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Mostrando postagens de agosto, 2023

A VELHA ORDEM SOCIAL QUE SE ACHA NOVA

" A ELITE DO BOM ATRASO ANDA MUITO DE CARROS SUV, MAS SE ACHA "POBREZINHA". Nada pessoalmente contra as elites em si, mas devemos isolar e delimitar uma elite social que se acha "a humanidade", uma "bolha" de 30% de brasileiros que e acham "predestinados", "a fina flor da espécie humana de todo o planeta" e "a única parcela da humanidade considerada a mais legal do mundo". Praticamente reinando exclusiva nas redes sociais, a elite do bom atraso, tetraneta da Casa Grande, tataraneta das elites da República Velha, neta dos golpistas de 1964 que consolidaram seu poder na Era Geisel, no entanto é uma classe que se tornou a "nata" dos apoiadores ferrenhos de Lula. A elite do bom atraso se comporta como se fosse filha de um insólito casamento de Leila Diniz com Brilhante Ustra. É conservadora no sentido de acreditar numa religiosidade tradicional, cultuando "madres" e "médiuns" ultraconservadores m

ELITE DO BOM ATRASO QUER COMBATER OU "DEMOCRATIZAR" OS SUPER-RICOS?

  A "boa" sociedade dos tataranetos da Casa Grande que, através de Lula, vivem de brincar de serem "socialista desde o berço", desejaria que este blogue fosse substituído pelo Mentira News, um blogue de mentiras agradáveis, que não se preocupa em dar satisfações e que substituiu o jornalismo pela flanela digital. Sim, porque tem gente que gostaria que o Brasil fosse visto como um país mais sonhador que o mundo da Barbie, e que só quem descreve um Brasil cor-de-rosa é que lacra agrega, repercute, vende mais e tem mas audiência. Por isso é que o jornalismo, banalizado pelo opinionismo que foi a herança do bonapartismo noticioso de rádio FM - o que fez derrubar algumas rádios de rock nos anos 1990 - , decaiu morto pelo próprio veneno, atendendo a interesses mercadológicos que transformaram o ato de informar pela mídia primeiro em uma sobrecarga opinativa que tornou-se a overdose de informação à brasileira, depois em um jornalismo analgésico para aliviar as tensões soci

LULA QUER ATRAIR CENTRÃO MAS TAMBÉM QUER TRIBUTAR SUPER-RICOS

O clima do "tudo ao mesmo tempo agora" do governo Lula mostra contradições, precipitações e impasses. Embora seja uma boa ideia tributar os super-ricos, Lula se arrisca quando, em contrapartida, quer atrair o Centrão para seu governo e libera verbas para deputados federais votarem a favor o governo, nas emendas constitucionais. O governo Lula pretende arrecadar, até 2026, um total de R$ 45 bilhões com a cobrança de impostos para os super-ricos. É um valor pequeno, diga-se de passagem, para quem ganha trilhões, no mínimo. E a gente fica imaginando que os super-ricos a serem contemplados são aqueles que navegam no cruzeiro furado do bolsonarismo ou coisa parecida, vide Roberto Campos Neto e Paulo Guedes, por exemplo. Enquanto isso, a reforma ministerial tende a diminuir o protagonismo do PT, o que prejudicará os petistas de raiz, voltados para as causas trabalhistas, que andam subestimadas pelo governo Lula. O presidente brasileiro e comporta como um motorista hesitante que ora

BRASIL VIVE UMA GRANDE CATÁSTROFE CULTURAL

POEMA "CUCRETISTA" DE ROGÉRIO SKYLAB - Já deu para perceber por que ele odeia Cazuza e Renato Russo... Vários episódios confirmam a catástrofe cultural que assola o Brasil: 1) Michael Sullivan, o mais novo pretenso "dono da MPB" depois de Ivete Sangalo e Zezé di Camargo, foi para uma rede de rádios de MPB mostrar seu pretenso vitimismo, que seu semblante pouco confiável de canastrão musical não consegue convencer, tentando agora gourmetizar seus antigos sucessos comerciais, que são de uma mediocridade bastante constrangedora marcada principalmente pelas melodias piegas e pelas rimas ruins; 2) Vanessa da Mata, um dos nomes da geração 1990 da MPB que perdeu a oportunidade de combater a supremacia brega-popularesca da época ao se render a ela depois, é o mais novo nome do negócio chamado "dueto de artista de MPB com um ídolo popularesco", sempre movido pela desculpa de "dar ao ídolo popularesco um lugar nobre no primeiro time da MPB", quando a verda

TV LINHAÇA - NUNCA A CULTURA MUSICAL BRASILEIRA ESTEVE TÃO RUIM

Três notícias mostram o quanto a cultura musical brasileira anda muito ruim: Michael Sullivan, Odair José e João Gomes.

SOB LULA, O BRASIL SE ATROPELA POR UM TRIUNFALISMO ATRAPALHADO

Só de forma tardia, depois da repercussão negativa pela indiferença da ocasião, Lula resolveu comentar a decisão do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1) de absolver a ex-presidenta Dilma Rousseff da acusação de "pedaladas fiscais". Lula fez o seguinte comunicado: "Depois que eu deixei o governo houve um golpe no Brasil, que muita gente acha que não foi golpe. Mas o fato de a presidenta Dilma ter sido absolvida pelo Tribunal Federal de Brasília demonstra que o Brasil deve desculpas à presidenta Dilma, porque ela foi cassada de forma leviana". Querendo fazer todas as coisas de uma só vez, Lula faz o Brasil se atropelar num triunfalismo atrapalhado. A reconstrução do Brasil ainda não ocorreu para valer, e somente a pequena burguesia que é a "classe média de Zurique" que, praticamente, hegemoniza as narrativas nas redes sociais, é que está gostando porque acha que o governo Lula é bastante movimentado. Só que tudo deveria ser feito por etapas. Do jei

GÍRIA "BALADA" AGORA SOA COMO VÍCIO DE LINGUAGEM

Não há coisa mais cringe  do que a gíria "balada", de longe a pior de todas as gírias que foram lançadas no Brasil. Nem o "chuchu beleza" dos tempos dos bichos-grilos chega ao nível tão ridículo. "Balada" no sentido de festa, agito noturno e coisa parecida é um jargão tão forçadamente moderno que já deveria ter caído em desuso há mais de 20 anos, se não fosse o fato dessa gíria da Faria Lima, da Jovem Pan e de Luciano Huck não ter seu próprio esquema de marketing  e se impor de forma imprópria a uma gíria. Pois toda gíria tem seus limites de tempo e espaço. Elas refletem um grupo específico e limitado de pessoas e sua duração também é limitada em alguns anos. Mas a gíria "balada" tornou-se a "gíria do Terceiro Reich", se impondo acima dos tempos e das tribos, mesmo sendo uma gíria que é pronunciada praticamente como se alguém estivesse cuspindo na cara de alguém. E isso temperado com eventual cacófato: "Vou pra balada c'a galer

NÃO É NECESSÁRIO LULA FAZER POLÍTICA EXTERNA AGORA

De que adianta a classe média abastada se autoproclamar de "esquerda democrática" se ela não suporta ler textos carregados de senso crítico? Bem resolvida na vida, essa elite do bom atraso, cujos avós marcharam pedindo a queda de João Goulart, nem precisa de reconstrução do Brasil. Sob Temer e Bolsonaro, essa elite viveu do bom e do melhor, sempre passou as noites dos fins de semana tomando cerveja e jogando conversa fora, eles não estavam aí com a hora do Brasil. Por isso o medo do senso crítico é o mesmo do que em 1968. Talvez até pior. Naquela época os debates eram mais corajosos, foi preciso o AI-5 para calar as vozes discordantes do status quo que começou a desenhar-se em 1964 e ganhou contornos mais exatos de 1974 para cá.  Hoje o que temos é o "AI-SIMco", uma democracia do "estar sempre de acordo com tudo", dentro da visão preguiçosa de que os erros humanos se limitam, agora, ao bolsonarismo, quando Jair Bolsonaro e companhia são apenas subprodutos

POSTAGENS SUGEREM QUE LULA E DILMA ROUSSEFF ESTÃO BRIGADOS

Que a grande imprensa propriamente dita, não contando os portais ligados aos jornalões, porque estes, supostamente, possuem um leque mais amplo de assuntos, ignorou a decisão do Tribunal Regional Federal que inocentou a ex-presidenta Dilma Rousseff de "pedaladas fiscais", isso é verdade. A grande imprensa, propagandista do golpe de 2016, não iria mesmo abrir mão de suas posições. Mas o que me assustou foi que essa grande notícia, que praticamente representa o reconhecimento da Justiça de que o impeachment  de Dilma, ocorrido em 31 de agosto de 2016, foi um golpe contra a democracia, também foi ignorada por quem menos se imagina. O presidente Lula. Sim, isso mesmo. Em mais uma estranheza, o presidente Lula ignorou completamente o assunto, da mesma forma que, na cerimônia de posse, o atual chefe do Executivo federal não quis que Dilma lhe transmitisse a faixa presidencial, mas representantes identitários das classes populares, que rendeu um ritual bastante atrapalhado e menos s

O GOLPE E AS ELITES DO BOM E DO MAU ATRASO

O Brasil se revelou, em 2016, um país bizarro. Sofrendo os efeitos do pragmatismo carioca - cujos reacionários tietes de ônibus visualmente padronizados, rádios pseudo-roqueiras e mulheres-frutas elegeram Jair Bolsonaro e Eduardo Cunha "em nome da moralidade" - , o Brasil se vendeu para o golpismo político que se tornou um período surreal da nossa história. E tudo isso temperado com um "baile funk" de quinta-coluna, com a Furacão 2000 enganando as esquerdas anestesiando o protesto político com uma festinha, fazendo os apoiadores da presidenta Dilma Rousseff morderem a isca de Rômulo Costa, que, na época sogro da golpista Antônia Fontenelle e ligado à "bancada da Bíblia", dividiu com Bruno Ramos, da Liga do Funk, a função de Cabo Anselmo da vez, assediando as esquerdas com uma falsa solidariedade que nunca passou de armadilha para o golpe. Em seguida, vieram os retrocessos que Michel Temer impôs, tentando derrubar os obstáculos e os protestos parlamentares.

SALVADOR PROCUROU IMITAR SÃO PAULO

AVENIDA TANCREDO NEVES (ALTO) EM SALVADOR, E AVENIDA PAULISTA, EM SÃO PAULO. Sem ter o cosmopolitismo de São Paulo, Salvador, no entanto, procurava imitar a capital paulista no seu entorno urbano. Muitos dos aspectos de suas construções urbanas são muito idênticos, embora ultimamente Salvador decaiu em qualidade de vida e se tornou um dos piores lugares para se obter emprego, além da violência na capital baiana remeter mais ao Rio de Janeiro. Quando o então prefeito de Salvador e, depois, governador da Bahia em várias gestões, Antônio Carlos Magalhães, resolveu investir pesado na urbanização da capital baiana, era evidente a inspiração em São Paulo. Mesmo com eventuais diferenças aqui e ali - a Avenida Tancredo Neves tem o tráfego num único sentido e a Avenida Paulista tem duas mãos, as semelhanças são muitas e quando ACM instituiu vários projetos de urbanização essas semelhanças se acentuaram cada vez mais. Isso ocorre com o disparate do provincianismo de Salvador, embora sabemos que,

TV LINHAÇA - CURTAS - BRASILEIRO MÉDIO NÃO ADMITE QUE É INFLUENCIADO PELA GRANDE MÍDIA

Valores que os brasileiros médios que se encontram aos montes nas redes sociais são inspirados no que a grande mídia (Globo, Folha, Jovem Pan, SBT etc) transmite. Mas esse público pensa que esses valores foram trazidos pelo ar que respiramos.

CASO DAS DUAS SIMONES: MAIS SINAIS DE UM BRASIL CULTURALMENTE EM CRISE

EM ATO FALHO, UOL, DA FOLHA DE SÃO PAULO, "JUNTA" MATÉRIAS DA SIMONE BREGANEJA COM A SIMONE EMEPEBISTA. A crise cultural brasileira é coisa de fazer careca arrancar os cabelos e mudo sair por aí correndo desesperado pelas ruas com vontade de gritar. Se a situação, dentro da MPB mais sofisticada, se torna aberrante, quando a "boa" sociedade jogou para as favas a respeitabilidade aos mestres Tom Jobim e João Gilberto, até a MPB mais acessível é atingida por esse drama. Duas apresentações agendadas da cantora Simone Bittencourt, que seriam realizadas em São José dos Campos, no interior de São Paulo, foram canceladas por falta de público. Isso é um sintoma da precarização cultural que atinge as cidades do interior e da discriminação que a MPB autêntica, mesmo aquela mais acessível, passou a ter nos dias de hoje, em que pese a "panela pós-tropicalista" de emepebistas amigos do presidente Lula, os únicos a terem algum cartaz. Mas um detalhe também chama a atençã

ONDA DOS 'FLASH BACKS' VENDE GATO POR LEBRE

A onda nostálgica referente aos anos 1980 - na verdade, um balaio de gatos saudosista que mistura anos 1960, 1970 e até 1990 no confuso rótulo "anos 80", trabalhado pelos Ploc 80 da vida - faz com que o hit-parade  se recicle de maneira mentirosa, se vendendo como "vanguarda" ou "música alternativa". Reciclar o mainstream  como se fosse cult  é uma grande propaganda enganosa. É vender gato por lebre, que já desnorteia a cultura dos EUA, imagine então no Brasil, onde a cultura está nas mãos de uns empresários ricos do entretenimento popular, juvenil ou popularesco - eles determinam até as gírias que os brasileiros devem falar, como a farialimer-jovempaniana  "balada" - , complicando ainda mais a mesmice que assola nosso país. Aqui o chamado "adulto contemporâneo" ou flash back , por exemplo, é uma repetição incessante de grandes sucessos, um hit-parade  martelado ad nauseam  nos ouvidos do público brasileiro médio. Independente daqui de

COPACABANA PALACE FICOU MAIS JOVIAL AOS 100 ANOS

Há cerca de 20 anos, uma geração de homens que eram empresários, publicitários, médicos e outros profissionais liberais foi se destacar, aos 50 anos de idade, nas colunas sociais ao lado de mulheres cerca de 15 ou 20 anos mais novas. Naquele tempo, esses homens, que apareciam em veículos como a revista Caras (então mais próxima do colunismo social granfino do que de uma revista de famosos), pelo seu pedantismo marcado pelo sucesso profissional, foram vítimas de seu próprio etarismo. Eles contrastavam com suas esposas, estas na casa dos 30 anos e sendo ex-modelos, atrizes ou até uma ex-paquita, pois estas ainda mostravam um comportamento mais arejado, moderno, enquanto seus maridos mostravam um comportamento passadista, baseado num modelo de homem de 50 anos que eles viram nos seriados dos anos 1970. Na cabeça deles, sua função ao lado de suas esposas era como se o Papai Sabe-Tudo, conhecido personagem de uma famosa sitcom  estadunidense dos anos 1950, se casasse com a Garota do Alceu,

APAGÃO E MUITOS APAGÕES DE UM BRASIL AINDA NÃO RECONSTRUÍDO

ESTAÇÃO OSCAR FREIRE, UM DOS PONTOS DA LINHA 4 - AMARELA DO METRÔ DE SÃO PAULO, QUE FICOU PARCIALMENTE PARALISADA DEVIDO AO APAGÃO. Ontem um apagão atingiu várias cidades brasileiras. Goiânia, Salvador, Aracaju, Recife, Brasília, Curitiba, Porto Alegre, Rio de Janeiro, cidades do interior, enfim, vários municípios de 25 Estados brasileiros e do Distrito Federal sofreram efeitos de um apagão que, tudo indica, pode ter sido uma sabotagem da Eletrobras, recentemente privatizada, para desestabilizar o Brasil. 29 milhões de brasileiros foram afetados. Serviços de metrô em Salvador e São Paulo foram prejudicados. Em Salvador, passageiros tiveram que andar por um viaduto onde normalmente passa metrôs, diante da paralisação do serviço. Já na capital paulista, a linha 4, amarela, que liga a Estação da Luz à Vila Sônia, passando por Consolação e Pinheiros, ficou paralisada em boa parte do seu percurso. Casas ficaram sem energia elétrica e o trânsito ficou caótico com os semáforos desligados. A m