Um laudo médico divulgado pela Prefeitura de Santo André, ontem, apontou que o neto do ex-presidente Lula, o menino Arthur Lula da Silva, não morreu de meningite meningocócica, conforme dados oficialmente divulgados no dia do óbito, 01 de março passado.
A criança, que tinha sete anos, faleceu por infecção bacteriana, da espécie Staphylococcus aureus, que causa uma forte infecção na pele, que contaminou a corrente sanguínea.
Eu desconfio que tenha sido uma infecção hospitalar que causou a tragédia.
O menino havia entrado no Hospital Bartira às 7h14 do primeiro dia de março, apresentando sintomas de cefaleia, febre, mialgia, exantema, cianose, náuseas e dores abdominais.
No meio-dia, o menino, residente em São Bernardo do Campo, morreu, depois do quadro se agravar para o estado de convulsão mental.
O laudo feito pelo Instituto Adolfo Lutz descartou as seguintes hipóteses de meningite, meningite meningocócica e meningococcemia.
Apesar da notificação daquele dia apontar meningite meningocócica, exame realizado no mesmo dia do óbito apontou resultado negativo para a bactéria relacionada à doença.
Mas a divulgação da antiga causa mortis, mesmo sendo informação falsa, causou pânico entre os moradores de Santo André.
Moradores se apressaram para procurar vacinas contra a doença, criando uma paranoia por causa da informação que havia sido divulgada na época.
Diante disso, o Sistema Único de Saúde passou a ser alvo de críticas devido à falta de quantidade suficiente de vacinas para combater a doença.
O deputado federal do PT paulista, o também médico Alexandre Padilha, cobra do Hospital Bartira, da rede D'Or, esclarecimentos sobre o que levou a divulgar o diagnóstico errado.
Diante desse incidente, tanto o Hospital Bartira, os familiares do menino e a assessoria do deputado não deram mais declarações, até ontem.
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