JACARÉ, EMA, COBRA NAJA E LEITE CONDENSADO - AS BOBAGENS QUE AS ESQUERDAS IDENTOTÁRIAS ENFATIZARAM COM OS FACTOIDES DE JAIR BOLSONARO.
O que preocupa mais não é o risco de endurecimento de Jair Bolsonaro, uma ameaça que analistas estão observando nos bastidores de seu governo.
O que preocupa é o estado de felicidade que atinge uma parcela da sociedade não necessariamente bolsonarista, até anti-bolsonarista e mesmo parte dela declarada de esquerda.
Pessoas fazendo fotos no Instagram em posição de lótus diante do Sol nascente, mandando mensagens alegrinhas e positivas, encantando internautas e todos acreditando que tudo está bem.
Pessoas dançando no Tik Tok esbanjando muita alegria e felicidade.
Pessoas religiosas achando que quem governa o Brasil é Deus e ficam tranquilas até quando a casa do vizinho está caindo.
Gente que se esquece que o golpe político contra Dilma Rousseff em 2016 ocorreu e que governos horripilantes como os de Michel Temer e Jair Bolsonaro foram a herança desse processo.
Hoje desmascaram Sérgio Moro e Deltan Dallagnol, mas só depois do peso da Covid-19, esnobada por Jair Bolsonaro, ter matado 300 mil brasileiros.
Hoje temos cada vez mais gente se opondo a Jair Bolsonaro, mas ninguém foi preventivo em 2018.
As esquerdas identotárias, que se apegam aos "brinquedos culturais" da centro-direita e interagem com os bolsomínions como em suposta rivalidade, não entendem o cenário em que vivemos.
Querem apenas lacração e monetização com seus artigos baseados em pautas bolsonaristas.
Fácil escrever "somos todos jacarés" ou criar metáforas com leite condensado. Ou falar de emas olhando a cloroquina que Jair lhes mostra ou de cobras naja picando bolsomínions.
O pior é que tem gente séria que embarca nessa agenda humorística, enquanto os trabalhadores sofrem perdendo direitos, não podendo se sindicalizar nem mover processos trabalhistas e até perdendo casa ou mesmo a vida nos hospitais públicos, devido à pandemia.
Que fosse um Renato Aroeira, um Miguel Paiva, um Benvindo Sequeira ou uns Galãs Feios falando de jacarés, leites condensados etc, vá lá. Eles lidam com humor, é a tarefa deles.
Mas daí para ver articulistas que pretendem ser sérios se ocupando demais dessas pautas, é de se lamentar.
Nesses primeiros momentos como morador de São Paulo, vejo moradores de rua tristonhos e outros, revoltados.
Vejo áreas decadentes como a da antiga Estação da Luz, perto da qual já chegou a existir, por pouco mais de quinze anos, a Rodoviária Júlio Prestes.
Nada a ver com as Disneylândias suburbanas que a intelectualidade "bacana" narrava sobre a bregalização cultural, falácia analisada no meu livro Esses Intelectuais Pertinentes..., de urgente leitura.
A agonia dos sem-teto, a vulnerabilidade das casas nas favelas, a perda de direitos trabalhistas, isso tudo não aparece no "funk", não aparece no choroso brega à moda antiga, não aparece na axé-music.
Quando aparecem menções próximas disso, são de forma tendenciosa ou, quando muito, solipsista, como a violência policial nos "bailes funk".
Mas nada que faça funqueiros, axézeiros e ídolos cafonas virarem cantores de protesto, como a intelligentzia "mais legal do Brasil" tentou nos fazer crer.
E o que dizer da "liberdade" de pessoas no Instagram, que falam de "como é bom" tatuar o corpo inteiro, encher a cara de birita, se drogar, ostentar o corpo sem contexto nem necessidade etc?
É "liberdade" ter o corpo todo tatuado, sobretudo as mulheres que admitem serem tocadas nessas condições, num ato que lembra mais o gado sendo marcado a ferro?
É "ser gente normal" ficar passando a noite se embriagando feito um infeliz?
É ser "autêntico" ser tatuado, bebum e ter outras morbidezes achando que isso faria a pessoa "mais humana"?
Não, evidentemente. Por mais que tenhamos risco de cometer erros, não vamos nos rebaixar a tais humilhações.
Dá pena ver Cléo Pires e Demi Lovato agora fazendo o papel de personagens "autênticas", dentro dessa "liberdade" que mais parece o "Evangelho segundo Otávio Frias Filho" no Brasil ou o "Novo Testamento de Elon Musk".
As duas eram mais autênticas quando não eram tatuadas nem dramaticamente apelativas. Dava gosto ver Cléo Pires em 2008 e 2009. Demi Lovato era mais legal no começo de carreira e fazia rock simpático, diferente do pop comercial padrão Max Martin que anda fazendo ultimamente.
No Brasil, então, não há como falar em "liberdade" com Jair Bolsonaro no poder. E vamos combinar que encher a cara de cerveja é igual se entupir de cloroquina. São dois caminhos mais ou menos rápidos para um mesmo destino, o túmulo.
Deixemos de tanta ilusão e vamos assumir a situação dramática e frágil que vive nosso país.
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