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Mostrando postagens de janeiro, 2024

O BRASIL E SEUS ANOS LOUCOS E DESVAIRADOS

CARNA UOL - A FAMÍLIA FRIAS, DA FOLHA DE SÃO PAULO, ATENDENDO AO APETITE VORAZ DA "BOA" SOCIEDADE POR FESTAS  O Brasil vive a versão insana e culturalmente vira-lata dos loucos anos 1920 dos EUA. Espécie de versão neurótica da noite da Cinderela, em que a mediocridade cultural, a imbecilização social e o hedonismo ilimitado se tornam processos obsessivos, dos quais não se pode atribuir o fim. É tudo louco, insano e, de certo modo, hipócrita, pois se finge que o Brasil virou o paraíso das virtudes humanas, como a racionalidade, o altruísmo e o progresso humano. O pensamento crítico é discriminado, associado a um sentimento deprê de distopias existencialistas que, em tese, não se encaixam na "festa sem fim" brasileira, onde pessoas se entopem de cervejas e cigarros diante de outros que nem têm o que comer. Falar que alguma coisa está errada no nosso país traz o alto risco de ter seu alerta boicotado. As Cassandras de Troia não têm voz nem vez, o cavalo de madeira é um

A ELITE NÃO QUER SE VER NOS TEXTOS

  LULA ESTÁ A SERVIÇO DA BURGUESIA ILUSTRADA BRASILEIRA. A elite do bom atraso sente alergia do senso crítico. O pensamento crítico lhe causa fobia, desmascarando a ilusão de uma elite que, há 60 anos, não suportava um segundo sob João Goulart na presidência do Brasil e, agora, quer reeleger Lula. Desvendar o que a burguesia de chinelos, invisível a olho nu, fez nos verões passados, é considerado um acinte. Não se pide criticar o governo Lula, que tornou-se um governo do faz-de-conta. Finge-se que é um governo socialista e nossa pequena burguesia, que passeia de SUV mas frequenta os pontos boêmios mais, digamos, "vagabundos", finge ser o proletariado, enquanto sonha com o "pobre de novela" descendo as favelas dos morros dançando como foliões de Carnaval. Para que discutir com madame, com doutor, com intelectual, se essa gente "bacana", só por ter mais dinheiro - ainda que menos que a "nata" das elites financeiras e juristas - , acha que pode julg

"CATOLICISMO MEDIEVAL DE BOTOX" APELA PARA NOVO FILME

  COM MUITO DINHEIRO, A "RELIGIÃO DOS ESPÍRITOS INVESTE EM ATORES DE PRESTÍGIO PARA FAZER PROPAGANDA RELIGIOSA. Qual a religião mais rica e obscurantista do Brasil? É qualquer uma das seitas neopentecostais, marcadas por suas abordagens histéricas, preconceituosas e sua extorsão cobrada dos fiéis pobres, forçados a dar o que não têm em troca de um suposto terreno no céu? A resposta é não. Com todos os defeitos e erros explícitos que se observa em religiões neopentecostais, que foram a base religiosa do governo Jair Bolsonaro, os "neopenteques" são tratados como bodes expiatórios, não pela falta de elementos negativos, mas por levarem sozinhos a culpa do obscurantismo da fé, mas outra religião torna-se mil vezes pior nos defeitos e irregularidades. É o Espiritismo brasileiro, religião que, graças à ditadura militar, que a patrocinou para combater a Teologia da Libertação católica, criou narrativas são consideradas "agradáveis" e "confiáveis" porque agr

SITE ATRIBUI NOME DA VIA ANHANGUERA A FARSANTE RELIGIOSO

  Um charlatão religioso, "heroi" da ditadura militar que tenta sobreviver nos tempos formalmente democráticos de hoje, sob a reputação de "símbolo da caridade" (obtido às custas da humilhante formação de longas filas de miseráveis para receber donativos que duram pouquíssimos dias), é atribuído como suposto nome da Via Anhanguera, uma das principais de São Paulo. O "médium", cujas iniciais são as consoantes da palavra "caixa", foi uma espécie de "João de Deus que deu certo ", organizando fraudes de supostas psicografias, de pretensas materializações e pregava valores obscurantistas que, de tão conservadores, fazem Silas Malafaia parecer um hippie guevarista. Apesar disso, o reaça que deturpou o Espiritismo brasileiro e é um pioneiro da literatura fake  é beneficiado não só pela poderosa blindagem da mídia, mas também pela Síndrome de Estocolmo que faz com que gente ligada a causas repudiadas pelo religioso lhe prestem adoração cega e p

ELITE DO BOM ATRASO INVENTA NOVA ESPÉCIE: O "HOMO LUDICUS"

  A elite do bom atraso, a burguesia de chinelos invisível a olho nu, podendo ser vista espalhada pelas ruas, geralmente tomando cerveja e vendo redes sociais acima da média do público médio, inventou uma nova espécie humana, destinada a dominar o mundo e sepultar o continente europeu. É o "homo ludicus", a espécie mais legal do planeta, prestes a "tomar no cool " sem reclamar de coisa alguma, usando o raciocínio apenas para "coisas práticas " como justificar suas convicções e criar uma narrativa para moldar sua realidade de acordo com seus interesses. O "homo ludicus" é o substituto do "homo sapiens" espécie que, segundo a "boa" sociedade de hoje, se desgastou com desvarios existencialistas que culminaram nas visões distópicas de hoje. Que toda a distopia seja jogada para longe, no tempo e no espaço. Existencialismo que fique no repouso do esquecimento em algum momento da primeira metade da década de 1960. Distopia que fique

SALVADOR VIROU CAPITAL DA ELITE DO BOM ATRASO?

  CULTURALMENTE, SALVADOR VIVE A SUPREMACIA ULTRACOMERCIAL DA AXÉ-MUSIC. Salvador até tentou evoluir no urbanismo, ainda que calcado na imitação de São Paulo. Seria menos mal se não fosse a mentalidade provinciana e cruel que transforma a capital baiana no inferno astral para quem quer obter um emprego digno visando uma qualidade de vida a melhor possível. Enquanto as circunstâncias fazem com que justamente os melhores intelectuais baianos falecessem, deixando a capital baiana órfã de boas ideias, a mediocridade segue crescendo tanto que dois ritmos popularescos, o arrocha e o piseiro, marcados pela gritante precarização artístico-cultural, tiveram facilidade de se expandir em mercados no Brasil inteiro. Me lembro que, lendo a coluna Tempo Presente, do jornal A Tarde, dizia-se que a Bahia é o Brasil levado às últimas consequências. E é verdade. E vemos o quanto há muita farsa, muitas desigualdades sociais e muitos oportunistas bancando os bonzinhos por nada. A capital da Bahia tornou-s

GOVERNO LULA ESTÁ MAIS FRÁGIL DO QUE SE IMAGINA

O MAIOR PROBLEMA DE LULA É SE ACHAR AUTOSSUFICIENTE EM TUDO E QUERER QUE O DESTINO LHE FAÇA TODAS AS VONTADES. Observando com atenção e frieza cirúrgica o governo Lula, sem sucumbir as paixões políticas favoráveis ou contrárias, é o mais fraco dos três mandatos. Houve benefícios, mas muito poucos e até inferiores aos que Lula trouxe há cerca de quinze, vinte anos. Sim, porque Lula abriu mão de sua essência original e o pouco que restou do político esquerdista que podou seu perfil ao longo dos anos, em verdade, só dobrou o marketing . Mas os progressos reais e profundos, exaltados por jornalistas experientes convertidos agora em focas amestradas a aplaudir o presidente até nos seus erros, vistos como se fossem "acertos estratégicos", simplesmente não se vê. Lula tornou-se um farsante, um demagogo, decepcionando pessoas como eu, que até 2020 optava pelo coro em Lula. Vendo que ele estava indiferente à gravidade nacional, criando um clima de festa e trabalhando menos pelo país,

MICHAEL JACKSON NUNCA FOI ROQUEIRO E MELHOR QUE NUNCA FOSSE

Falamos do viralatismo cultural existente no Brasil e que não se limita ao bolsolavajatismo, incluindo também as "boas coisas da vida", de "médium de peruca" pregando as maravilhas de sofrer desgraça sem fim (desde que para os outros, não para a elite do bom atraso que joga comida fora e torra grana com festinhas e viagens ao exterior) até o "funk" que alimenta o hedonismo insaciável dessa "sociedade do amor". Aí citamos Michael Jackson (aproveitando o gancho do filme biográfico que está por vir), tratado no Brasil como "coisa do outro mundo". Nunca foi. Podemos até admitir que a fase do Jackson Five foi muito boa e, ouvindo dias atrás a música"ABC", por sinal muito legal, Michael Jackson poderia ter sido um artista melhor, se tivesse interesse nisso. E o seriado de animação do Jackson Five era excelente e muito divertido. Michael lançou há 45 anos, em 1979, o álbum Off the Wall , em pleno apogeu da disco music , e tinha carre

VIRALATISMO MUSICAL BRASILEIRO

  "DIZ QUE É VERDADE, QUE TEM SAUDADE .." O viralatismo cultural brasileiro não se limita ao bolsonarismo e ao lavajatismo. As guerras culturais não se limitam às propagandas ditatoriais ou de movimentos fascistas. Pensar o viralatismo cultural, ou culturalismo vira-lata, dessa maneira é ver a realidade de maneira limitada, simplista e com antolhos. O que não foi a campanha do suposto "combate ao preconceito", da "santíssima trindade" pró-brega Paulo César de Araújo, Pedro Alexandre Sanches e Hermano Vianna senão a guerra cultural contra a emancipação real do povo pobre? Sanches, o homem da Folha de São Paulo, invadindo a imprensa de esquerda para dizer que a pobreza é "linda" e que a precarização cultural é o máximo". Viralatismo cultural não é só Bolsonaro, Moro, Trump. É"médium de peruca", é Michael Sullivan, é o É O Tchan, é achar que "Evidências" com Chitãozinho e Xororó é um clássico, é subcelebridade se pavoneando

LULA NÃO COMPREENDE A VELHA ORDEM SOCIAL DE HOJE

LULA, AQUI AO LADO DO PRESIDENTE CHINÊS XI JINPING, PERDEU UM ANO INTEIRO PRIORIZANDO A POLÍTICA EXTERNA EM DETRIMENTO DA RECONSTRUÇÃO NACIONAL. O que aborrece no governo Lula é que ele quer fazer tudo de tido sem medir contextos e realiza alianças sem perceber os limites das afinidades circunstanciais. É como se, em seu modelo de “democracia”, o galinheiro, que deveria acolher pombos, patos e canários, acaba preferindo acolher raposas. Esse é o problema de Lula, o galo de briga que adora convidar uma raposa para entrar no seu galinheiro. Dito isso, vemos que o Ministério dos Esportes, ao trocar a atuação técnica e humanizada de Ana Moser pelo fisiologismo de André Fufuca, pagou o preço caro de não só priorizar o futebol em detrimento de outras modalidades como está beneficiando redutos políticos de aliados do ministro. A Lava Jato desnorteou Lula, que, colocando o carro, ou talvez o trem-bala, na frente dos bois, foi viajar antes se reconstruir o país. A arrogância dos lulistas não ad

DE CADA DEZ CASAMENTOS ESTÁVEIS, SÓ TRÊS REALMENTE PRESTAM

Não vou falar de exceções à regra, esse micro-ônibus que teima em ter a ocupação de um trem superlotado. O que se diz aqui é a tendência da maioria, pir sinal esmagadora, que trata a instituição casamento, já discutível em muitos aspectos, em brincadeira de criança. O que se observa é que, mesmo nos chamados casamentos estáveis, pouca coisa se salva. De cada dez casamentos estáveis, somente três têm realmente a serventia necessária para uma relação conjugal genuína e saudável. A maioria dos casamentos dura mais por zona de conforto, pelo alto custo social e econômico do divórcio ou por pura preguiça, mesmo. Se a humanidade em geral já tem mais solteiros do que se pensa, escondidos em relações conjugais que nunca passaram de formalidades, no Brasil a coisa se torna ainda mais frequente. A maioria das pessoas casa por casar, visando apenas os interesses de integração social, sem pensar duas vezes e se iludindo por afinidades pequenas e banais que não fazem diferença alguma numa relação e

ONDA NOSTÁLGICA BRASILEIRA FOCA DITADURA, SARNEY, COLLOR E FHC

  SOB A PRESIDÊNCIA DE FERNANDO COLLOR, A MÚSICA BREGA-POPULARESCA PASSOU A SER DOMINANTE EM TODO O BRASIL  A onda de nostalgia que toma conta do Brasil e que envolve o lazer mais fútil que alimenta as indústrias de cervejas e cigarros - setores cujos empresários lucram mil vezes mais abusivamente do que muitos políticos abertamente corruptos - , mostra o grau do mais vergonhoso viralatismo cultural que assola o país. O brega vintage é o que há de vergonhoso na cultura musical. Vexaminosas canastrices musicais servem para embalar lembranças supostamente felizes, que fazem muitos confundirem memória afetiva com atestado de qualidade musical. Nomes como É O Tchan, Michael Sullivan, Bell Marques, Chitãozinho e Xororó, Gretchen e todo o "funk" - alvo da constrangedora choradeira intelectual cujo papo de "combate ao preconceito" ninguém em sã consciência aguenta mais - mostram o quanto o viralatismo cultural enrustido é doentio, de tal forma que se esconde o lodo fedoren

"EU SOMENTE VIA NETFLIX DESDE OS ANOS 80"

Nos ambientes reacionários das redes sociais, é muito comum a boçalidade de alguns membros, que diante de sua demagogia esbanjam uma estupidez gritante, que os faz investir em mentiras e falsidades que já fez comunidades como Eu Odeio Hipocrisia do Orkut serem reduto de gente hipócrita. É bastante conhecida a resposta KKKKKKKKKK para acusações de atos inconvenientes, o que demonstra que difitar várias vezes a letra K é uma forma de confissão dos covardes. É como se o canalha digital reagisse com ironia ao ser desmascarado. E essa hipocrisia rendeu, entre 2005 e 2008, o fenômeno que eu defino como "marx-cartismo", um neologismo que funde "marxismo" com "macartismo", ou seja, um nome usado para definir um reacionarismo de direita, manifesto em "Tribunais de Internet" cometidos por gente que, no entanto, jura de joelhos que é "progressista de esquerda", postura motivada pela espiral do silêncio. Naqueles tempos era tabu ser jovem de direit

VALENTONISMO AGORA É CRIME

Como assim? Você não sabe o que é valentonismo nem cibervalentonismo? Você anda consumindo a grande mídia, sua linguagem, suas crenças e seus pensamentos na verdade foram introduzidos, nas últimas décadas, por uma meia-dúzia de executivos, publicitários, celebridades e subcelebridades, pastores e "médiuns", craques de futebol etc. Você tornou-se marionete de um "Illuminati à brasileira" e você nem percebeu. Ah, você é daqueles que "só viam Netflix desde os anos 80"? Ah, tá. Depois a gente fala nisso. Valentonismo é o termo que proponho para substituir bullying, no esforço de ei tentar frear o avanço do portinglês, essa mania de criar "dialetos" em inglês na nossa língua, numa clara demonstração de viralatismo cultural enrustido. E vale lembrar que o tal bullying não é uma invenção dos EUA dos anos 1990, pois até então humilhar colegas mais "frágeis" e "estranhos", seja nas escolas, seja na Internet, era conhecido no Brasil com

A VELHA ORDEM SOCIAL TENTA RESISTIR AO TEMPO

VELHOS ZUMBIS DO "MILAGRE BRASILEIRO" AGORA QUEREM DOMINAR O MUNDO SE ACHANDO A "GENTE MAIS LEGAL DO MUNDO". O desespero de uma elite brasileira em obter o protagonismo mundial e aproveitar as benesses de sua prosperidade nos tempos atuais, em que uma democracia formal lhe atende aos interesses de seus privilégios plenos, mostra o quanto o Brasil é "um só país" para uns e não para os outros que não vivem a festa hedonista, consumista e identitária atual. Uma classe que sempre usufruiu de seus privilégios de séculos, mas que, em contextos mais recentes, está no poder há pelo menos 50 anos, tenta resistir apagando seu passado, como quem tira os anéis para preservar seus dedos. Abertamente conservadora, essa classe tenta agora mostrar uma embalagem mais moderna e arrojada, daí o esquerdismo de fachada de hoje. A intolerância ao pensamento crítico, herança dos tempos golpistas "clássicos" - portanto, os de 1964-1985 e não o bolsonarismo cômico de hoj