Quando fui a algumas agências da Caixa, em Niterói, ontem à tarde, notei que os envelopes para poupança em dinheiro haviam sumido.
Isso significa que muita gente usou tais envelopes para fazer depósitos, pagando contas, mas sobretudo alimentando sua poupança.
Aparentemente, isso pode ser positivo.
Pessoas fazendo poupança, porque têm dinheiro e estão esperançosas com o rendimento.
Só que não é bem assim que acontece.
Com uma observação mais cautelosa, o que se nota é que as pessoas, na verdade, estão abastecendo suas poupanças para se prevenirem da crise dos dias atuais.
É um blefe o que a grande imprensa fala sobre o fim da recessão. A recessão acabou... de começar.
É só ver que, de vez em quando, surge um texto desmentindo esse otimismo.
As filas de desempregados, que a mídia hegemônica define como "busca de emprego", são mais um reflexo da grave crise do que uma amostra da prosperidade que se supõe ter voltado.
E as pessoas estão depositando dinheiro na poupança da mesma forma como abastecem a despensa das casas de alimentos na véspera de uma tempestade de inverno.
Não se fazem mais depósitos na boca de caixa com valores inferiores a R$ 1.000.
Diante de um cenário político e econômico vulnerável, as pessoas estão se prevenindo.
O fim da recessão é uma lorota difundida pela grande imprensa que recebe generosas gorjetas de Michel Temer para apoiar o seu desastroso governo.
As pessoas sentem no bolso aquilo que os telejornais omitem.
Paciência, as grandes redes de televisão, as revistas e jornais de maior circulação são controladas por empresários riquíssimos.
Os irmãos Marinho estão entre os dez mais ricos do Brasil, segundo a Forbes.
E eles ainda recebem mais dinheiro do mesmo governo Temer que congelou as verbas públicas.
Daí a propaganda que fazem travestida de "jornalismo imparcial".
E que não consegue convencer, diante da crise que é sentida pelos brasileiros na vida cotidiana.
A realidade é dura, fora das sonhadoras telas de televisão.
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