS NÃO QUER OUTRO CANDIDATO EM 2026. SÓ QUER LULA. A elite do bom atraso, a “frente ampla” social que vai do “pobre de novela” - tipo que explicaremos em outra postagem - ao famoso muito rico, mas que inclui também a pequena burguesia e a parcela “legal” da alta burguesia, enlouqueceu nas redes sociais, exaltando o medíocre governo Lula e somente desejando ele para a Presidência da República na próxima eleição. Preso a estereótipos que deixaram de fazer sentido na realidade, como governar para os pobres e deixar a classe média abastada em segundo plano, Lula na prática expressa um peleguismo que é facilmente reconhecido por proletários, camponeses, sem-teto e servidores públicos, que veem o quanto o presidente “quer, mas não quer muito” trabalhar para o bem-estar dos brasileiros. Lula tem como o maior de seus inúmeros erros o de tratar a reconstrução do Brasil como se fosse uma festa. Esse problema, é claro, não é percebido pela delirante elite do bom atraso que, h...

GOVERNO LULA AGRAVA SUA CRISE

INDICADO POR LULA PARA O BANCO CENTRAL, GABRIEL GALÍPOLO PREFERIU MANTER OS JUROS ALTOS "POR MUITO TEMPO". Enquanto o governo Lula limita gastos mensais com universidades federais, a farra das ONGs nas ditas “emendas parlamentares” é de R$ 274 milhões. Na viagem para a China, Lula é acusado de gastar café com valor equivalente a R$ 56 e de conprar um terno no valor equivalente a R$ 850. Quanto às universidades públicas, a renomada Academia Brasileira de Ciências acusa o governo Lula de desmontar as instituições de ensino superior público através desses cortes financeiros. Lulistas blindam Janja quando ela quebrou o protocolo da conversa entre o marido e o presidente chinês Xi Jinping, para falar de sua preocupação com o Tik Tok. Em compensação, Lula não cumpriu a promessa de implantar o Plano Nacional de Transição Energética, que iria tirar o Brasil da dependência de combustível fóssil. Mas o presidente ainda quer devastar a Amazônia Equatorial para extrair mais petróleo. Lul...

QUANDO A CAPRICHO QUER PARECER A ROCK BRIGADE

Até se admite que o departamento de Jornalismo das rádios comerciais ditas “de rock” é esforçado e tenta mostrar serviço. Mas nem de longe isso pode representar um diferencial para as tais “rádios rock”, por mais que haja alguma competência no trabalho de seus repórteres. A gente vê o contraste que existe nessas rádios. Na programação diária, que ocupa a manhã, a tarde e o começo da noite, elas operam como rádios pop convencionais, por mais que a vinheta estilo “voz de sapo” tente coaxar a palavra “rock”. O repertório é hit-parade, com medalhões ou nomes comerciais, e nem de longe oferecem o básico para o público iniciante de rock. Para piorar, tem aquele papo furado de que as “rádios rock” não tocam só os “clássicos”, mas também as “novidades”. Papo puramente imbecil. É aquela coisa da padaria dizer que não vende somente salgados, mas também os doces. Que diferença isso faz? O endeusamento, ou mesmo as passagens de pano, da imprensa especializada às rádios comerciais “de rock” se deve...

A ILUSÃO DE QUERER PARECER O “MAIS LEGAL DO PLANETA”

Um dos legados do Brasil de Lula 3.0 está na felicidade tóxica de uma parcela de privilegiados. A obsessão de uns poucos bem-nascidos em parecer “gente legal”, em atrair apoio social, os faz até manipular a carteirada para cima e para baixo, entre um sentimento de orgulho aqui e uma falsa modéstia ali, sempre procurando mascarar a hipocrisia que não consegue se ocultar nas mentes dessas pessoas. Com a patrulha dos negacionistas factuais, “isentões” designados para promover o boicote ao pensamento crítico nas redes sociais, a “boa” sociedade que é a elite do bom atraso precisa parecer, aos olhos dos outros, as mais positivas possíveis, daí o esforço desesperado para criar um ambiente de conformidade e até de conformismo, sobretudo pela perigosa ilusão de acreditar que o futuro do Brasil será conduzido por um idoso de 80 anos. Quando ouvimos falar de períodos de supostas regeneração e glorificação do “povo brasileiro”, nos animamos no primeiro momento, achando que agora o Brasil será a n...

APOIO DAS ESQUERDAS AO "FUNK" ABRIU CAMINHO PARA O GOLPE DE 2016

MC POZE DO RODO, COM SEU CARRO LAMBORGHINI AVALIADO EM TRÊS MILHÕES DE REAIS. A choradeira das esquerdas médias diante da prisão de MC Poze do Rodo tenta reviver um hábito contraído há 20 anos, quando o esquerdismo passou a endossar o discurso fabricado pela Rede Globo e pela Folha de São Paulo para "socializar" o "funk", um dos ritmos do comercialismo brega-popularesco que passou a blindar por uma elite de intelectuais sob inspiração do antigo IPES-IBAD, só que sob uma retórica "pós-tropicalista". A revolta contra a prisão do funqueiro e alegações clichês como "criminalização da cultura" e "realidade da favela" feita por parlamentares e jornalistas da mídia esquerdista se tornam bastante vergonhosas e, em muitos casos, descontextualizada com a real preocupação com as classes pobres da vida real, que em nenhum momento são representadas ou se identificam com o "funk" ou o trap. O "funk" e o trap apenas falam sobre o ...