O EX-PRESIDENTE LULA CHEGANDO A CURITIBA ACOMPANHADO DE MILITANTES DO PT LOCAIS. ATRÁS DELE, A SENADORA PARANAENSE GLEISI HOFFMANN.
O tão temido clima de tensão não veio, com a presença do ex-presidente Luís Inácio Lula da Silva em Curitiba, para depoimento na Operação Lava Jato ao juiz Sérgio Moro.
A sede da Justiça Federal contou com forte esquema policial, que os extremistas de direita interpretaram de maneira distorcida.
Eles tentavam nos fazer acreditar que a segurança seriam tropas que prenderiam Lula e reprimiriam e também prenderiam manifestantes solidários ao ex-presidente.
O que ocorreu no dia foi mais pacífico do que se imagina.
Por ironia, as manifestações pró-Lula tiveram destaque, como um time vencendo um jogo no campo adversário, pois sabe-se que Curitiba se tornou um reduto da sociedade ultraconservadora.
O depoimento teve uma última tentativa de suspensão, movida pelos advogados de defesa de Lula. O ministro Félix Fisher, do Superior Tribunal de Justiça, negou o pedido e manteve o depoimento.
Lula chegou a Curitiba e foi recebido por militantes e políticos do PT, entre eles personalidades locais como a senadora Gleisi Hoffmann.
Os advogados de defesa não conseguiram também a permissão de gravarem o depoimento.
O depoimento de Lula na Operação Lava Jato teve uma peculiaridade.
Apesar da proibição dos celulares e do aparente sigilo dos preparativos para o depoimento, informações prévias diversas teriam vazado para a grande imprensa amiga dos plutocratas.
A Globo News foi o mais típico exemplo desse processo feito às escondidas.
Ela "antecipou" informações e praticou seu "jornalismo de guerra", enfatizando demais a presença da polícia em Curitiba.
É uma jogada psicológica para intimidar a população.
A grande mídia está mais parcial e manipuladora do que nunca.
É certo que o Jornal Nacional é considerado (de)formador da opinião pública, mas a Globo News já surge como alimentadora dessa histeria reacionária.
No depoimento, Lula desmentiu que estivesse interessado pela aquisição do edifício triplex Solaris, no Guarujá.
Ele teria desistido da compra logo na primeira vez que visitou o apartamento.
Lula respondeu que ele só foi avisado pela mulher, Marisa Letícia, já falecida, que ela teria feito uma segunda visita ao apartamento, duas semanas depois.
O ex-presidente também negou que tenha mandado destruir provas de supostas propinas destinadas ao Partido dos Trabalhadores, acusação feita pelo ex-sócio da empreiteira OAS, Léo Pinheiro.
Lula negou ter conhecimento dos esquemas de corrupção feitos por ex-diretores e ex-gerentes da Petrobras, como Nestor Cerveró e Renato Duque.
O interrogatório começou às 14h10 e terminou às 19h10.
A Justiça disponibilizou os vídeos do depoimento. Devem "pipocar" na Internet.
Na ocasião, Sérgio Moro declarou "não ter desavenças pessoais" com Lula.
Lula, por sua vez, disse ao juiz que o julgue com base em provas e não em notícias.
O ex-presidente também reclamou da campanha da grande mídia contra ele e reclamou dos vazamentos das informações na grande imprensa.
Terminado o evento, constata-se algumas coisas.
Os atos pró-Sérgio Moro tiveram baixa adesão, de cerca de 50 pessoas.
As manifestações pró-Lula foram maiores e foram subestimadas pela grande imprensa hostil ao ex-presidente.
O "duelo" esperado não passou de papo furado e tudo que ocorreu foi apenas um depoimento.
Mas isso pode refletir nos próximos meses, até o final de 2018.
Pela vontade da grande mídia, Lula será, pelo menos, desmoralizado a ponto de não poder mais concorrer à Presidência da República nas campanhas eleitorais de 2018.
O cenário sombrio do governo temeroso continua em andamento e não há perspectivas boas num país em que as elites impõem seus interesses na marra.
Os efeitos do depoimento de Lula só devem ser notados nos próximos dias. O jeito é ver como isso se dará. O momento não é de otimismo para as forças progressistas, mas de muita cautela.
O tão temido clima de tensão não veio, com a presença do ex-presidente Luís Inácio Lula da Silva em Curitiba, para depoimento na Operação Lava Jato ao juiz Sérgio Moro.
A sede da Justiça Federal contou com forte esquema policial, que os extremistas de direita interpretaram de maneira distorcida.
Eles tentavam nos fazer acreditar que a segurança seriam tropas que prenderiam Lula e reprimiriam e também prenderiam manifestantes solidários ao ex-presidente.
O que ocorreu no dia foi mais pacífico do que se imagina.
Por ironia, as manifestações pró-Lula tiveram destaque, como um time vencendo um jogo no campo adversário, pois sabe-se que Curitiba se tornou um reduto da sociedade ultraconservadora.
O depoimento teve uma última tentativa de suspensão, movida pelos advogados de defesa de Lula. O ministro Félix Fisher, do Superior Tribunal de Justiça, negou o pedido e manteve o depoimento.
Lula chegou a Curitiba e foi recebido por militantes e políticos do PT, entre eles personalidades locais como a senadora Gleisi Hoffmann.
Os advogados de defesa não conseguiram também a permissão de gravarem o depoimento.
O depoimento de Lula na Operação Lava Jato teve uma peculiaridade.
Apesar da proibição dos celulares e do aparente sigilo dos preparativos para o depoimento, informações prévias diversas teriam vazado para a grande imprensa amiga dos plutocratas.
A Globo News foi o mais típico exemplo desse processo feito às escondidas.
Ela "antecipou" informações e praticou seu "jornalismo de guerra", enfatizando demais a presença da polícia em Curitiba.
É uma jogada psicológica para intimidar a população.
A grande mídia está mais parcial e manipuladora do que nunca.
É certo que o Jornal Nacional é considerado (de)formador da opinião pública, mas a Globo News já surge como alimentadora dessa histeria reacionária.
No depoimento, Lula desmentiu que estivesse interessado pela aquisição do edifício triplex Solaris, no Guarujá.
Ele teria desistido da compra logo na primeira vez que visitou o apartamento.
Lula respondeu que ele só foi avisado pela mulher, Marisa Letícia, já falecida, que ela teria feito uma segunda visita ao apartamento, duas semanas depois.
O ex-presidente também negou que tenha mandado destruir provas de supostas propinas destinadas ao Partido dos Trabalhadores, acusação feita pelo ex-sócio da empreiteira OAS, Léo Pinheiro.
Lula negou ter conhecimento dos esquemas de corrupção feitos por ex-diretores e ex-gerentes da Petrobras, como Nestor Cerveró e Renato Duque.
O interrogatório começou às 14h10 e terminou às 19h10.
A Justiça disponibilizou os vídeos do depoimento. Devem "pipocar" na Internet.
Na ocasião, Sérgio Moro declarou "não ter desavenças pessoais" com Lula.
Lula, por sua vez, disse ao juiz que o julgue com base em provas e não em notícias.
O ex-presidente também reclamou da campanha da grande mídia contra ele e reclamou dos vazamentos das informações na grande imprensa.
Terminado o evento, constata-se algumas coisas.
Os atos pró-Sérgio Moro tiveram baixa adesão, de cerca de 50 pessoas.
As manifestações pró-Lula foram maiores e foram subestimadas pela grande imprensa hostil ao ex-presidente.
O "duelo" esperado não passou de papo furado e tudo que ocorreu foi apenas um depoimento.
Mas isso pode refletir nos próximos meses, até o final de 2018.
Pela vontade da grande mídia, Lula será, pelo menos, desmoralizado a ponto de não poder mais concorrer à Presidência da República nas campanhas eleitorais de 2018.
O cenário sombrio do governo temeroso continua em andamento e não há perspectivas boas num país em que as elites impõem seus interesses na marra.
Os efeitos do depoimento de Lula só devem ser notados nos próximos dias. O jeito é ver como isso se dará. O momento não é de otimismo para as forças progressistas, mas de muita cautela.
Comentários
Postar um comentário