LULA JÁ CONFIRMA QUE SEU ATUAL MANDATO É O PIOR DOS TRÊS.
Traumatizados pela Operação Lava Jato, os lulistas não admitem críticas ao presidente Lula. Boicotam textos que fazem questionamentos sérios, e qualquer crítica, mesmo construtiva, é creditada como "ataque". Para os lulistas, o presidente é uma figura "iluminada" e "especial" de tal forma que, mesmo errando feio, "sempre acerta" em seus atos e decisões.
Sem autocrítica, Lula é uma pessoa impulsiva. É o tipo de indivíduo que primeiro decide para depois medir as consequências. Parece não ouvir conselhos, não medir condições. Lula nem devia ter concorrido à Presidência da República, pois, se é para viajar tanto, ele que se aposentasse e vivesse só de palestras e turismo.
Os primeiros meses de Lula já são vexaminosos, como vexaminosa foi sua campanha presidencial, na qual apostou na tese ridícula da "democracia de um candidato só". Até quem não vai com a cara de Ciro Gomes, se tiver um pingo de sensatez, reconhecerá que foi Lula que em sua campanha agrediu o pedetista, e não o contrário.
Querendo vencer na marra, Lula foi, por ironia, o "Fernando Collor" da vez. Até a atitude, antes inimaginável, de Lula faltar a debates presidenciais, foi feita, arrumando um comício de campanha de propósito para o mesmo horário do evento televisivo. Seu desprezo com a gravidade da situação do Brasil também chamou a atenção, quando Lula promoveu um clima de festa.
A reconstrução do Brasil até agora nem começou, mas Lula se comporta como se ela já foi concluída. Oficialmente, não se esclarece se o Brasil já está reconstruído ou se ainda vai começar a se reconstruir. Mas a obsessão de Lula em priorizar viagens internacionais, enquanto seus "atos" como governante se limitam a promessas, propostas e opiniões, já indica que o atual mandato é o pior de todos os três.
Lula fez uma campanha horrível para ganhar nas urnas. Não teve programa de governo. Lula ainda falou, para uma correspondente da Time em São Paulo: "Em vez de perguntarem o que vou fazer, perguntem o que eu fiz".
Com isto e tantas atitudes, como a prioridade na política externa em detrimento até mesmo do combate à fome - causa que fez Lula, em prantos, pedir para que os brasileiros votassem nele - , fazem com que os opositores de Lula, antes deploráveis em posturas solidárias ao lavajatismo, por exemplo, acabem tendo, acidentalmente, razão em seus depoimentos. Vejamos as seguintes frases:
MERVAL PEREIRA: "O presidente Lula é ingênuo ou megalomaníaco? Na revista inglesa The Economist, e em diversas abordagens dos jornais dos Estados Unidos, a possibilidade de o presidente brasileiro ser ingênuo tentando ter influência nos "grandes temas políticos em que tem pouca ou nenhuma" é a mais aventada. Essa obsessão de Lula de se tornar um líder internacional em resolver as questões internas do país que governa é antiga, talvez convencido pelo então presidente (dos EUA) Barack Obama, que o classificou como "o cara" numa reunião internacional".
KIM KATAGUIRI: "Enquanto Haddad quer criar "Digital Tax" – imposto – pro mais pobre, Janja faz suas compras em lojas de luxo na Europa. E ainda tem quem diga que Lula é o pai dos pobres".
Se pessoas consideradas sem credibilidade entre as forças progressistas acabam tendo razão em seus pontos de vista, a situação de Lula então está muito feia. Lula fala mal de Bolsonaro, das joias de Michelle Bolsonaro, mas Lula mandou comprar novos móveis no valor total de R$ 196 mil e sua Janja foi comprar roupas numa loja de grife na viagem recente de Lisboa.
Desde ontem Lula segue sua estadia na Península Ibérica, visitando Portugal e Espanha. É mais uma etapa de seu grande turismo político, que é um grande desvio de foco da necessidade de reconstruir o Brasil. E isso desgasta o presidente, que falou demais sobre assuntos políticos e econômicos relativos a Ucrânia e China.
Uma declaração do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, é de um surpreendente realismo, e só temos que concordar com ele, diante das críticas ao atual governo Lula, do qual o governante paulista até se dispôs, com boa vontade, a estabelecer uma relação de diálogo e parceria política. Infelizmente, Tarcísio não consegue ver alguma iniciativa relevante do presidente do Brasil.
Eis o que Tarcísio disse, sobre Lula:
"Observe que estamos diante de uma grande oportunidade, uma nova divisão de cadeias globais de produção, mas o governo não conseguiu mostrar como vai buscar o desenvolvimento, como vai buscar a redução da desigualdade, o crescimento econômico, a redução da inflação.
Lula e seus aliados não tinham um plano para o Brasil e não mostraram ainda a que vieram. Vimos a reedição de programas antigos e outros que foram repaginados. Só que o cenário hoje é totalmente diferente. O que a gente quer ver ainda não foi mostrado".
Tarcísio de Freitas acrescentou que Lula vive no passado, e isso também é confirmado pelos fatos. Lula parece perseguir o prestígio conquistado nos mandatos anteriores e, como naquela ideia que descrevi, "deitar na cama depois de criar fama", o presidente do Brasil deixou-se perder no rumo, e hoje vemos um chefe do Executivo federal completamente desnorteado. Claro, sobrou carisma em excesso, mas faltou o roteiro de trabalho, o indispensável programa de governo que Lula dispensou.
E, vendo isso, ficamos perguntando: é proibido fazer críticas ao presidente Lula? Ou, quando muito, deve-se comportar como os sonhadores Breno Altman e Valter Pomar, ainda fantasiando com um Lula das antigas lutas sindicais que desapareceu para sempre e não volta mais? Esqueceram eles que Lula, hoje, atua como um grande pelego, agindo como se fosse a mascote dos ricaços da Faria Lima?
Será que fazer críticas construtivas a Lula é "atacar"? Será que defender o Brasil e reprovar os erros de Lula em não escolher as prioridades corretas é "agredir"? Não. Lula não é um intocável que pode fazer o que quiser que estará sempre com a razão. Nada disso. Se Lula erra, ele tem que ser criticado pelos seus erros. Ninguém vira lavajatista nem bolsomínion por rejeitar a ideia de Lula trocar o combate à pobreza pelas viagens ao exterior.
Paciência. Lula merece ser duramente criticado, quando realmente erra. Se não são os erros fictícios descritos pela Operação Lava Jato, são, todavia, os erros reais como presidente da República, perdido pelo fato de não ter um programa de governo e ficar pouco preocupado com a reconstrução do Brasil, até porque, pelo jeito, para Lula e, principalmente, para sua Janja, o Brasil é uma festa.
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