HÁ QUEM ACHE QUE DJ ALOK É "ALTERNATIVO".
Numa época em que existe o "tribunal do umbigo", qualquer coisa é definida conforme duas "avaliações".
Uma é a visibilidade da mídia venal, que propaga coisas que a juventude acha serem naturais como o ar que respiramos, como a gíria "balada", mas que fazem parte da perversa novilíngua da mídia fascista, neste caso trazida pela parceria Jovem Pan / Rede Globo.
Outra é o umbiguismo dos fascistas de mainstream, os jovens que patrulham e agridem quem questionar qualquer coisa que faz sucesso. Até torneio de cuspe à distância.
Numa época em que não se pode criticar um espirro dos grupos vocais de J-Pop e K-Pop, os numerosos conjuntos vocais erroneamente chamados de "bandas" (afinal, ninguém lá toca instrumentos), fica complicado ensinar alguma coisa à moçada.
E não é por eu ser careta, não, apesar dos aloprados de plantão, falsamente nerds, ficarem xingando de "Flávio Cavalcânti" qualquer pessoa que esteja descontente com o establishment do momento.
Para quem não sabe, Flávio Cavalcânti foi um antigo jornalista e apresentador de TV acusado de ser um purista cultural, e que quebrava, no seu programa de TV, discos que ele considerava ruins.
Ele ficou tão visado com isso que virou paradigma do "crítico ranzinza".
Se tudo é sucesso, tudo vira "verdade absoluta", não se pode questionar uma vírgula sem sofrer o risco de sofrer massacre de reputação nas redes sociais.
Pois nós, os supostos "Flávio Cavalcânti", não podemos sequer falar mal de Baleia Azul, boneca Momo ou coisa parecida. Se tudo é sucesso e atrai um grande público, tem que se aceitar calado.
E isso é ruim, porque confunde-se "efeito manada" com "vontade popular" e as pessoas acabam perdendo o discernimento das coisas.
E perdem, ainda que essa perda de discernimento seja uma perda às avessas, como no Efeito Forer, a mania de ver diferença onde não existe.
No Brasil, essa "falta de discernimento às avessas" do Efeito Forer faz com que a locução "estilo Jovem Pan" da Jovem Pan 2 seja "diferente" da locução "estilo Jovem Pan" da 89 FM, só porque uma toca pop dançante e outra hit-parade roqueiro.
Assim como qualquer um pensa que um horóscopo de um jornal é personalizado para cada leitor, tem gente que pensa que um tipo de locutor com a mesma voz e gírias é "diferente" quando toca One Direction e quando toca Metallica.
Diante dessa falta de informação, de discernimento etc, não podemos falar mal de brega-popularesco, porque estamos sendo "preconceituosos". Não podemos falar de "rock farofa" porque somos vistos como "dinossauros decadentes" etc.
Difícil dizer certas verdades, mostrar a luz no fim do túnel, quando a chamada "galera" quer ficar no escuro, acendendo fogueira e fazendo bacanal.
E para esse pessoal, sobretudo os mileniais (millenials), como explicar para essas gerações - nascidas a partir do final dos anos 1980 - sobre o que é vanguarda ou alternativo?
Com a banalização do Lollapalooza, qualquer um pode ser esquisito, arrojado, provocador etc.
A "turma da descolândia" já permitiu até que jovens mais bregalizados reproduzissem o figurino grunge.
O "sertanejo universitário", o "pagode romântico" e o "funk" há muito já copiam o figurino das atrações do Lollapalooza e, lá de fora, do Coachella e do Reading Festival.
E é tanta gente usando piercing, tatuagem e penteados inusitados que isso tudo não é mais alternativo.
Mas se o jovem médio das redes sociais acha que até Villa Mix é festival alternativo, pois este evento "sertanejo" anda imitando o Lollapalooza, e imagina que DJ Alok, MC Kevinho, Jorge & Mateus, Mateus & Kauan, são "vanguarda" ou "alternativo", então a coisa é mais embaixo.
Nós, os "Flávio Cavalcânti mal humorados" que "não aceitamos os sucessos dos outros" é que vemos a cultura regredir sem que fôssemos permitidos agir.
A banalização de tudo faz com que os conceitos de vanguarda e alternativo sejam destruídos, enquanto são usados levianamente pelo "tribunal do umbigo" dos idiotas da Internet.
A esperança é surgirem novas gerações que vão achar as breguices e o ultracomercialismo curtido por seus pais uma grande caretice. Isso é questão de tempo e os idiotas da Internet estarão velhos e cansados para contestar seus filhos e chamá-los de "Flávio Cavalcânti de amanhã".
Numa época em que existe o "tribunal do umbigo", qualquer coisa é definida conforme duas "avaliações".
Uma é a visibilidade da mídia venal, que propaga coisas que a juventude acha serem naturais como o ar que respiramos, como a gíria "balada", mas que fazem parte da perversa novilíngua da mídia fascista, neste caso trazida pela parceria Jovem Pan / Rede Globo.
Outra é o umbiguismo dos fascistas de mainstream, os jovens que patrulham e agridem quem questionar qualquer coisa que faz sucesso. Até torneio de cuspe à distância.
Numa época em que não se pode criticar um espirro dos grupos vocais de J-Pop e K-Pop, os numerosos conjuntos vocais erroneamente chamados de "bandas" (afinal, ninguém lá toca instrumentos), fica complicado ensinar alguma coisa à moçada.
E não é por eu ser careta, não, apesar dos aloprados de plantão, falsamente nerds, ficarem xingando de "Flávio Cavalcânti" qualquer pessoa que esteja descontente com o establishment do momento.
Para quem não sabe, Flávio Cavalcânti foi um antigo jornalista e apresentador de TV acusado de ser um purista cultural, e que quebrava, no seu programa de TV, discos que ele considerava ruins.
Ele ficou tão visado com isso que virou paradigma do "crítico ranzinza".
Se tudo é sucesso, tudo vira "verdade absoluta", não se pode questionar uma vírgula sem sofrer o risco de sofrer massacre de reputação nas redes sociais.
Pois nós, os supostos "Flávio Cavalcânti", não podemos sequer falar mal de Baleia Azul, boneca Momo ou coisa parecida. Se tudo é sucesso e atrai um grande público, tem que se aceitar calado.
E isso é ruim, porque confunde-se "efeito manada" com "vontade popular" e as pessoas acabam perdendo o discernimento das coisas.
E perdem, ainda que essa perda de discernimento seja uma perda às avessas, como no Efeito Forer, a mania de ver diferença onde não existe.
No Brasil, essa "falta de discernimento às avessas" do Efeito Forer faz com que a locução "estilo Jovem Pan" da Jovem Pan 2 seja "diferente" da locução "estilo Jovem Pan" da 89 FM, só porque uma toca pop dançante e outra hit-parade roqueiro.
Assim como qualquer um pensa que um horóscopo de um jornal é personalizado para cada leitor, tem gente que pensa que um tipo de locutor com a mesma voz e gírias é "diferente" quando toca One Direction e quando toca Metallica.
Diante dessa falta de informação, de discernimento etc, não podemos falar mal de brega-popularesco, porque estamos sendo "preconceituosos". Não podemos falar de "rock farofa" porque somos vistos como "dinossauros decadentes" etc.
Difícil dizer certas verdades, mostrar a luz no fim do túnel, quando a chamada "galera" quer ficar no escuro, acendendo fogueira e fazendo bacanal.
E para esse pessoal, sobretudo os mileniais (millenials), como explicar para essas gerações - nascidas a partir do final dos anos 1980 - sobre o que é vanguarda ou alternativo?
Com a banalização do Lollapalooza, qualquer um pode ser esquisito, arrojado, provocador etc.
A "turma da descolândia" já permitiu até que jovens mais bregalizados reproduzissem o figurino grunge.
O "sertanejo universitário", o "pagode romântico" e o "funk" há muito já copiam o figurino das atrações do Lollapalooza e, lá de fora, do Coachella e do Reading Festival.
E é tanta gente usando piercing, tatuagem e penteados inusitados que isso tudo não é mais alternativo.
Mas se o jovem médio das redes sociais acha que até Villa Mix é festival alternativo, pois este evento "sertanejo" anda imitando o Lollapalooza, e imagina que DJ Alok, MC Kevinho, Jorge & Mateus, Mateus & Kauan, são "vanguarda" ou "alternativo", então a coisa é mais embaixo.
Nós, os "Flávio Cavalcânti mal humorados" que "não aceitamos os sucessos dos outros" é que vemos a cultura regredir sem que fôssemos permitidos agir.
A banalização de tudo faz com que os conceitos de vanguarda e alternativo sejam destruídos, enquanto são usados levianamente pelo "tribunal do umbigo" dos idiotas da Internet.
A esperança é surgirem novas gerações que vão achar as breguices e o ultracomercialismo curtido por seus pais uma grande caretice. Isso é questão de tempo e os idiotas da Internet estarão velhos e cansados para contestar seus filhos e chamá-los de "Flávio Cavalcânti de amanhã".
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