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Mostrando postagens de janeiro, 2017

O GOVERNO TEMER COMEÇA A TERMINAR?

Ontem a presidente do Supremo Tribunal Federal, ministra Carmen Lúcia, homologou as 77 delações da Odebrecht sobre o esquema de corrupção alvo da Operação Lava Jato. Nestas delações, entre as quais se destaca o depoimento de Marcelo Odebrecht, ex-presidente da empreiteira, vários políticos ligados a Temer foram citados num impressionante número de vezes. É certo que a delação premiada é um processo meio duvidoso. Mas espera-se que, mesmo assim, sejam denunciados os políticos que cercam o atual governo. Michel Temer é citado 43 vezes apenas em uma das delações. Alguns de seus homens de confiança, como Romero Jucá, Wellington Moreira Franco, Geddel Vieira Lima, Eliseu Padilha e outros, também foram citados. Dos tucanos, temos Geraldo Alckmin, Aécio Neves e o ministro de Temer, José Serra. Não se garante que algo melhor possa vir se as delações derem o resultado esperado. Da mesma forma que a prisão de Eike Batista, depois da de Sérgio Cabral Filho, são apenas episódios

PRISÃO DE EIKE BATISTA É AVISO PARA A PLUTOCRACIA

A plutocracia parece se esquecer que apoiou Eike Batista, empresário preso ao desembarcar no Brasil, acusado de participar de esquema de propina do ex-governador fluminense Sérgio Cabral Filho. A Veja o tratava como se fosse o modelo de empresário a ser seguido no Brasil. "(Eike) trabalha muito, compete honestamente, orgulha-se de gerar empregos e não se envergonha da riqueza", descreveu uma reportagem da revista da Editora Abril, tempos atrás. O então colunista da Folha de São Paulo, Sérgio Malgebier, também cortejou Eike, elogiando seu perfil "destemido" que, "quem sabe", o transformaria em futuro presidente do Brasil. A revista Caras também acariciou muito o empresário, sobretudo quando era marido de Luma de Oliveira. No auge, Eike também apareceu ao lado dos amigos Luciano Huck e Aécio Neves. Também foi entrevistado pelo então apresentador de TV, João Dória Jr., hoje prefeito de São Paulo que, a pretexto de combater a poluição visual, re

MISCHA BARTON É MAIS LÚCIDA QUE OS SOCIOPATAS BRASILEIROS

MISCHA BARTON, NO RESTAURANTE CATCH, EM LOS ANGELES, NO ÚLTIMO DIA 12. Há poucos dias, a atriz inglesa radicada nos EUA, Mischa Barton, conhecida pelo seriado The O. C. , foi internada para tratamento psiquiátrico. Ela foi vista por vizinhos falando coisas estranhas, depois que, estando com amigos, passou a tomar várias doses de bebidas, uma delas com um composto GHB, conhecido no Brasil como "Boa Noite Cinderela". Ela estava na festa de seu aniversário de 31 anos, no último dia 24, e depois da bebida se debruçou na cerca do quintal de sua casa, em estado de transe, refletindo sobre se sua mãe era uma bruxa e se o fim do mundo estava próximo. Ela se comportava de uma maneira que assustou amigos e vizinhos. Mais tarde ela revelou o caso e a ingestão da substância. "É uma lição a todas as jovens mulheres por aí: fiquem atentas ao seu redor", disse Mischa. A intérprete de Marisa Cooper teve outros problemas psicológicos. É uma daquelas estrelas que ap

EXISTE A MÚSICA BAIANA E A "MÚSICA BAIANA"

Na falta de algum intelectual cultural de visão progressista e questionadora, já que o meio é monopolizado por jornalistas e acadêmicos vindos da mídia venal, o debate cultural é prejudicado. Prevalece a visão de mercado, que remete à ilusão de que, só por atrair um público enorme de pessoas, um fenômeno comercial "tem grande valor cultural". Mais um artigo reforça esta visão de "livre mercado" associada à cultura (vista sob um enfoque rentista, embora "etnicizado" e por vezes "guevarizado"), num discurso aparentemente conciliador. É sobre o documentário Axé - Canto do Povo de um Lugar , do cineasta Chico Kertèsz, filho do astro-rei da rádio Metrópole, o ex-prefeito de Salvador Mário Kertèsz, cria da ARENA durante a ditadura militar. O texto, como de praxe, é escrito por Pedro Alexandre Sanches, cria do Projeto Folha da Folha de São Paulo. É o "bom esquerdista" entrevistando o filho do "dono das esquerdas baianas"

MÚSICA É FEITA PARA OUVIR OU PROVOCAR?

LAURA NYRO, SAUDOSA CANTORA E COMPOSITORA ESTADUNIDENSE. A intelectualidade "bacana" tem sua concepção de "MPB de vanguarda" que nada tem de vanguardista. Afinal, é uma MPB para provocar e não necessariamente para ouvir. A música é só um detalhe, o que importa é a provocação. Faz-se algo qualquer nota, alguma combinação de soul  com samba e hip hop, alguma espetacularização, letras escandalosas, alguma polêmica. Ou então usar o velho discurso da guitarra elétrica como elemento "libertário" que só fazia sentido nos anos 1960. E aí, pronto: Música Provocativa Brasileira em que a preocupação maior é com a polêmica. É o escândalo transformado num fim em si mesmo. Algo que não escandaliza mais. Ser LGBT ou negro-índio-branco não é necessariamente ser libertário. Pode ser se depender do contexto. Há exemplos como a saudosa cantora estadunidense Laura Nyro, que fará 20 anos de falecimento em abril, e que iniciou sua carreira na segunda metade

OPERAÇÃO LAVA JATO E O ANTIGO 'ESTABLISHMENT' POLÍTICO-EMPRESARIAL

Parecia ontem, mas foi cerca de oito, sete anos atrás. Um grupo político que dominava o Rio de Janeiro, o PMDB carioca de Eduardo Paes, Sérgio Cabral Filho e companhia, se ascendeu ao poder. Era um grupo ambicioso, que também promoveu sua demagogia ao grande público. Tinham um apelo populista um tanto hipócrita, como se fossem grandes estadistas com soluções prontas para os problemas do Estado do Rio de Janeiro. Achavam que poderiam promover desenvolvimentismo com cidadania, através de medidas de "choque de gestão" ou de projetos como as UPPs e os ônibus BRT. Quiseram promover a mobilidade urbana escondendo empresas de ônibus da população com a pintura padronizada e botando os passageiros a andar muito para pegar um ônibus. As únicas coisas acertadas foram a derrubada da Perimetral e os VLTs. Mas, de resto, a trajetória do grupo foi um horror. Queriam uma cidade espetacularizada, como o Rio de Janeiro, e o resto que se lenhasse. O grupo político de Paes e

"PONTE PARA O FUTURO" COMEÇOU COM INTELECTUAIS PRÓ-BREGA?

Tudo indica que o governo Temer começou com a intelectualidade pró-brega, ainda na crise do governo Fernando Henrique Cardoso. Foi em 2001. Tragédia com a Plataforma P-36 da Petrobras, crise do apagão com os baixos níveis de água nas hidrelétricas. Diante disso, uma geração de intelectuais passou a se articular para defender a bregalização cultural. Era uma coisa estranha. Intelectuais defendendo valores de gosto duvidoso. Era a "ditabranda do mau gosto". Alguns se adiantaram. Na Bahia, Milton Moura criava um artigo porra-louca para defender o pagodão pós-Tchan nos meios acadêmicos, já em 1996. Mas, no plano nacional, o marco foi Eu Não Sou Cachorro, Não , de Paulo César Araújo. Araújo queria controlar a história, como se pudesse alterar o passado. Queria ele que os bregas que ele ouvia quando viveu na Bahia fossem vistos como "progressistas", "vanguardistas" ou "revolucionários". Caiu em contradição, quando disse que os breg

POP-UP DA SUZUKI ENTRA EM PÁGINAS NA INTERNET SEM OPÇÃO DE "FECHAR ANÚNCIO"

Várias páginas na Internet estão direcionando para o sítio da Suzuki Veículos automaticamente. Até aí, nada demais. O problema é que a página, que ocupa todo o sítio virtual, não tem opção para ser fechada. O quadradinho verde que tem o símbolo com as três linhas, sugerindo "opções", só tem linques correspondentes à página da Suzuki. Isso cria uma trabalheira para voltar à página anterior. Ou se apela para o cookie  que memoriza o endereço que se deseja consultar, e, mesmo assim, com mais uma direcionada automática para a página da Suzuki, ou então tem que se usar a seta de "Voltar" para ir à página anterior. Consta-se que cada página de um sítio se dirige automaticamente à página da Suzuki por duas vezes. Mas isso cria uma trabalheira para voltar à página desejada. Espera-se que o webmaster  que trabalhe no sítio da Suzuki resolva essa situação e, pelo menos, crie uma opção para fechar o anúncio. Os internautas agradecerão.

DINHEIRO PÚBLICO É USADO PARA "ENTREGAR" ECONOMIA BRASILEIRA A GRINGOS

O governo Michel Temer, quando se instalou, em maio passado, dava a impressão, para os incautos, de que seria um governo "responsável" e "comprometido com o progresso do país". Os anti-petistas, que espumavam de raiva quando Dilma Rousseff e Lula apareciam na televisão, passaram a ficar tranquilos. Estavam felizes até diante de escândalos gravíssimos da "equipe de notáveis" de Temer, quando muito rindo da corrupção de nomes como Romero Jucá, José Serra, Geddel Vieira Lima e outros. Não faziam mais panelaços, não se vestiam de verde-amarelo para protestar. Ficavam acomodados, na ilusão de que finalmente "políticos competentes", embora "atrapalhados", estão botando o país para "funcionar". O governo Temer tornou-se uma coleção de erros graves de todo tipo, que botam o Brasil numa situação vulnerável e com má imagem no resto do mundo, e o pessoal tranquilo. Enquanto Temer congela o valor financeiro dos investimento

MÍDIA VENAL QUER CONFUNDIR CORTE DE SALÁRIOS E MÃO-DE-OBRA COM AUSTERIDADE

Para as forças progressistas, constatar isso é chover no molhado, até porque isso é um problema que os sindicatos tanto alertam para a população. Mas, para a sociedade conservadora que vê Rede Globo, esse problema de repente caiu no esquecimento. É o problema dos cortes de salários e de empregos. Um problema antigo, que desde o começo do governo Michel Temer, ganhou um novo contexto. Um contexto que é o de confundir corte de salários e de mão-de-obra com austeridade. Assim como corte de investimentos públicos. como no "teto" proposto pelo presidente temeroso. Isso é uma mentira descarada analisada por especialistas. Afinal, trata-se de um blefe trazido pela mídia venal. Mas que cria um discurso verossímil de suposta austeridade e transparência. A mídia plutocrática difunde a ideia de que as empresas, estatais ou privadas, só terão "transparência" e "agilidade" com menos trabalhadores e baixos salários. Da mesma forma, diminuir salári

OS DONOS DA GLOBO NADAM EM DINHEIRO E PROFISSIONAIS SÃO DEMITIDOS

Até parece piada. Pouco depois da revista Forbes anunciar os irmãos donos das Organizações Globo, João Roberto, José Roberto e Roberto Irineu, entre os oito brasileiros mais ricos, algo ruim aconteceu. 32 profissionais do jornal O Globo foram demitidos, e as redações dos dois jornais serão unificadas. Segundo o chefe de redação Ascânio Seleme, em depoimento ao portal Comunique-se, a medida "não tem a ver com a crise econômica". Ele diz que a medida tem a ver com a "reestruturação da empresa", e que mesmo com a possibilidade de novas contratações, o quadro será mesmo com 32 a menos do que antes. "Estamos preparando um novo jornal com foco total no digital, principalmente para dispositivos móveis", afirmou Seleme. Até o espaço físico muda, com a transferência da redação da Rua Irineu Marinho, na Cidade Nova, para o prédio do Infoglobo na Rua Marquês de Pombal, no mesmo bairro. Aparentemente, a estratégia visa atrair novos profissionais. Tr

MARCHA DAS MULHERES REÚNE MILHARES CONTRA TRUMP EM TODO O MUNDO

COMENTÁRIO DESTE BLOGUE: A Marcha das Mulheres (Women's March) reuniu ontem e hoje milhares de pessoas, inclusive famosos, em todo o mundo, principalmente nos EUA. A manifestação mais destacada foi em Washington. O protesto reivindicava direitos das mulheres e das minorias e representou, para os estadunidenses, o primeiro grande protesto depois da posse do presidente Donald Trump, do Partido Republicano, na última sexta-feira. Marcha das Mulheres reúne milhares contra Trump em todo o mundo Do jornal Deutsche Welle Centenas de milhares de pessoas participaram neste sábado 21 da Marcha das Mulheres, uma série de manifestações contra o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e favor dos direitos das mulheres e das minorias em várias cidades do mundo. A marcha foi inicialmente convocada nos Estados Unidos, mas acabou ganhando adesão em todo o mundo, com mais de 670 manifestações marcadas em mais de 20 países. As primeiras ocorreram na Austrália e na Nova Zelândia. Em

A CAMPANHA PARA A MPB ACOLHER OS QUE A QUERIAM DESTRUIR

Sabe-se que a crítica especializada ligada à MPB tinha seu elenco de nomes relacionados à breguice e às baixarias musicais dos anos 90. Sullivan & Massadas, Só Para Contrariar, Chitãozinho & Xororó, Fábio Jr., Chiclete Com Banana, Leandro & Leonardo, Zezé di Camargo & Luciano, É O Tchan, MC Cidinho & MC Doca, Grupo Molejo, entre outros. De repente, um lobby de intelectuais free lancer  - a serviço dos barões da mídia mas fazendo proselitismo na mídia esquerdista - quer fazer um apelo antes inusitado. O de transformar as breguices dos anos 90, a chamada geração neo-brega, em uma suposta "tábua de salvação" para a combalida e sofrida Música Popular Brasileira. A desculpa é sempre a mesma: "combate ao preconceito". Esquecem que o brega-popularesco, no seu todo - não só a música como o comportamento - , adota uma imagem do povo pobre já carregada de preconceito. Faltou alguém com pelo menos um quarto da visibilidade de Luciano Huck par

COM TEORI MORTO, ATIVIDADES DA LAVA JATO SE TORNAM INCERTAS

O acidente com o avião em que estava Teori Zavascki, ministro do Supremo Tribunal Federal e relator da Operação Lava Jato, em princípio foi só um acidente aéreo comum. Havia chuva intensa em Parati, no começo da tarde de ontem, e o acidente teria ocorrido em função da tempestade. É uma área onde costuma haver acidentes aéreos em ocasião de tempestades. Mas há quem diga que teria havido sabotagem. É muito cedo para dizer se houve ou não. Tudo está no começo. A única coisa certa é que a lacuna deixada com o falecimento do relator irá atrasar, e muito, os trabalhos da Lava Jato. A Operação Lava Jato é tendenciosa, irregular, mas em certos casos poderia acertar se também investigasse os acusados de corrupção de partidos plutocráticos. A esperança das delações da Odebrecht era de que o presidente Temer e seus aliados sejam também enquadrados. Certo, a delação premiada é irregular, os métodos do juiz Sérgio Moro são autoritários e a delação está longe de ser a melhor forma

LA LA LAND MOSTRA QUE LIDAR COM COISAS ANTIGAS HOJE É TAREFA PARA OS MAIS NOVOS

FOTO DE DIVULGAÇÃO DE LA LA LAND. Entrou no circuito de cinemas brasileiros o tão comentado filme La La Land , do diretor Damien Chazelle. O nome adotado no Brasil virou La La Land - Cantando Estações , bem naquele estilo que o mercado distribuidor brasileiro e as agências publicitárias adoram. O enredo gira em torno das vidas da barista de estúdio e aspirante a atriz, Mia, interpretada por Emma Stone, e de um pianista de jazz, Sebastian, interpretado por Ryan Gosling (na vida real o "namorido" da atriz Eva Mendes). O filme é um musical e resgata a reputação do jazz, música tradicional estadunidense, com trilha assinada por Justin Hurwitz. É um filme de temática contemporânea, e aqui se observa que o jazz, hoje visto como coisa antiga, está sendo revigorado por um contexto novo. AS EMMAS, WATSON E STONE - A da esquerda foi cogitada, mas a outra acabou sendo a atriz protagonista. Curiosamente, outra Emma iria protagonizar o filme. A ideia da produção do fil

BRASIL TEMEROSO E A TRAGÉDIA DE TEORI ZAVASCKI E DOS PRESÍDIOS

O ano começou sangrento para o Brasil. Em vinte dias, três chacinas em presídios, por ação de organizações criminosas, e agora uma tragédia aérea com o relator da Operação Lava Jato, o ministro do Supremo Tribunal Federal, Teori Zavascki. As tragédias de Amazonas, Roraima e Rio Grande do Norte já revelam a convulsão social a caminho, partindo de presídios superlotados. E tivemos a chacina de Campinas. Já revelam crises sociais diversas: institucionais, sociais, culturais, midiáticas. Enquanto isso, a crise econômica não se resolve. Projetos do governo Michel Temer só causam revolta à população. É certo que a classe média do Sul e Sudeste, se não vive seus surtos reacionários, passeiam felizes quando os escândalos partem de seus ídolos políticos. Para eles, erro grave de plutocrata é coisinha sem importância. Acerto de político progressista é que é visto como "erro grave". A morte de Teori, dias antes de encerrar o recesso parlamentar, quando também seriam

MORTE DE TEORI ZAVASCKI COMPLICA AINDA MAIS O PAÍS

Uma tragédia complica ainda mais o cenário político já conturbado de nosso país. Foi no início da tarde de hoje, quando um avião Beechcraft C90GT caiu no mar de Parati, no Sul Fluminense. O avião é de propriedade do empresário Carlos Alberto Filgueiras, dono da rede de hotéis Emiliano, atuantes no eixo Rio-São Paulo. Além de Filgueiras, estava no monomotor o ministro do Supremo Tribunal Federal, Teori Zavascki, sua fisioterapeuta e a mãe dela. Todos, além do piloto do avião, morreram no desastre. Teori, que faria 69 anos em agosto deste ano, iria homologar as 77 delações da Odebrecht, assim que se encerrasse o recesso do Legislativo. Ele era relator da Operação Lava Jato e sua tarefa iria inaugurar a "delação do fim do mundo", com a divulgação de um documento de mais de 800 páginas sobre a corrupção política nacional. As delações comprometeriam não apenas políticos do PT, mas sobretudo a chamada "nata" do governo Michel Temer. Até o próprio é citado

IRMÃOS MARINHO E SUA VERGONHOSA RIQUEZA

A lista da Forbes, revista voltada ao mundo dos ricaços, enumerou os oito brasileiros mais ricos da atualidade. São pessoas que têm mais da metade da riqueza total do Brasil e, juntos, ganham mais do que 100 milhões de brasileiros. No primeiro lugar, o maior rico é Jorge Paulo Lemann, sócio da Ambev, da Budweiser, da Burger King e da Heinz). Em seguida, o banqueiro Joseph Safra, dono da instituição financeira que leva seu sobrenome, o Banco Safra. Depois vêm Marcel Herrmann Telles e Carlos Alberto Sucupira, sócios de Lemann nos citados negócios. Em seguida, Eduardo Saverin, co-fundador do Facebook. Em sexto, aparece João Roberto Marinho, o principal dono das Organizações Globo, que apareceu ao lado de Sérgio Moro e Carmen Lúcia em eventos de premiação. Ele está empatado com os irmãos José Roberto e Roberto Irineu, no valor financeiro divulgado pela revista. Somadas as fortunas dos oito brasileiros mais ricos, os dados resultam no valor de R$ 285,8 bilhões. É um val

CASO LUDMILLA REVELA TRUCULÊNCIA DO NOTICIÁRIO POLICIALESCO

Um grave incidente envolveu um desses programas de noticiário policialesco transmitidos à luz do dia nas programações nacionais e regionais da TV aberta. O apresentador Marcos Paulo Ribeiro de Moraes, conhecido como Marcão do Povo ou Marcão Chumbo Grosso, apresentador da edição do Balanço Geral no Distrito Federal, fez um comentário racista. Criticando o fato da funqueira Ludmilla não cumprimentar fãs, Marcão veio com essa grosseria: chamou a cantora de "macaca". Apresentadores desse porte adotam um perfil muito conhecido e bastante truculento. São dublês de jornalistas, metidos a sub-prefeitos e a justiceiros. Se acham com respostas para os problemas urbanos, para a segurança, para os buracos nas ruas. Fazem juízo de valor para tudo, e ficam dando pitaco naquilo que não entendem. E, com seu patrulhamento moralista, mais ofendem e agridem do que exercem a dignidade que dizem ter. É certo que Ludmilla é uma cantora comercial e se enquadra num lamentável cená

GLOBO NEWS ESTÁ SE "APARELHANDO"?

A rede noticiosa Globo News teve mais uma baixa. A jornalista Bianca Ramoneda, que esteve à frente do programa Ofício em Cena, que entrevistava atores e outras personalidades atuantes no teatro, cinema e televisão, se desligou da emissora. O referido programa já é declarado extinto. Segundo Bianca, "o programa não continua". Bianca disse que teve relações positivas com a Globo News, afirmou ter tido experiências boas na emissora e que apenas entrará em nova fase na sua carreira. "Estou oficialmente desligada da GloboNews sim. Eles só não renovaram meu contrato. Tudo bem, vida que segue", divulgou a jornalista, que também é escritora e atriz. Pode ser um processo natural. Afinal, profissionais um dia deixam as empresas onde trabalham há anos. Mas o que se observa é que, independente do caso de Bianca Ramoneda, a Globo News parece estar "aparelhando" sua equipe. Jornalistas que fundaram a emissora como Eduardo Grillo e Sidney Rezende foram e

PRISÃO DE GUILHERME BOULOS AGRAVA CRISE POLÍTICA NO BRASIL

A prisão do líder do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), Guilherme Boulos, é uma clara demonstração da crise política em que vivemos. Defendendo moradores que protestavam contra uma ordem de despejo de uma ocupação em um terreno em São Mateus, bairro da Zona Leste de São Paulo, Boulos tentou fazer acordo com a PM. Boulos não aceitava a retirada dos moradores que não tinham para onde ir. Eram 700 famílias ameaçadas de serem postas ao olho da rua. Boulos foi detido por não aceitar as ordens da PM, o que foi visto erroneamente como desacato. Faz mais sentido a PM ter desacatado os argumentos de Boulos, que representava milhares de pessoas carentes. Detido na 49ª DP, Boulos é uma das vítimas de estranhos episódios de condenação e banimento político. É uma época em que vozes destacadas das forças progressistas, não exclusivamente petistas, estão sendo perseguidas pelo establishment  político-jurídico-policial-midiático. O deputado Jean Wyllys (PSOL-RJ) e o senado

DOCUMENTÁRIO "ETNICIZA" O COMERCIALISMO DA AXÉ-MUSIC

Em tempos de saudosismo dos cenários brega-popularescos dos anos 90, um documentário busca a reforçar a narrativa que "etniciza" demais o comercialismo musical brasileiro. Intitulado Axé: Canto do Povo de um Lugar , de Chico Kertèsz (filho do dublê de radiojornalista Mário Kertèsz, "astro-rei" da Rádio Metrópole), tenta explicar a "crise de popularidade" desse universo musical-comercial baiano. É uma narrativa que há pouco tempo parecia adormecida, com a intelectualidade "bacana" parecendo sossegar com seus apelos à bregalização do Brasil. Era o governo Temer, o PT havia sido tirado do poder, e a intelligentzia  não precisa patrulhar os debates culturais para barrar novos focos cepecistas e evitar sucessores de José Ramos Tinhorão, Carlos Estevam Martins ou até mesmo Guy Debord e Umberto Eco. Era só o governo Temer sofrer uma crise aguda, havia um "bacana" empurrando uma funqueira ali, um "sertanejo" acolá. Com Ch