MC KEVINHO NA APRESENTAÇÃO DO LOLLAPALOOZA CHILE.
As gerações mais recentes, geralmente de até 40, 41 anos, não sabe a diferença do que é comercial e do que não é.
Os chamados millenials, sobretudo, são hipermidiatizados e hipermercantilizados, ou seja, têm uma formação cultural fundamentada no poder midiático e mercadológico que consomem.
São tão mercantilizados e midiatizados que acham tudo natural como se fosse o ar que respiram.
Uns se sentem ofendidos quando se fala, por exemplo, que a gíria "balada" é um jargão da mídia venal (mais especificamente da "franquia" Luciano Huck-Rede Globo-Jovem Pan).
Acham que tudo o que eles consomem é "natural" e até os chicletes de bola nascem em árvore.
Não conseguem perceber que as músicas que ouvem são predominantemente comerciais.
Numa época de saudosismo artificial dos anos 90, em que breguices como É O Tchan, Grupo Molejo e Chitãozinho & Xororó gravando "Evidências" são tidos como cult, fica complicado dizer para a patota de hoje o que é realmente não-comercial.
Vem o funqueiro MC Kevinho fazer sucesso num evento, em tese, "alternativo", o Lollapalooza Chile, e causa um grande burburinho no público brasileiro.
Vai o deputado Zeca Dirceu usar o Bonde do Tigrão para crtiticar o ministro bolsonarista Paulo Guedes, e causa um grande burburinho também.
Na boa, e eu, que, vindo da Estreito (subúrbio no padrão estadunidense, ou seja, bairro de classe média) em Florianópolis, ouvindo música melhor que a turma do Jurerê Internacional!
E isso com uma experiência insólita.
Esta semana, conheci o "Daft Punk" dos anos 1950 e o "Led Zeppelin" dos anos 2010.
No primeiro caso, Tom Dissevelt e Kid Bartan, que faziam música eletrônica com sintetizadores em 1957 e 1958. Sério!! Está disponível no YouTube aqui e aqui.
No segundo caso, a banda Greta Van Fleet.
Como explicar Tom Dissevelt e Kid Baltan fazendo música eletrônica em 1957 para o pessoal que conhece música eletrônica através de Tiesto, Alok e outros DJs de pendraive?
Embora contemporâneo, também é complicado explicar o Greta Van Fleet para a patota que, pelo menos no eixo Rio-São Paulo, só ouve hit-parade roqueiro.
Afinal, não se faz um Greta Van Fleet ouvindo só "músicas de trabalho" que reduzem bandas seminais como Deep Purple e AC/DC a humilhantes one-hit wonders.
Parece muita má vontade da parte de pessoas como os "curtidores de música" no Brasil, que não sabem o que é ouvir música.
Para elas, música só serve para trilha sonora para outras atividades, de lavar carro a consulta o WhatsApp.
Daí a receptividade fácil ao ultracomercialismo de Anitta, Kevinho, Jojo Toddynho, Luan Santana e, do exterior, o pop britânico-estadunidense de sempre e seus genéricos da Coreia do Sul e do Japão.
É uma "música" que só serve de assessório, porque quase sempre seus "artistas" são subcelebridades que vivem mais de factoides do que de música.
São factoides, coreografia, espetáculo, escândalos. Música, que é bom, fica em segundo plano.
Chegamos a esse tempo, depois de tantas descobertas da música no Século XX. Os millenials estão surdos?
As gerações mais recentes, geralmente de até 40, 41 anos, não sabe a diferença do que é comercial e do que não é.
Os chamados millenials, sobretudo, são hipermidiatizados e hipermercantilizados, ou seja, têm uma formação cultural fundamentada no poder midiático e mercadológico que consomem.
São tão mercantilizados e midiatizados que acham tudo natural como se fosse o ar que respiram.
Uns se sentem ofendidos quando se fala, por exemplo, que a gíria "balada" é um jargão da mídia venal (mais especificamente da "franquia" Luciano Huck-Rede Globo-Jovem Pan).
Acham que tudo o que eles consomem é "natural" e até os chicletes de bola nascem em árvore.
Não conseguem perceber que as músicas que ouvem são predominantemente comerciais.
Numa época de saudosismo artificial dos anos 90, em que breguices como É O Tchan, Grupo Molejo e Chitãozinho & Xororó gravando "Evidências" são tidos como cult, fica complicado dizer para a patota de hoje o que é realmente não-comercial.
Vem o funqueiro MC Kevinho fazer sucesso num evento, em tese, "alternativo", o Lollapalooza Chile, e causa um grande burburinho no público brasileiro.
Vai o deputado Zeca Dirceu usar o Bonde do Tigrão para crtiticar o ministro bolsonarista Paulo Guedes, e causa um grande burburinho também.
Na boa, e eu, que, vindo da Estreito (subúrbio no padrão estadunidense, ou seja, bairro de classe média) em Florianópolis, ouvindo música melhor que a turma do Jurerê Internacional!
E isso com uma experiência insólita.
Esta semana, conheci o "Daft Punk" dos anos 1950 e o "Led Zeppelin" dos anos 2010.
No primeiro caso, Tom Dissevelt e Kid Bartan, que faziam música eletrônica com sintetizadores em 1957 e 1958. Sério!! Está disponível no YouTube aqui e aqui.
No segundo caso, a banda Greta Van Fleet.
Como explicar Tom Dissevelt e Kid Baltan fazendo música eletrônica em 1957 para o pessoal que conhece música eletrônica através de Tiesto, Alok e outros DJs de pendraive?
Embora contemporâneo, também é complicado explicar o Greta Van Fleet para a patota que, pelo menos no eixo Rio-São Paulo, só ouve hit-parade roqueiro.
Afinal, não se faz um Greta Van Fleet ouvindo só "músicas de trabalho" que reduzem bandas seminais como Deep Purple e AC/DC a humilhantes one-hit wonders.
Parece muita má vontade da parte de pessoas como os "curtidores de música" no Brasil, que não sabem o que é ouvir música.
Para elas, música só serve para trilha sonora para outras atividades, de lavar carro a consulta o WhatsApp.
Daí a receptividade fácil ao ultracomercialismo de Anitta, Kevinho, Jojo Toddynho, Luan Santana e, do exterior, o pop britânico-estadunidense de sempre e seus genéricos da Coreia do Sul e do Japão.
É uma "música" que só serve de assessório, porque quase sempre seus "artistas" são subcelebridades que vivem mais de factoides do que de música.
São factoides, coreografia, espetáculo, escândalos. Música, que é bom, fica em segundo plano.
Chegamos a esse tempo, depois de tantas descobertas da música no Século XX. Os millenials estão surdos?
Comentários
Postar um comentário