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Mostrando postagens de março, 2015

NO BRASIL, "CHEGA DE FIU-FIU" PODE INFLUIR NA CRIMINALIZAÇÃO DE PAQUERAS NAS RUAS

NAS NOITADAS É ONDE SE ENCONTRAM OS HOMENS MAIS PERIGOSOS. MAS A MULHERADA NÃO QUER SABER... É certo que há assédios sexuais constrangedores às mulheres, que os homens pegam no pesado muitas vezes e que as mulheres não podem andar em certos ambientes que são observadas de maneira maliciosa. Isso é fato e o machismo tem realmente essa atitude abusiva e reprovável. O grande problema, porém, é que as mulheres costumam generalizar as paqueras em lugares públicos. Há uma grande diferença entre um homem bronco dizendo a uma mulher "vem cá gostosa" e um nerd tímido e desajeitado esboçando um sorriso simpático. As mulheres, no entanto, veem as duas atitudes como repulsivas da mesma forma e os nerds têm mais chance de se darem mal do que os broncos, já que estes encontram jeito para fazer assédio sexual em outras situações. A campanha "Chega de Fiu-fiu" quer banir os assédios sexuais nas ruas e lugares públicos (abertos e de acesso gratuito), numa atitude que até c

MITO DA "CULTURA DAS PERIFERIAS" SURGIU COM SARNEY E ACM

Muito estranha a parcela da intelectualidade brasileira que se infiltrou nas esquerdas para defender a bregalização do país como se fosse uma suposta rebelião popular, como se os listões de FM e o circo de aberrações da TV aberta fossem ditar o folclore e o ativismo popular do futuro. A intelligentzia tem dessas aberrações de gente feliz da vida por estar ao lado do "colega" Otávio Frias Filho (pensa-se na queixa de Mino Carta dos jornalistas reaças que chamam patrão de "colega") e hoje faz falsos ataques à Folha, à Globo, à Veja, como se quisessem nos convencer com seu falso esquerdismo. Paulo César Araújo não gostou que eu, no antigo blogue Mingau de Aço, o defini como intelectual associado à Era FHC, que havia criado uma tese conspiratória travestida de estudo acadêmico, na qual a música brega era "a canção de protesto contra a ditadura militar". Com um perfil que lembra um soturno colunista de Veja, Araújo queria se passar por enfant terrible  

UFC ESTARIA "ALUGANDO" ATORES PARA FORÇAR POPULARIDADE

Os organizadores de lutas UFC (Ultimate Fight Champeonship) estariam "alugando" atores e outros famosos para aparecerem em seus eventos, como garotos-propagandas da atração, vinculada a um tipo recente de lutas "esportivas". Diversos famosos estariam apoiando o "esporte" praticado nas cercas octogonais visando cachê e mediante acordos profissionais que condicionam futuras oportunidades na carreira se determinados famosos, geralmente emergentes ou iniciantes como protagonistas em novelas, comparecerem a tais eventos. Na música brega-popularesca, foi observado isso. O "funk carioca", a axé-music, o "sertanejo" e eventos como micaretas e vaquejadas, sempre contrataram atores e outros famosos para fazerem os papéis de "fãs" desses eventos, mediante um bom cachê e cumprindo imposições contratuais sem as quais o caminho para o ostracismo é certo, num mercado competitivo para a fama. Intérpretes do brega-popularesco como Thi

REMANESCENTES DOS BEASTIE BOYS ANUNCIAM FIM DO GRUPO

FALECIMENTO DE ADAM YAUCH (CENTRO) IMPOSSIBILITOU A CONTINUIDADE DA BANDA. Adam Horovitz, conhecido como Ad-Rock, um dos dois membros vivos dos Beastie Boys junto a Mike Diamond, ou Mike D, anunciaram o fim da banda que em sua trajetória produziu rock, hip hop e até música instrumental. "Adam (Yauch) começou a banda, então isso acabou", disse Adam à revista The Daily Beast, que imaginava que o trio iria dar apenas uma pausa para Yauch fazer cinema e os três repensarem a carreira. Mas Yauch, conhecido como MCA, sofrendo de câncer, faleceu em 2012. À GQ, Horovitz revelou sua incapacidade dele e Mike levarem o projeto adiante depois que Yauch morreu. "Nós terminamos. Isso mesmo. Adam Yauch começou a banda. Não será a mesma coisa se continuarmos a banda sem ele". Mike D concordou. "Não somos capazes de realizar turnês depois que MCA morreu. Não podemos fazer novas músicas". Os dois remanescentes descartaram a possibilidade de realizarem projetos mus

AVIÕES FAZEM VOO BAIXO SOBRE NITERÓI

Aviões estão passando pelos céus de Niterói fazendo voos baixos, causando apreensão na população. Nas últimas semanas, vários aviões passaram pelos céus da Zona Sul da cidade, partindo do Aeroporto Santos Dumont, no Rio de Janeiro. Aparentemente, as alterações meteorológicas não influíram para que os aviões mudassem suas rotas para sobrevoarem bairros como São Lourenço, Jardim Icaraí e Santa Rosa num voo quase rasante, causando risco à segurança dos passageiros e também das pessoas que se encontram em solo terrestre. Depois do trágico acidente com um avião da alemã German Wings (subsidiária da Lufthansa especializada em viagens de baixo custo), que caiu depois de sobrevoar os Alpes franceses, é bom se preocupar com o fato de aviões voarem tão baixo no céu. Outra coisa também é o fato de alguns aviões da TAM apresentarem remendos em suas asas, fazendo viagens distantes nestas condições. É bom que os técnicos verifiquem isso e façam reparações antes de colocarem os aviões para v

FERNANDO COLLOR "DUAS CARAS" VOLTA À CENA

O senador Fernando Collor, o ex-presidente que confiscou as poupanças dos brasileiros e esteve à frente de um projeto neoliberal que pretendia arrasar o país e privatizar de vez as universidades públicas, voltou a ser carregado nos ombros das chamadas "esquerdas médias". É o Collor "duas caras" que as "esquerdas médias" tanto apreciam. O Fernando Collor "repulsivo", ex-presidente da República condenado por corrupção, e o senador que agora "vocifera" contra a mídia e o Judiciário "partidarizados". As "esquerdas médias" são aquelas esquerdas frouxas que, apenas parcialmente, possuem ideias e práticas interessantes e válidas, mas que no meio do caminho compactuam com forças retrógradas aqui e ali, sobretudo na área da cultura e da política. São elas que fazem o Partido dos Trabalhadores falir e fazer com que a direita venha com seus diversos movimentos, havendo inclusive um pedindo a intervenção militar e a des

DIVERTIDAS POSTAGENS SOBRE 89 FM E RÁDIO CIDADE

A culpa não é nossa. Apesar de todo o oba-oba dizendo que as rádios 89 FM, de São Paulo, e Rádio Cidade, do Rio de Janeiro, são "rádios de rock sérias" - francamente, a maioria dos brasileiros simplesmente não entende de radialismo rock, fazer o quê? - , o que se observa na programação diária é aquele perfil " happy rock " cheio de piadas e outras bobagens. Pois na comunidade em que os equívocos das duas emissoras (que na prática não passam de FMs pop com vitrolão "roqueiro") são criticados no Facebook, intitulada 89 FM? RÁDIO CIDADE? TÔ FORA, GOSTO MAIS DE ROCK , vários memes divertidos são publicados mostrando a situação das duas emissoras. Mas é compreensível que a garotada não saiba o que é rádio de rock e acha que clássicos do rock são Smash Mouth e Presidents of The USA. Temos que admitir uma coisa: eles passaram o tempo todo ouvindo "funk" e "sertanejo" demais. Aqui os memes têm um pouco de muita coisa: Emílio Surita (do Pâ

ESTRANHO "FEMINISMO DE RESULTADOS"

Depois que, nos anos 80, cresceu um ativismo feminista que realmente pensava nas reivindicações da mulher moderna, nos últimos dez anos vimos surgirem "correntes feministas" muitíssimo estranhas, mais "pragmáticas" porém contraditórias e equivocadas em muitos princípios. Esse "feminismo de resultados" que vimos hoje, por mais que se afirme de peito aberto (e nu, como no caso das manifestantes do Fémen), que é a "última palavra em ativismo progressista", contribui mais para a brutalização da mulher brasileira do que para exercer a justiça e a liberdade da mulher brasileira. Lendo vários artigos do gênero, pude verificar uma série de equívocos que vou ver se exponho em palavras breves, porque detalhar todos eles daria um livro e uma dedicação de tempo que, por enquanto, não tenho para desenvolvê-lo. Um deles é o enorme disparate que se tem entre a posição das feministas quanto à imagem da mulher de classe média feita pela mídia, e em relaç

HOJE É MEU ANIVERSÁRIO

Por incrível que isso possa parecer, hoje eu faço 44 anos de idade. Boas festas para todos.

COLETIVO FORA DO EIXO RENOVA CONCEITO DA ESCRAVIDÃO HUMANA PELA MÁQUINA

Lendo abordagens das chamadas "esquerdas médias" que aparecem nas revistas Fórum, Caros Amigos e Carta Capital e que são associadas ao Coletivo Fora do Eixo, fico pasmo com o tipo de ativismo que eles fazem, e que só está abrindo caminho para a "urubologia" do campo oposto. É um "esquerdismo de resultados" muito estranho, porque na verdade usa o manto do ativismo para defender projetos tecnocráticos e valores machistas, diluídos num pretenso discurso "revolucionário" que nada tem de realmente benéfico para as classes populares. Um Pedro Alexandre Sanches que fica bajulando o Rodrigo Vianna, um jornalista sério e atuante, todavia abre o caminho para outro Rodrigo tomar o poder de formador de opinião, o Rodrigo Constantino, do lado oposto, o lado da mesma Folha de São Paulo que amestrou Sanches que hoje tenta influenciar levianamente as esquerdas culturais brasileiras. As ideias desse pessoal todo - Sanches, Pablo Capilé, Denise Garcia ent

MÚSICO DO ROCK INDEPENDENTE DE SP, FERNANDO NAPORANO GANHA PRÊMIO COM PRIMEIRO LIVRO

Embora premiações sejam sempre discutíveis, às vezes elas são válidas para dar visibilidade a determinadas personalidades. É o que se nota na 8ª edição do Prêmio Quem, que no item Literatura premiou o livro  Agonia dos Pássaros , estreia literária de Fernando Naporano. Apesar de ser seu primeiro livro, Naporano é um veterano muito conhecido dos alternativos paulistanos. Jornalista, radialista e músico, fez parte da equipe da antiga 97 FM, a 97 Rock, de Santo André (ABC paulista), histórica rádio de rock dos anos 1980. Como músico, Fernando Naporano, especialista em rock alternativo dos anos 1980 até hoje, foi conhecido por integrar a banda Maria Angélica Não Mora Mais Aqui, uma das mais interessantes do cenário independente paulistano. Naporano também integrou a equipe de jornalistas da fase áurea da revista Bizz (que completa 30 anos de surgimento este ano), numa fase vanguardista mal compreendida e injustiçada, apenas pelo fato dos jornalistas elogiarem bandas que 99% do púb

TELECINE CULT OFENDE LEGADO DE WALTER DA SILVEIRA E PAULO EMÍLIO

CENA DE A MELODIA DA BROADWAY (THE BROADWAY MELODY) , DE 1940. Há cerca de dez anos, a rede Telecine cometeu uma das maiores bobagens de sua trajetória: mudar o nome do canal Telecine Classic para Telecine Cult, usando o lema "Alternativo" de maneira cínica, para enganar os já hoje desinformados cinéfilos brasileiros. Pelo menos a única coisa que teve a ver foi colocar como símbolo um gato, porque o que se vê é um balaio de gatos que mistura filmes de temáticas altamente contestatórias do cinema europeu até os mais brutais filmes de violência dos anos 80. No chamado "horário comercial", filmes da fase áurea de Hollywood (1939-1959) e filmes de bangue-bangue. O pessoal das mídias sociais aceitou bovinamente. "Olha, tá rolando o filme tal", diz um. "Em que horário, pergunta outro?", comenta o amigo, seguido de outros comentários deslumbrados de gente que se comporta como bois que vão para um rio de piranhas apenas se preocupando se a água e

DEVERIA HAVER O "CHEGA DE FIU-FIU" DAS NOITADAS

Há uma grande campanha contra o assédio de mulheres nas ruas e locais públicos. Isso tem seu aspecto negativo, porque restringe o já restritivo espaço para as paqueras, e faz com que, sob o pretexto das mulheres rejeitarem assédios agressivos, qualquer homem, dos nerds aos galãs, tenham dificuldades de paquerar ou assediar alguém nas ruas. O "Chega de Fiu-fiu" é essa campanha, e recentemente há o caso de uma garota que passou a fazer careta, a "careta do dentinho", fechando o lábio inferior e mexendo o superior de forma que aparecesse a gengiva, para inibir as cantadas. A cara feia era sinal de rejeição do assédio masculino. Tudo bem. Mas o que pouca gente percebe é que deveria haver o "Chega de Fiu-fiu" da vida noturna, dos bares, das boates, das casas noturnas. É preciso encerrar com a ilusão que se tem desses locais como ambientes públicos e onde todas as pessoas são legais. Desaforo? Papo de nerd frustrado? Pregação de fanático religioso? Puri

70 ANOS DE ELIS REGINA E A CRISE DA MPB

ELIS REGINA, NO COMEÇO DE CARREIRA, EM 1961. Hoje Elis Regina teria feito 70 anos de idade. Morta por overdose de cocaína cerca de dois meses antes de completar 37 anos, a cantora gaúcha sobreviveu simbolicamente ao seu falecimento, sendo prestigiada e admirada até hoje, mesmo por pessoas que nunca a puderam vê-la viva e atuante na música. No entanto, celebrar o aniversário de nascimento de Elis Regina no contexto da música brasileira atual, completamente estagnado por homenagens sucessivas e nenhum artista que unisse talento e visibilidade, é bastante melancólico, não só pelo fato dela ter tido morte prematura. E nem é pela ausência dela em si que a MPB padece, até porque, bem ou mal, sua filha caçula, Maria Rita Mariano (do casamento de Elis com César Camargo Mariano), assume as influências da mãe e segue carreira aproveitando as lições dela e até gravando o repertório que vários compositores ofereceram à cantora gaúcha e sob sua voz se tornaram clássicos. A MPB padece por

ALEXANDRE HOVORUSKI DEIXOU A RÁDIO CIDADE. TERIA SIDO POR CAUSA DOS TITÃS?

Até a edição deste texto, uma única nota lacônica se limita a anunciar que o executivo Alexandre Hovoruski deixou a direção artística da Rádio Cidade e foi substituído pelo gerente comercial, Mário Reis (homônimo a um falecido e histórico cantor de música brasileira). Fico constrangido com esse "carnaval" todo que se faz em torno da Rádio Cidade e da 89 FM, com blogueiros e jornalistas levantando a bandeira do "rock de verdade", em que até o vaso sanitário do banheiro da sede da Rádio Cidade, lá na Av. Pres. Vargas, é "roqueiro", sem entender bulhufas do que realmente é rock. O pessoal não lê a Coluna do LAM , parada obrigatória para quem quer conhecer o verdadeiro rock, cujo valor nada tem a ver com idade, coisa que só os matutos que ouvem e defendem a Cidade e a 89, meros breganejos com trajes de skatistas, acreditam. Só esses tabaréis de bermudas e jeans é que acreditam que o valor do rock é proporcionalmente inverso ao "tempo de serviço&quo

NINJAS "FORA DO EIXO" E O QUILO DE FARINHA DE FUKUYAMA

DISCÍPULO DE FRANCIS FUKUYAMA QUE DEFENDE O #FORACHICOBUARQUE PREFERIU REPORTAR A PASSEATA PRÓ-DILMA. É por isso que o Brasil não vai para a frente. O intelectual que empastelou os debates culturais defendendo a bregalização, Pedro Alexandre Sanches, persiste no seu pseudo-esquerdismo mesmo depois que se revelou discípulo de Francis Fukuyama ao decretar que a "antiga" era da música brasileira acabou e que agora só resta todos nós sermos bregas e ponto final. Ninguém é ingênuo para ignorar que o brega é a tal "cultura dos últimos a saber", movida por claros interesses comerciais e que por isso nada tem a ver com vanguarda cultural, cultura alternativa, mídia independente, mercado mais independente ainda e coisa e tal. Mais para "anarcocapitalista" do que para uma forma rebelde de socialismo, o jornalista educado no Projeto Folha (iniciativa neoliberal da Folha de São Paulo que "eliminou" tudo que havia de esquerdismo no jornal) narra sua c

A BURRICE DIREITISTA VAI PARA AS RUAS

TODO O BRASIL "NAS RUA" - MANIFESTO ANTI-DILMA COMEÇOU VIOLENTANDO A LÍNGUA PORTUGUESA. O anúncio da ilustração acima, que convoca "Todo o Brasil 'nas rua'", já começou mal atropelando a língua portuguesa, mais parecendo um daqueles anúncios dignos de "Pracas do Brazíu", do portal de humor Kibeloco (se bem que o autor desse blogue é anti-petista). Pois é um festival de burrice que contamina a direita brasileira, sobretudo a direita internauta, que recebeu a adesão de antigos trollers e cyberbullies  (ou, em português neologista, troleiros e cíbervalentões) que em 2005 se passavam por "esquerdistas" com QI de extrema-direita. A turma que quer a supremacia da estupidez sobre a coerência e que defende o "estabelecido" pelo poder midiático, tecnocrático ou mercadológico está tomada de histeria anti-Dilma, mais por um modismo de raiva e intolerância do que por uma real oposição ao Partido dos Trabalhadores. Também ando dec

A ONDA DA MPBEBUM: MÚSICA PARA PINGUÇOS E BÊBADOS

Notaram que muitas pessoas deixaram de ter qualquer noção ou discernimento sobre o que é MPB ou não? E que hoje mesmo gente de nível universitário fica aceitando bovinamente qualquer porcaria romântica como se fosse "MPB de qualidade". Os neo-bregas já saberam da esperteza e resolveram ter um banho de loja, de luxo, de pompa, de iluminação de palco e todo um aparato "sofisticado", porque sabem dessa nova ideia torta e inconsistente de que a "boa MPB é uma equação que combina luxo e pompa com plateias lotadas". Música, que é bom, é apenas um "detalhe". Tudo virou uma "MPB de couvert artístico", uma MPB feita apenas como trilha sonora para pessoas comerem e beberem em bares e restaurantes. Virou coisa qualquer nota: alguma canção acústica, na maioria romântica, em outras meramente dançantes, tocada sem critério, para um público que só está ali para beber a cerveja cujo sabor nem mais percebem como é. Eu odeio cerveja, mas tenho q

O BREGA SEMPRE FOI A "CULTURA" DOS "ÚLTIMOS A SABER"

O cantor Odair José acabou de anunciar um novo disco, desta vez "de rock", tentando desmentir o status de brega. Mas, de maneira bem brega, anunciou a novidade se apresentando numa praça em São Paulo num vídeo lançado pelo TV Folha. Odair é o nosso equivalente ao norte-americano Pat Boone, cantor que veio na carona de Elvis Presley e fez muito sucesso não só por lá, mas também no Brasil. A exemplo de Boone, Odair tem uma personalidade conservadora, mas busca alguma reputação como "ícone da cultura jovem". O Brasil é que é politicamente correto e tenta creditar uma suposta "rebelião revolucionária" nos ídolos bregas, apenas por letras de amor dolorido ou de alusões a práticas sexuais. Waldick Soriano e Odair José foram considerados "subversivos" por coisas mais inócuas do que o hoje ultrarreacionário Lobão ainda é capaz de fazer. Até mesmo a intelectualidade "bacana" invadiu a mídia esquerdista para fazer seu proselitismo e empa

89 FM E RÁDIO CIDADE: RÁDIOS DE ROCK OU RÁDIOS DE "HAPPY ROCK"?

A situação não melhorou. As rádios 89 FM e Rádio Cidade, pelo seu perfil, linguagem e mentalidade, só conseguiram audiência roubando ouvintes de rádios de pop dançante e de brega, com um público predominantemente de garotões sarados, talvez um pouco menos, que fingem que são roqueirões convictos. Até agora as duas rádios não lançaram uma cena decente de rock que preste, e isso com Internet, com facilidade de transmissão de informações, YouTube, MP3 e tudo mais. Sem tudo isso e com um contexto bem menos dinâmico e nada instantâneo de informações, a Fluminense FM trabalhava uma cena roqueira já com seis meses no ar. As duas rádios são controladas por gente que não entende de rock. E mesmo o Tatola, no caso da 89 FM, não passa de um "dinossauro dos emos". E observando a programação diária das duas emissoras, a paulista 89 e a carioca Cidade, o que se observa é um completo espírito de matinê infantil, com locutores engraçadinhos de voz afetada que nada têm a ver com rock.