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NEM TEMOS CAMPANHA ELEITORAL E JÁ TEM MÚSICA RUIM PARA A FESTA DA POSSE DE LULA

VALESCA POPOZUDA ENCONTRANDO LULA - O "funk" cortejando as esquerdas em nome de uma grana generosa da Lei Rouanet.

A campanha presidencial nem começou, pois faltam 11 meses para ela começar, e as esquerdas infantilizadas, no clima de "já ganhou", já começam a planejar a festa de posse de Lula.

E começam mal: três nomes programados para a festa são dos piores escalões da música brega-popularesca: o cantor Pabblo Vittar e as funqueiras Tati Quebra-Barraco, one hit wonder, e Valesca Popozuda.

No caso de Pabblo Vittar, o cantor andrógino testou a complacência e o coração mole das esquerdas médias quando divulgou, nas redes sociais, seu interesse em se apresentar na posse de Lula. 

Como resposta, recebeu do próprio PT dois emoticons, uma carinha de alguém apaixonado e um coração.

Em primeiro lugar, há uma grande precipitação para esta festa.

Lula não está com a campanha ganha e Jair Bolsonaro, embora tenha sido internado por causa de um mal-estar, ainda não está derrotado.

Ele decai, perde apoio, mas até agora o presidente extremo-direitista não se sentiu derrotado.

Aparentemente, a saúde dele, de início, se fragilizou, mas até se Jair Bolsonaro morrer, devemos tomar muita cautela.

Afinal, neste caso Jair seria considerado um mártir pelos seus apoiadores, haveria comoção nacional e o perigo é de um de seus filhos, Eduardo Bolsonaro, se lançar como herdeiro político do pai.

Eduardo não é brincalhão como seu genitor e poderá se tornar um tirano dos piores.

Em segundo lugar, ainda não é momento para bolarmos uma festa que não temos certeza que ocorrerá ou não.

Recentemente, Jair ameaçou cancelar as eleições presidenciais. Ele sinalizou que só entrega a faixa presidencial para um candidato que ele achasse "honesto", ou seja, alguém da chamada "terceira via", fora do que os reacionários denominam pejorativamente de "lulopetismo".

Para Jair, se Lula ganhar, será "por fraude". Esta ideia é uma bravata mentirosa, mas Lula, infelizmente, também tem uma parcela de opositores ferrenhos.

As esquerdas infantilizadas, identitaristas, duplamente engajadas entre a fé e o "baseado", acham que Lula já ganhou as eleições e já pensam na posse dele como certa.

Fico preocupado com esse otimismo exagerado, que chega aos níveis da arrogância, com as esquerdas ridicularizando a "terceira via" de forma burra, como se todo rival de Lula fosse alguém estúpido.

Não é assim que se joga o xadrez político.

Os adeptos de Lula acabam se nivelando a Ciro Gomes, pelo esnobismo e pelos ataques moleques aos adversários.

Houve, nas redes sociais, um seguidor de Lula que até ridicularizou a elite financeira, dizendo que ela "é muito fraca" e "incapaz de derrotar" o petista.

Incapaz? A elite financeira é capaz de derrubar presidentes com uma canetada e um cheque.

Fico preocupado com essas esquerdas abobalhadas que ficam felizes com atrações de péssimo nível artístico-cultural - não sou preconceituoso, quando ando pelas ruas o que mais ouço é essa música "popular demais" que não tem pé nem cabeça - e acham que Lula já venceu tudo.

Nem sei se o terceiro governo Lula será o melhor de todos. Ele terá muitas dificuldades para recuperar um país arrasado por Michel Temer e Jair Bolsonaro.

Achar que o auxílio emergencial, promovido a "auxílio definitivo", irá fazer mágica dando R$ 600 para famílias carentes, é uma grande tolice.

O auxílio ajuda, resolve alguns problemas, mas daí a acreditar que o desenvolvimento do Brasil voltará a ter vigor com esse paliativo é assinar atestado de imbecil.

Isso tem a ver com a idiotização cultural de nosso país, que usa a carteirada da "pobreza" para glorificar e gourmetizar o "funk", um ritmo tão ruim que sua maior campanha é a do vitimismo, o chamado "marketing da exclusão".

O "funk" espetaculariza a miséria humana, musicalmente se fundamenta num rigor estético inflexível, e como atitude vive culpando "a sociedade" pelos baixos valores expressos (como o machismo) e pelo baixo nível da música, mas nunca agiu para combater de verdade esses problemas.

O "funk" é o suprassumo do viralatismo cultural. 

É o lado profano desse viralatismo, pois o lado sagrado fica por conta do lamentável Espiritismo brasileiro, profundamente medievalizado e simbolizado por um farsante "médium de peruca", tratado por muitos como se fosse "fada-madrinha".

O "funk", de tão esteticamente austero - se diz vítima de discriminação, mas discrimnava a figura do músico, renegando instrumentos musicais, melodias e arranjos - , antecipou a precarização no mundo da música cerca de 25 anos antes dela se consagrar no mundo do trabalho via Michel Temer.

E o pior é que o "funk" nunca melhorou. Ele promete "melhorar o som" se a sociedade der mais dinheiro para os funqueiros, mas o "funk" já recebe milhões e milhões de reais há uns 20 anos e até agora continua sendo o mesmo lixo de sempre.

E quem pensa que o "funk" é "de esquerda", por causa de "carteiradas" supostamente ligadas à pobreza e à negritude, está enganado.

O "funk" é conservador.

70% dos maiores propagandistas do "funk" são personalidades e instituições ligadas à direita moderada, às vezes nem tão moderada assim.

A atriz Juliana Paes, hoje uma bolsomínion enrustida, foi uma das maiores divulgadoras do "funk".

O "funk" nada seria se não fossem Xuxa Meneghel e Luciano Huck apresentando o gênero para os jovens de classe média.

MC Leonardo permaneceria no ostracismo se o cineasta José Padilha, direitista moderado, não o tivesse apadrinhado e "ressuscitado" o "Rap das Armas" na trilha sonora de Tropa de Elite.

O "funk" apenas parasita as esquerdas, por um motivo simples: arrancar dinheiro do Estado.

O "funk" é ganancioso, recebe dinheiro de fontes ilegais (crime organizado, através dos "proibidões") e  da iniciativa privada (inclusive de empresas multinacionais). 

Daí que precisa de verbas estatais para completar a "chuva de dinheiro" e governos petistas tendem a ser generosos no financiamento de atividades de estilos musicais brega-popularescos.

Se achar que Lula "já ganhou o campeonato" já soa ridículo, porque a campanha não começou e os rivais prometem ser da pesada - sobretudo um Jair Bolsonaro capaz de jogar a legalidade às favas - , incluir música ruim na festa da posse é o fim da picada.

É por isso que a direita deita e rola com esquerdas assim, tão infantilizadas e tolas.

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