JAIR BOLSONARO REVOLTA NAÇÃO EM CARAVANA DE MOTOQUEIROS. VENTO DERRUBA ESTÁTUA DA HAVAN. BOLSONARISMO ESTÁ CAINDO?
O Rio de Janeiro, terra que sucumbiu ao pragmatismo que está arruinando a sua região metropolitana, virou palco de uma manifestação de apoio a Jair Bolsonaro.
Numa região em que o cidadão, carioca típico, não pede mais prato específico para o almoço, se limitando a pedir "arroz, feijão, qualquer carne e alguma salada" porque "o que matar a fome tá bom demais", Bolsonaro foi, ontem, passear pela ex-Cidade Maravilhosa ao lado de motoqueiros.
Estavam sem máscara e desafiando as regras de restrição à pandemia. Houve aglomeração entre os bolsonaristas. Bolsonaro até ironizou, dizendo que "está dando mau exemplo".
O passeio é similar ao que foi feito duas semanas antes, em Brasília. No Rio, o grupo passeou de moto da Barra da Tijuca até o Aterro do Flamengo.
O cinismo de Bolsonaro revoltou a nação que, da esquerda à direita, se articulou um projeto chamado Movimento Vidas Brasileiras, que pede o impeachment do presidente. Eu já contribui para o abaixo-assinado.
No próximo dia 29 de maio, haverá manifestações em várias partes do país pedindo impeachment de Bolsonaro, coisa que, segundo a gíria baiana, "era para ontem".
Enquanto isso, um ciclone extra-tropical que passou pelo Rio Grande do Sul derrubou a "estátua da Liberdade" de uma filial da rede de lojas Havan na cidade de Capão da Canoa.
Foi uma mera coincidência, mas o fenômeno da natureza deu um recado simbólico aos tempos bolsonaristas, já que o dono da Havan, o "véio" Luciano Hang, é apoiador de Bolsonaro.
A estátua caiu e o ferro que sustentava a estátua foi exposto como se tivesse degolado a estátua, que representa um patriotismo esquizofrênico dos bolsomínions, que esfregam a bandeira brasileira em seus corpos como se fosse toalha de banho, mas ficam exaltando os EUA.
Dizem que o bolsonarismo está decaindo. Será mesmo?
Jair Bolsonaro não parece intimidado nem apreensivo. O risco dele fazer um golpe é muito grande. O Brasil está numa situação imprevisível.
É controversa a união que se faz entre vários setores da sociedade, visando derrubar Bolsonaro.
Se está "furando a bolha" da maneira mais aleatória possível. É como alguém que tem um grande calo no pé que o incomoda tanto que ele quer furá-lo, pouco se preocupando com os riscos de infecção.
Só que o desespero em querer derrubar Bolsonaro é proporcional ao desespero em querer elegê-lo presidente, há três anos.
E foi preciso ele manter-se indiferente e até sádico com os efeitos da pandemia da Covid-19 para que o Brasil desejasse o fim de seu mandato.
E agora vemos a direita moderada, aparentemente, apoiando Lula. A propósito, Lula virou candidato da "terceira via"?
Vamos aguardar novos episódios.
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