Como assim? Você não sabe o que é valentonismo nem cibervalentonismo?
Você anda consumindo a grande mídia, sua linguagem, suas crenças e seus pensamentos na verdade foram introduzidos, nas últimas décadas, por uma meia-dúzia de executivos, publicitários, celebridades e subcelebridades, pastores e "médiuns", craques de futebol etc. Você tornou-se marionete de um "Illuminati à brasileira" e você nem percebeu.
Ah, você é daqueles que "só viam Netflix desde os anos 80"? Ah, tá. Depois a gente fala nisso.
Valentonismo é o termo que proponho para substituir bullying, no esforço de ei tentar frear o avanço do portinglês, essa mania de criar "dialetos" em inglês na nossa língua, numa clara demonstração de viralatismo cultural enrustido.
E vale lembrar que o tal bullying não é uma invenção dos EUA dos anos 1990, pois até então humilhar colegas mais "frágeis" e "estranhos", seja nas escolas, seja na Internet, era conhecido no Brasil como uma "brincadeira saudável de amigos", por mais violenta e até mortal que fossem tais agressões.
Mas "valentonismo " não pega poque não sou Luciano Huck para fazer gírias privadas pegarem no grande público, como a tal gíria "balada", na verdade um jargão de jovens riquinhos da Faria Lima para denominar festas noturnas onde se consumiam muitos alucinógenos (as tais "balas"). E o mais assustador é que essa gíria, patenteada pela Jovem Pan, acabou pegando até onde não deveria pegar, como roqueiros, crianças e até religiosos. A gíria "balada", que é linguagem de direita, no entanto às vezes "pinga" no Diário do Centro do Mundo, veículo da mídia de esquerda.
Aliás, nessa época em que o valentonismo virou crime, a gíria "balada" serviu de tema para uma série de ataques que sofri em 2007, por internautas reacionários escondidos na comunidade Eu Odeio Acordar Cedo do Orkut (portal digital que já mostrava os tais "Tribunais de Internet"). A gíria "balada", no sentido de "agitos noturnos", era a única coisa que essa patota reaça - embora, em parte, pseudoesquerdista - tinha como "moderno", já que são gente bastante retrógrada.
O governo Lula, num dos poucos acertos desse governo bastante fraco, sancionou a Lei 14.811, de 2024, que foi originada do projeto de lei número PL 4.224/2021, de autoria do deputado Osmar Terra (MDB-RS) e relatado no Senado em dezembro pelo senador Dr. Hiran (PP-RR). A nova lei também transforma em crimes hediondos vários atos cometidos contra crianças e adolescentes, como a pornografia infantil, o sequestro e o estímulo à automutilação.
Ainda vou ler o texto para saber se há caso de criminalizar como formação de quadrilha a atuação do valentonismo em grupo, como nos "Tribunais de Internet", que no Rio de Janeiro já tinha um roteiro bastante específico:
1) Um agressor que não tolera uma discordância manifesta por alguém invade algum espaço de mensagens (página de recados, petições digitais etc) para simular, junto a outros convidados (que geralmente integram a comunidade virtual em que o agressor participa de forma ativa), um chat, ironizando a discordância;
2) O tom é inicialmente jocoso, mas aos poucos o teor se torna mais agressivo e ameaçador, intimidando a vítima até ela ter que recuar de alguma forma;
3) O agressor cria um blogue ou fotologue destinado a ofender pessoalmente a vítima, se valendo da reprodução não autorizada do acervo particular do agredido, usado para fins de "assassinato de reputação".
A punição prevista para o valentonismo e o cibervalentonismo é de multa para casos mais leves. Para casos mais extremos, o crime pode se equiparar ao nível de crimes hediondos, sem direito a fiança e de dois a quatro anos de reclusão.
Vamos ver como isso vai refletir na sociedade.
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