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A PRESSÃO PARA NÃO TER LULA NA CAMPANHA DE 2018


Lula, o mais popular presidente da República brasileira, sofre a pressão da Operação Lava Jato para ser banido da corrida presidencial de 2018.

Tendo uma condenação, sendo réu em seis processos penais e denunciado em dois, o ex-presidente ainda tem mais problemas.

Ele mesmo é alvo de seis novas apurações por crimes de corrupção, lavagem de dinheiro, tráfico de influência e obstrução a investigações.

Seu braço-direito José Dirceu, ex-ministro-chefe da Casa Civil do primeiro governo Lula, teve a condenação penal aumentada para 30 anos, nove meses e 10 dias, por corrupção passiva, lavagem de dinheiro e organização criminosa.

A decisão foi dada pelo mesmo TRF-4, o Tribunal Regional Federal da 4.ª Região de Porto Alegre, que avalia a sentença de condenação dada por Sérgio Moro a Lula.

Se o TRF-4 confirmar a sentença de Moro, Lula poderá se tornar inelegível.

Tudo isso é tendencioso, feito na base de declarações não devidamente investigadas, e visa enfraquecer o PT até ele se tornar mais debilitado que muitos partidos políticos nanicos.

Políticos progressistas não podem ter vez no Brasil, pois a sociedade dominante só admite políticos liberais, que não avançam muito em propostas sociais.

E o ingrediente extra contra Lula é o pedido de rompimento de Antônio Palocci, seu ex-ministro da Fazenda, com o PT.

A carta de rompimento traz ataques a Lula e Palocci afirma que suas denúncias "são verdadeiras".

Palocci fez a diversão da mídia hegemônica e reacionária, que explora o fato dele ter sido um forte aliado de Lula.

A mídia reaça se delicia ao ver um antigo petista denunciar o seu amigo.

A pressão contra Lula é forte, apesar do ex-presidente ser favorito nas pesquisas e, durante sua turnê no Nordeste, ter sido bem recebido pelo povo.

O que se vê é o uso dos mais decisivos recursos, não necessariamente lícitos, para banir a candidatura do petista em 2018.

Lamentavelmente, o que se vê é o protagonismo das elites novamente retomado, e o máximo que se pode esperar de "progressista" é um liberal conciliador.

Um liberal que, todavia, manterá as "conquistas" do governo Michel Temer, como as tais "reformas".

Esse liberal talvez seja um "Collor" ou "Aécio" passados a limpo. Ou um "Dória Jr." com um pouco mais de know how.

Os tempos serão sombrios, mas parecerão breves arremedos de prosperidade.

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